PM fazendo um cordão de isolamento separando as duas organizadas. Foto: Josely de Souza |
Bom dia, colorados! Hoje vamos abordar um tema triste e recorrente no futebol, principalmente nos jogos do nosso Tigre e que está afastando cada vez mais a MASSA colorada dos estádios: a guerra das "organizadas".
Por que toda essa briga? Pra que toda essa selvageria? Como
tudo isso começou? Como foi chegar a esse ponto? Essas são perguntas que, com
certeza, norteiam a cabeça de nós, colorados e, tentando entender isso tudo,
eu e minha equipe fomos atrás de respostas. Vejamos...
Tudo começou com a criação da Torcida Sangue Colorado.
Fundada por ex-membros da Torcida Esquadrão Vilanovense, ela tinha como ideal a
paz e a família, uma torcida sossegada, sem o carma inerte em toda torcida
organizada espalhada pelo país. A partir
deste pressuposto, vejam bem, a partir daí começaram acusações por parte da
TSC, fazendo insinuações, alegando que na TEV havia muitos membros baderneiros
e envolvidos em atividades ilícitas.
Como era de se esperar, essas acusações foram recebidas da
pior maneira possível pela Esquadrão Vilanovense e logo no primeiro jogo da
Sangue Colorado enquanto torcida, houve hostilidade por parte da TEV. Daí em
diante se estipulou uma rixa entre as duas e as ofensas mútuas se tornaram
constantes. Ao passo em que a TEV repudiava qualquer tipo de relação com a TSC,
o ideal da Sangue caía por terra, visto que ela estava se envolvendo em brigas
e mortes de torcedores rivais.
Até o momento tudo não passava de agressões e ofensas
verbais, a briga era na lábia, até que um pacto feito entre a Sangue e o maior
comando da TEV (o Sul) foi quebrado. A partir daí, colegas, começou o
quebra-pau e a vaca foi pro brejo! Os confrontos ficaram inevitáveis. Era briga
dentro do estádio, briga fora dele, briga em terminais de ônibus e pasmem,
briga até em jogos fora de casa!
Inúmeras reuniões foram feitas entre as diretorias das
organizadas e diretorias do Vila. Em uma delas, o pilantra, safado
ex-presidente do Tigre, Eduardo Barbosa, chegou a dar um ultimato nas duas
torcidas, as ameaçando com a proibição da entrada em jogos caso houvesse
brigas. Mas aí ele saiu (PARA A ALEGRIA GERAL DA NAÇÃO E O BEM DO VILA NOVA) e
a balbúrdia continuou.
Como todo crime nesse país quando tem punição, não é a
devida, a certeza da impunidade mora nas organizadas. Elas brigam, se
enfrentam, se matam com a certeza de que nada acontecerá. E realmente nada
acontece. Os marginais babacas sabem que daqui três dias, uma semana estarão no
próximo jogo para repetir a covardia. Infelizmente, o que se vê nos estádios e nos
noticiários é “torcedor” sendo detido em um jogo e no outro já flagrado em nova
briga.
O comportamento da PM? Bem, nesse quesito a PM mostra sinais
de civilidade e competência. Tendo o Major Glauber como representante, fez e
faz diversas reuniões a fim de acalmar os ânimos e estreitar as relações organizadas-PM e
organizadas-organizadas, sempre com pedidos de paz e de vergonha na cara.
Inclusive, o Major não é contra elas, defende a uniformização de seus membros a
fim de uma fácil identificação e estava próximo de liberar os materiais como
baterias e bandeirões. Mas devido aos últimos acontecimentos no clássico deste
sábado, 15, no qual houve novo confronto entre as facções, já mudou o discurso
e fala em fechar definitivamente o cerco contra elas.
OPINIÃO
Bem, explicada toda a situação, vamos ao que interessa.
