Recordar é viver

Tévez: principal nome do Corinthians em 2005 e autor de três gols no Eterno 7x1.

No dia 6 de novembro de 2005, Corinthians e Santos entraram no Pacaembu para fazerem um duelo que ficará eternamente na memória de torcedores das duas equipes, principalmente na dos corintianos. Amanhã as duas equipes se encontram em duelo válido pela 33ª rodada do Brasileirão. E na semana em que se comemora nove anos deste eterno clássico, nada melhor do que relembra-lo.

Com menos de 1 minuto de jogo já mostrávamos que aquela partida era séria e que não daríamos moleza. Nilmar rouba a bola tocando para Rosinei que entrega a Tévez na esquerda e que cruza para o mesmo abrir o placar no Pacaembu. Possibilidade de goleada? Talvez. Porque logo aos 8 minutos Geílson aproveita falha da marcação corintiana em escanteio e empata a partida. Mas foi só isso porque depois o Corinthians cresceu e não deixou o rival tomar gosto da partida, mostrando isso no lance seguinte com uma bola na trave de Nilmar. O segundo não demoraria a vir, Halisson erra passe perto da área entregando a bola a Rosinei que passa novamente pra Tévez que desta chuta cruzado e marca: 2x1. A partir dai começava o show do argentino. Aos 36 ele recebia cruzamento de Eduardo Ratinho, girava e de esquerda marcava o terceiro do Timão. O placar mostrava a superioridade do ataque corintiano e a fragilidade da defesa santista.

O segundo tempo começava com o Corinthians tendo a mesma postura. Partindo pra cima e querendo mais. Tanto que aos 6 minutos o zagueiro Rogério foi expulso tentando parar Tévez que um minuto depois tabelava com Nilmar na meia-lua da área e marcava seu terceiro gol na partida e o quarto do Timão. E não parou por ai não, cinco minutos depois Carlos Alberto chutou de fora da área, o goleiro Saulo rebateu muito mal e Nilmar aproveitando o rebote marcava o quinto gol corintiano. Mas era preciso mais. Cinco gols não eram suficiente. Tévez cansado deu lugar a Jô que na sua primeira jogada cruza na cabeça de Nilmar que marca seu segundo gol e o sexto do Corinthians na partida. A torcida santista já queria o fim da partida. A corintiana comemorava um titulo brasileiro cada vez mais perto, uma vaga na libertadores assegurada e esse chocolate contra o grande rival Santos. Vira 3 acaba 6? Não. Aos 45, Marcelo Mattos cobra falta que toca na trave e entra. Era o SÉTIMO. Pronto. O eterno 7x1 estava feito.

O sol daquela tarde sugeria um domingo perfeito para um clássico de futebol. E naquele dia tivemos um Corinthians e Santos para assistir e torcer. Onde coube a um argentino conduzir o Timão a um dos resultados mais fantásticos e inesquecíveis de sua história. O Corinthians se vingou, com juros e correção monetária das derrotas nas finais do Brasileiro de 2002 que ainda estavam entaladadas na garganta do torcedor. Das pedaladas de Robinho e companhia que infernizavam as memórias dos corintianos. Aquela, era a hora do chega.

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Autor: Leandro Zepechouka

Torcedor mas acima de tudo corneta de seus times.
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