Infelizmente
tudo tem um fim. Seja aquele dia sensacional onde você dá risadas, conhece
amigos novos ou fica com quem você gosta por perto ou uma história de grandes
momentos, felicidades e (como toda trajetória precisa) tristezas. Assim é a
história de Rogério Ceni, o maior ídolo do maior clube do país e
discutivelmente, o maior ídolo de uma torcida no Brasil. Por mais que tudo o
que ele fez por esse clube tenha sido imenso, sua história vai acabar no fim
desse ano, com 41 anos e todos os tipos de títulos.
Sabendo
disso, é bom aproveitarmos esses últimos jogos do M1TO para executarmos duas
preciosas ações: a primeira é desfrutar desse prazer de ver um dos últimos
jogadores que realmente tem o amor à camisa, que não está no clube apenas para
conseguir contratos e carros ou fama. A segunda coisa que sugiro que façamos é
relembrar. Seja com gols, seja com atuações espetaculares, salvando gols
milagrosos ou simplesmente por erguer uma taça nesse dia. Então, semanalmente
você, caro leitor clubista e tão fã de Rogério quanto nós, você vai ler
semanalmente aqui no C11 em ordem cronológica alguns dos maiores jogos do ídolo
tricolor com a nossa companhia.
(Agradecimento
especial a Diogo Magri pela ajuda na elaboração da lista)
1993 – Tenerife 1x4 São Paulo – O início
25
de junho de 1993. Torneio Santiago de Compostela. Se hoje Rogério é uma lenda,
reconhecido internacionalmente e famoso por seus feitos, tudo se deve a esse
início, naquele torneio amistoso disputado no estádio Multiusos de San Lázaros
na Espanha. Naquele torneio amistoso, o São Paulo enfrentaria o Tenerife,
equipe pequena que sediava o torneio. O interessante aqui é saber que Ceni já
fazia dos seus feitos desde o começo. Mas vamos enrolar um pouco.
Com
seus 20 anos e defendendo o clube atual bicampeão da Libertadores, campeão
mundial e (já na época) referência internacional quando se fala de futebol
brasileiro, Rogério aproveitava-se da convocação de Zetti, na época o maior
goleiro da história do clube para a Copa América do mesmo ano, se tornando
titular do torneio de tiro curto.
Além
de Rogério, o time que viajou para a competição contava também com Gilberto,
Vitor, Lula, Ronaldo, Ronaldo Luís, Marcos Adriano, Pintado, Dinho, Toninho
Cerezo, Juninho Paulista, Matosas, Douglas, Jamelli e Guilherme. O mestre Telê
Santana não fez parte da excursão, então o time foi comandado por Márcio
Araújo.
O
time do Tenerife realmente não
impressionava muito, mesmo saindo na frente com um gol logo aos sete minutos,
anotado por Diego Latorre. O tricolor do Morumbi virou o jogo tranquilamente,
com incríveis quatro gols de Guilherme. O mais importante evento do jogo, porém
não estava na lista dos marcadores, mas sim no homem que teria a função de
impedi-los.
Na
época não se sabia o quão importante seria o momento em que o time espanhol
teria um pênalti para cobrar por Dertycia quando o placar apontava 2 a 1, que o
goleiro artilheiro posteriormente defenderia. Rogério Ceni faria aí então seu
primeiro milagre, defendendo o primeiro chute da marca penal de sua carreira. Esse
jogo então ficaria marcado para sempre, como o início de uma era nova no São
Paulo, a era de Ceni, marcada por conquistas, campeonatos conquistados e um
legado de triunfos que o torcedor se orgulha até hoje.
Na
final do torneio, novamente o homem de Pato Branco pegou outra penalidade
máxima. No jogo contra o River Plate, o placar apontava 2 a 2 ao final do jogo,
exigindo a decisão por pênaltis. Novamente a intervenção divina foi necessária
para que o time brasileiro triunfasse, terminando em 4 a 3 ao final das
cobranças.
A
partir daí você já sabe. Duas décadas inteiras e mais um ano dedicados ao
gigante, com uma idolatria que somente alguém como ele pode conquistar. Hoje
com 41 anos, estamos presenciando o fim dessa história apenas dentro dos
campos, porque no final sabemos que a história de Rogério Ceni com o São Paulo
Futebol Clube jamais vai acabar.

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