#DeVoltaPraCasa

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"Luz acesa, me espera no portão
Pra você ver
Que eu tô voltando pra casa
me ver
Que eu tô voltando pra casa
Outra vez" Casa - Lulu Santos

Saudações Palestrinas a todos. Estamos voltando para casa, o lugar que nos fez tão feliz durante quase 80 anos. Aquelas arquibancadas deram lugar às cadeiras, telões, cobertura... enfim, à modernidade. O Palmeiras entra de vez no século XXI com uma das mais belas arenas do mundo. Quem ganha com isso? Nós, os torcedores do Eterno Palestra!

Um pouco mais desta história gloriosa com Thiago Alves: 

                   
1917 retrata quando o Verde de 1914 começou a mandar jogos em sua casa. De fato e de direito, nostro lar desde 1920 que deu uma parada em 2010 e paramos juntos no tempo para que em 2014 finalmente estarmos de volta ao Parque Antactica, nosso Palestra Itália. Por 500 contos de réis, o Palestra se tornou o dono deste espaço, oras, os italianos jamais imaginariam que hoje, após tantos milhões (é, a moeda mudou) investidos, muita coisa mudaria no indescritível estádio do Verde. Palco de histórias, lutas, glórias, que em páginas nos trazem o "cheiro" de memória, como se estivéssemos por lá e de alguma maneira, estávamos mesmo, sem estar, claro. -Confuso, né?! Fomos muito bem representados por aqueles que deixaram um legado de honra, extrema competência, essência palmeirense que conhecemos como ninguém, até então desconhecida para eles naquele tempo. Palestra que em seu primeiro jogo em casa venceu por 7x0 a equipe do Mckenzie, destacando o atacante Caetano, fez o primeiro gol no nostro refúgio, que do qual não existirá o último, a chama do lar palestrino não se apaga por nada, o "sopro" de saudade não apagou o reformado e chamado como alguns quiserem, outros não queiram, como eu não quero, pela corneta, Allianz Parque. Precisaria de textos atrás de textos para me curvar a divindade de Ademir, cadência e experiência de bola e fala, calma e memória, a santidade de Marcos, histórico por si só, por só ele estar de modo isolado como o jogador que mais atuou no Palestra, de Libertadores á série B, de defender milhões e ter recusado tantos outros "milhões". O Santo fez a primeira defesa do Palestra e o Divino acabou fazendo o primeiro gol da volta ao lar Verde com San Gennaro abençoando. Queria citar inúmeros nomes históricos, dentro e fora de campo, do além também, claro, estarão orando por nós, para onde estaremos olhando, chorando, se emocionando com a volta tão aguardada ao Palestra Itália. Mesmo num tempo ruim, é muito mais guerra do que festa, como tem que ser, espírito de porco. Estamos voltando ao chiqueiro. Por ídolos e ideais Verdes, por nós, de Palestra á Palmeiras. Por tantas glórias, os portões se abrem e o bom filho á casa torna.
A photo posted by Thiago Souza Alves (@thi25alves) on


Tenho que confessar: minha história no Palestra Itália é curta, por falta de oportunidade, porque sempre morei longe de São Paulo. Minha única visita ao nosso velho de guerra foi em 16 de janeiro de 2010, contra o Mogi Mirim. O jogo foi válido pela 1ª rodada do Paulistão daquele ano. O placar? 5-1 Palmeiras com direito a gols de Cleiton Xavier e Diego Souza. Emocionante demais, sem comparações com qualquer Maracanã.

Para relembrar um pouco de nosso antigo tempo, convidei três amigos: Pepe Reale, Thiago Fava e Fernando Ferreira.


"Foi o primeiro estadio de futebol que pisei, em 1985. Tinha 8 anos e fiquei boquiaberto vendo os jogadores em campo e a festa da torcida com bandeiras de mastro. Meu avô, então com 60 anos, acompanhava o jogo tomando uma meia cerveja Antarctica (só os mais antigos irão lembrar) e ao lado aquele punhado de amendoim espalhado pelo cimento da bancada. Vencemos o América/SP por 2 x 1. A partir deste dia devem ter sido mais de 200 jogos até o "até breve”, contra o Grêmio. Quarta-feira, as bandeiras de mastro, a meia cerveja e os amendoins esparramados pelo cimento não estarão mais lá, mas a ALMA PALESTRINA vive e pulsará sob a colossal e magnifica Arena que nos receberá de braços abertos. A nossa casa, meu orgulho, meu lugar!" Pepe Reale.  
"Parece coisa de louco, mas eu consigo sentir na sola do meu pé o chão da escada, da arquibancada. Acho que sei o formato daqueles tijolos que tinham no chão que se caminhava embaixo das escadas, na frente das lanchonetes. Queria sentir de novo a felicidade de quando a bola do Zapata foi pra fora. Lembro que, para mim, como adolescente, quando o Marcos foi correndo pra comemorar, o mundo podia acabar ali. Foi a maior felicidade que um Palmeirense pôde sentir. Ajoelhei e chorei até ser levantado pelo meu pai. Não olhei pro campo por vários minutos. Não precisava. Eu estava numa dimensão que só um Palmeirense consegue entender. Todos os dias que eu entrei pelo portão principal, cada ingresso que eu segurei na mão, todos os gritos de gol estao guardados dentro de mim. O estádio pode não estar lá, mas na minha memória continua mais vivo do que nunca. Obrigado, Parque Antártica." Thiago Fava.
"Foi numa quarta feira, 19h30, que eu me lembre. Era um Palmeiras x Atlético-GO, no monumental Palestra. Nosso time não tinha nenhum craque, apenas Marcos e Cleiton Xavier. O gol não vinha e a impaciência da torcida começava a aparecer aos quarenta e tantos do segundo tempo. A essa altura, já tinha gente indo embora mas o melhor estava guardado para os 44 minutos. Me arrepio só de ler. Ao ouvir o pênalti para o Palmeiras, aos poucos a torcida voltava e eu estava descendo as escadas, pronto para ir também. Não tinha espaço na arquibancada, então para ver, era uma brechinha pra cada um (risos). Quando Cleiton Xavier partiu para a cobrança, parecia final de Libertadores: o Palestra calado, sem nenhum ruído, clima de apreensão. Para nossa, em especial, minha alegria, ele converteu a cobrança. Depois daquilo, a torcida foi ao delírio, uma explosão, parecia que nós tínhamos nos classificado para alguma final, demais. Até o Marcos comemorava, e não era pouco. A explosão foi tamanha que até nossos rivais estavam em volta do Parque Antártica. Fui muitas vezes ao antigo Palestra mas, sem dúvidas, essa foi a maior e melhor." Fernando Ferreira.



Estamos voltando para o lugar que nos deu mais alegrias durante este século de histórias. Nada mais importante que comemorarmos, sem se esquecer do confronto contra o Sport, que vale nossa estadia por mais um ano na elite do futebol brasileiro. Avanti Palestra! 


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Autor: Luiz Felipe de Souza

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