Não gosto de generalizar os membros das organizadas, porque
por mais que os marginais se sobresaiam sobre os demais, ainda existe gente de
bem as compondo. O fato é que desde há muito tempo as TOs vêm perdendo seus focos,
seus rumos, seus objetivos. Quem era acostumado a se encantar pela festa e
espetáculo que elas produziam antigamente, hoje já se enoja, já se revolta, já
se indigna.
Essa rixa ridícula, sem sentido e imbecil está tirando
famílias inteiras de dentro do estádio, está fazendo com que eu, você, seu
filho, pai, tio, avô, cachorro, tigre e papagaio vá cada vez menos ao estádio.
Essas brigas constantes amedrontam o torcedor de bem, aquele que vai ao estádio
pelo simples prazer e satisfação que só quem senta a bunda na arquibancada sente.
Essa babaquice que vemos em todos os jogos do nosso TIGRÃO está fazendo com que
o vilanovismo vá pelos ares, está fazendo com que a cultura de ir prestigiar seu
time do coração, ir idolatrar o seu clube e usufruir da sensação ímpar que é um
estádio se acabe.
Isso é triste, isso é deprimente, isso é preocupante. No
sábado, diante daquelas cenas deploráveis, nas quais “vilanovense” comemorou
grito de moxé e caiu na pilha desses verdes mulambentos, eu me senti um lixo,
eu tive vontade de chorar! Olha onde fomos parar! Olha a que ponto chegamos! E
além disso, PM ter que fazer cordão de isolamento dentro de uma mesma torcida?
Isso não existe! Isso é absurdo!
Não importa como essa briga começou, o que importa são as
consequências que ela está trazendo. Não é justo que o torcedor fique refém e
pague o pato por atitudes de BANDIDOS MARGINAIS DISFARÇADOS DE TORCEDORES
ORGANIZADOS.
Muito se fala e se especula sobre o assunto, acho até que a
maioria queira o fim das instituições organizadas, mas não acho que essa seja a
saída. Ainda acredito que todo o encanto e magia que envolviam as TOs antigamente
possam voltar, acredito que elas são parte fundamental da festa nas arquibancadas
e acredito mais ainda que um papel impondo seu fim não resolverá um milésimo do
problema.
O que tem que ser feito é a identificação e punição
individual dos membros, é afastar dos jogos aqueles que realmente só estão ali
para tumultuar, é tirar dos estádios a criatura que nunca foi torcedor e não
sabe o que é amor ao time e respeito ao que representa. Faltam leis rigorosas,
falta competência e interesse por parte de Ministério Público e Polícia Militar.
Não adianta prender o bandido agora e soltar 3, 4, 5 horas depois. Tem que ter
mais monitoramento nos estádios e, principalmente, consciência e zelo social.
Uma solução pacífica para este câncer é praticamente impossível, já que o ódio mútuo circunda as duas torcidas. O diálogo é utopia, então cabe à nossa segurança pública, Polícia Militar, Civil, Ministério da Justiça, Ministério Público e os próprios clubes tomarem medidas drásticas e providenciais.
Uma solução pacífica para este câncer é praticamente impossível, já que o ódio mútuo circunda as duas torcidas. O diálogo é utopia, então cabe à nossa segurança pública, Polícia Militar, Civil, Ministério da Justiça, Ministério Público e os próprios clubes tomarem medidas drásticas e providenciais.
Fica aqui registrada minha indignação e tristeza com tudo o
que vêm acontecendo. E principalmente a minha vontade de mudar as coisas, de
ver a arquibancada linda e limpa do sangue dessa guerra.
Espero que algumas coisas tenham ficado esclarecidas para
vocês, vilanovenses lindos fanáticos apaixonados, espero que eu tenha servido
para alguma coisa. Diante das circunstâncias, com muito pesar e tristeza
escrevi, mas é isso aí. O VILA NOVA NÃO PODE PARAR!
Saudações coloradas e
VIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIILAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!
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