Padrão de jogo do Vasco é baixo e proporcional ao elenco

Confesso ter tido certa expectativa em ver qual seria o comportamento do elenco do Vasco nos primeiros jogos do Campeonato Brasileiro, principalmente depois da conquista do Campeonato Carioca, comemorada efusivamente por dirigentes e torcedores. 

O que vimos nas duas primeiras rodadas do nacional, no entanto, é apenas aquilo que esse elenco cruzmaltino pode oferecer. O padrão de jogo do time de Doriva existe, porém é baixo e limitado, assim como o grupo em si. 
Vasco e Figueirense empatam pela segunda rodada do Brasileirão (Foto: Marco Favero/Agencia)
Apesar da boa campanha no estadual, o aguerrido time não enfrenta boa fase há algumas semanas. Os dois jogos que deram ao Vasco a conquista do Carioca não foram exemplo do melhor momento do time, pelo contrário, se somados, o Botafogo, creio, foi melhor no todo, todavia, menos competente. 

A campanha dos gols de bola parada que deu muito certo no regional pode não ser a melhor maneira de se dar bem no nacional. Os empates diante de Goiás e Figueirense são a prova de que, para cobiçar a primeira página da tabela, será preciso investimento no Vasco, principalmente em meio campistas com capacidade de armação.

Se o sistema defensivo do Vasco é muito arrumado, e se destaca em termos de organização, o setor vital de qualquer time, o meio campo, sofre. Faltam, no elenco, jogadores com capacidade de armação. Sobram, no entanto, meias com características de ataque, como Bernardo, Marcinho e o próprio Julio dos Santos. Se contarmos Dagoberto, homem que vem sendo responsável pela armação, são quatro nomes.

Eurico, que tanto fez pelo título estadual, precisa se mexer se quiser ver seu time competitivo o suficiente para não sofrer sustos no Brasileiro. O Vasco tem organização o suficiente, hoje em dia, para não ser ameaçado com um retorno à Série B. A torcida, acredito, quer muito mais do que a permanência. Com esse time, sem meio e criatividade, dependendo da bola parada, será difícil crer em harmonia entre o que quer a torcida e o que pode dar esse elenco vascaíno. O padrão é baixo, as possibilidades também. 
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Autor: Sérgio Ricardo Jr.

Sérgio Ricardo Jr. é acadêmico em Jornalismo pela UFRN e colaborador do C11 desde 2014.
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