Fala, seus Pezão!
Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano e Kaká; Luiz Gustavo, Paulinho, Oscar e Hulk;
O meio-campo da seleção brasileira sempre foi o seu diferencial pela categoria nos passes, marcação com raça e o jogo bonito com que armava as jogadas ofensivas. Porém, nas duas últimas Copas, esse setor não foi o preferido do torcedor brasileiro, onde mesmo contendo jogadores de boa técnica (Kaká em 2010, Oscar em 2014), haviam nomes que geravam muito mais contestação do que elogios e aplausos.
Entretanto, este texto não é para relembrar do passado recente que não nos presenteou com o sonhado HEXA, mas sim do futuro, do meio-campo que está por vir, podendo ser formado já para o próximo mundial em 2018, na Rússia.
Adotaremos um meio-campo “à moda antiga”, e claro, que há a possibilidade de variação:
Anderson Talisca, Lucas Silva, Phillipe Coutinho, Éverton Ribeiro e Ganso. Há chance de formarem o meio de campo titular da seleção brasileira?
Para alguns, e eu me incluo entre eles, sim. Seria um meio de campo que, guardadas as devidas proporções, lembraria o saudoso meio de campo que tanto nos orgulhava ver vestindo a amarelinha, misturando técnica com raça.
Anderson Talisca é o mais novo, mas é por ele que começo. YAYA Talisca, como vem sendo chamado no Benfica, foi revelado pelo Bahia e vinha apresentando um futebol de muita qualidade no tricolor baiano, sempre aparecendo como uma arma ofensiva de ótima qualidade, com assistências e gols importantes, chamando atenção do técnico José Mourinho e provocando troca de elogios e carícias entre ele e o treinador do jogador brasileiro no SLB, Jorge Jesus.
Rápido, inteligente e que sabe jogar tanto como meia, tanto como volante, Talisca logo encantou os lusos, que chegam até a debater a convocação do jogador para a seleção comandada por Dunga, devido a ótima forma que tem apresentado.
Figurinha certa nas seleções de base do técnico Alexandre Gallo e dita como uma das principais revelações do futebol brasileiro nos últimos anos, tem a cabeça no lugar e isso é bom, para que não se empolgue, tampouco se estrague, com a afobação e a pressa do torcedor brasileiro.
Se Talisca é um jogador que todos gostariam de ter em seu time, pela versatilidade e características de um jogador moderno, Lucas Silva reforça na marcação, mas não perde em nada no ataque.
O volante do Cruzeiro que tem despertado interesse de Manchester United, Real Madrid e Juventus, é muito eficiente quando precisa marcar e desarmar, também começar a armar os contra-ataques, sem esquecer do potente chute de longa distância. Com Talisca, tem tudo para formar uma vida inteligente, não só na seleção, mas representando o futebol brasileiro caso algum dia, venham a atuar juntos em um clube.
Se o futebol brasileiro tem sido tão execrado nos últimos anos pelo baixo nível técnico, quando muitos afirmam a distância para o nível apresentado na Europa, até pelos meio-campistas que surgiram nos últimos anos, com capacidade de marcar e armar, defender e atacar com a mesma eficiência, como o alemão Toni Kroos, por exemplo.
Não nos esqueceremos de que não só de versatilidade e dedicação vive um time. Se falarmos de alguém para vestir a 10, chamar a responsa e resolver no talento, com certeza lembraremos de Paulo Henrique Ganso.
Quando o mesmo se definiu como “acima da média”, a bola jogada pelo mesmo não era nem de longe, o que esperamos que ele jogue. Kaká chegou e ele subiu de produção, jogando aquilo que sabemos que ele pode render. Passes mortais e alguns golaços dignos de aplausos. Ganso está jogando muito, tanto que os pedidos para que ele volte a vestir a amarelinha, retornaram junto com o seu bom futebol.
Pensar que, mesmo com Oscar jogando bem na Europa nós não temos ninguém para armar o jogo, nenhum camisa 10 e ver o Ganso voltar a jogar bem, é um alento, uma esperança, já que ele ainda é jovem, tem uma carreira longa pela frente que possui todos os fatores para ser brilhante.
Já ia me esquecendo do Everton Ribeiro. Já que citamos o volante cruzeirense, "Peléverton", como é chamado pela torcida vem mantendo uma regularidade muito boa desde o ano passado, quando chegou à Toca da Raposa.
Rápido, habilidoso e dono de um potente chute, além da excelente capacidade para deixar os companheiros na cara do gol. Com 25 anos, tem plenas condições de estar na próxima Copa, lembrando que já vem sendo convocado.
O que chama atenção nele não é apenas a qualidade técnica, e sim a regularidade em um bom nível, como normalmente atua o Cruzeiro. Motorzinho, habilidoso e regular, Éverton Ribeiro pode sim, dar vida inteligente ao meio-campo brasileiro.
Finalizando, falemos do atual camisa 10 do Liverpool, Philippe Coutinho, que tem vivido um ótimo momento na terra dos Beattles. Já na última temporada, fez ótimos jogos, ganhando uma proporção muito maior do que esperávamos, muito pela surpresa em vê-lo atuando em um nível tão alto com a camisa de um grande clube europeu.
Sem contar que joga ao lado do monstro Steven Gerrard. Não poderíamos falar desse setor do gramado, sem citá-lo, além de Pirlo, Lampard, entre outros, valem a ressalva.
Diferente de Ganso que é um jogador mais clássico, sem tanta velocidade, Coutinho é mais veloz, incisivo, desses jogadores que partem pra cima da marcação sem medo algum, sem perder qualidade nas finalizações.
Se juntarmos o futebol moderno de Talisca e Lucas Silva, com a genialidade de Ganso e o jogo incisivo de Philippe Coutinho, temos um meio-campo de muita qualidade, que, com experiência, pode tornar-se poderosíssimo daqui alguns anos.
Quis destacar esses, mas não podemos esquecer de Oscar, que vem fazendo um ótimo começo de temporada no Chelsea e constantemente elogiado por Mourinho, além de Willian, o amigo do gaúcho de bigodes que tem crescido muito taticamente nos Blues, sem esquecer do talento que possui quando junta velocidade + habilidade.
Temos outros bons nomes? Claro que sim! Que tal você opinar sobre quais jogadores também pode dar vida inteligente na seleção brasileira?
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