Foto: AFP |
Paulinho era, antes de ganhar a Copa das Confederações em 2013 e rumar para a Europa, um herói, símbolo e ídolo do torcedor corintiano, além de ter a alcunha de melhor volante atuando no Brasil. Seu nome era indispensável em qualquer time titular que Felipão resolvesse montar no selecionado; a moral do jogador ficou ainda mais alta quando foi peça fundamental na volta de Scolari e na formação da Seleção que disputará a Copa do Mundo em território nacional.
Assediado pela Internazionale, Paulinho deixou o Corinthians, mas preferiu a Terra da Rainha à tradicional Itália. O Tottenham Hotspur, de Londres, que viria a vender o galês Gareth Bale por 100 milhões de euros para o Real Madrid, queria montar um plantel (comandado pelo treinador português André Villas-Boas) que conseguisse a vaga para a UEFA Champions League e até sonhasse em lutar pelo título. Paulinho era um dos reforços que ajudariam na formação desse desejado time.
O ex-corintiano parecia ter se adaptado bem à Premier League. Teve um início razoável, assim como os Spurs - como é conhecido seu time - na liga inglesa. Pelo menos tinha se encaixado no esquema de Villas-Boas e era presença certa no elenco de Felipão.
O negócio começou a piorar em dezembro, no meio do campeonato. Contra o Liverpool, em casa, Paulinho foi expulso ainda no primeiro tempo após dar um pontapé no uruguaio Luís Suárez e viu sua equipe sair derrotada por 5-0. Os próximos ruins resultados culminaram na demissão do treinador português e na promoção então coordenador técnico inglês Tim Sherwood, algo que influenciou ainda mais na queda de rendimento do volante.
Sherwood, lidando com atuações cada vez piores das esperanças do time, "afastou" alguns nomes símbolos do alto valor gasto em contratações no começo da temporada - entre eles, Soldado, Holtby e Paulinho. O time não melhorou muito (hoje está em 6º, com chances muito remotas de Champions), mas o camisa 8 perdeu de vez o espaço na equipe, frequentando no máximo o banco de reservas do Tottenham.
O que mais preocupa no caso para o volante não é a falta de confiança do próprio, mas sim a concorrência na sua posição. Fernandinho jogou muito bem no último amistoso da Seleção e é titular absoluto do forte candidato ao título inglês, Manchester City; Ramires está nas semifinais da Champions League com seu Chelsea; até Hernanes joga no time da Inter de Milão - todos são segundos volantes.
Conhecendo a filosofia de trabalho do Felipão, não acho que a convocação de Paulinho esteja em risco; a titularidade sim, sem dúvidas. Nos resta a esperança de que o nosso 8 volte a ser aquele volante que todos nós aprendemos a admirar a tempo de trazer o hexa.
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Diogo Magri
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