O santo de todos os atleticanos

O melhor goleiro do Brasil (Foto: Bruno Cantini/Flickr Atlético MG)

Sinceramente, quem precisa de São Jorge? Quem precisa de São Longuinho? Quem precisa de qualquer tipo de santo, tendo em campo o maior santo de todos, o São Victor? Vamos recapitular a história de Victor no nosso clube.

A história começou em 2012, quando estávamos disputando na parte de cima da tabela o campeonato Brasileiro. Tínhamos tudo (ou quase tudo), nos faltava um goleiro. A negociação começou com a vinda de Victor do Grêmio, trocando-o pelo Werley. Graças a Deus, né? Werley é um lixo e saiu tarde daqui. A confirmação veio com um tweet do presidente. 


Não adianta ter um time sólido e bom, se o goleiro que nos defende não nos passa confiança. Com Victor ali, o momento era outro, a confiança era outra. Não nos demos muito bem no campeonato Brasileiro por motivos dos quais todos sabemos: APITO AMIGO. Mas não podemos só culpar o apito amigo, sendo que no 2° turno o Galo caiu bastante de rendimento. 

Bem, vice campeões do Brasileiro de 2012 e classificados pra Libertadores. Um sonho pra qualquer atleticano e o grito de "2013 é nosso, é ano do Galo" já ecoava em Belo Horizonte e as cidades mineiras. 

Começo de Libertadores e o Galo jogando bem, dando duro, com raça e o amor amarrado na chuteira. Os jogadores não estavam fazendo só por eles ou pelo clube, estavam fazendo pra torcida. A torcida, mais do que ninguém, precisava daquele título, daquela prova de amor, daquela raça. 


Quartas de final, jogo contra o Tijuana dentro de casa e o Atlético precisava de uma vitória ou um empate pra seguir vivo na decisão. Com tudo empatado, aos 47 do segundo tempo, Leo Silva comete um pênalti em cima de Marquez. Eu vi o estádio se calar. Eu vi todos chorando e o grito de "eu acredito" parecia ter sumido no ar. Ninguém acreditava, nem mesmo o atleticano mais pessimista imaginaria aquilo acontecendo ali, dentro do nosso Horto. Parecia que tudo que sonhamos, as coisas que planejamos, tinham sido destruído, acabado. Agora tava na mão de Deus e nas mãos de Victor. Ou no pé... (Risos). 

Já estava se tornando desde o começo da Libertadores e depois desse lance é indiscutível. ÍDOLO! O jogo em si contra o Tijuana não foi bom, Galo jogou razoavelmente e Victor foi o que salvou todos os lances. Mas se o torcedor achava que seria só aquele momento de "sorte" do goleiro, se enganou. Parece que esse jogo foi o momento pra Victor se mostrar, se tornar o nosso anjo. 

Semifinal da Libertadores, jogo levado pros pênaltis. 5° pênalti e o Galo só precisava de um erro de Maxi Rodriguez ou de uma salvação de Victor. E de novo a decisão estava nas mãos de Victor, definitivamente.  

Estamos na final!!!! Jogo de ida, Olimpia 2 a 0. É, parece que vamos ter que contar com um milagre... Ou com o Victor. E foi com ele mesmo que contamos no final do jogo. Galo conseguiu fazer 2 a 0, mas mais uma vez, Galo foi pra decisão em pênaltis. Confesso que meu coração já estava apertado. Será que essa "sorte" do Victor em pênaltis duraria até quando? Sorte ou técnica? E ele nos salvou. A mesma pessoa que nos salvou lá contra o Tijuana, nos salvou aqui. Ele foi a pessoa que nos deu o título, ou que pelo menos ajudou em 90% pra isso. 


                                CAMPEÕES DA LIBERTADORES 2013!!!!! 

2014 e Victor continuou sendo um anjo. Jogando com raça, mostrando amor ao time. Sendo o São Victor de sempre... O que mais me inspirou a escrever esse texto, foi o jogo do dia 03/04 contra o Santa Fé. A cara do jogo foi ele. Defendeu e mostrou uma raça que o time em si, não estava mostrando. Ele é o melhor goleiro do Brasil e de todos os jogadores que já vi jogar nesse clube, sendo ou não goleiros, ele é meu ídolo e vai ser pra sempre. 

Tomara que fique mais uns mil anos no Galo e nos ajude a conquistar mais mil taças da libertadores, e que cresça, porque é um profissional maravilhoso! O Galo e todos os alvinegros do mundo te amam, Victor! 

      
                "..Meu filho vai ter nome de santo.." E vai se chamar Victor



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Autor: Letícia Magalhães Oréchio

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