Fale bem ou falem mal, mas falem do Kleina

Imagem via: Lancenet
Amado por alguns e odiado por outros, esse é o Gilson Kleina na visão da torcida palmeirense.


Uma parcela curte o jeito gente fina do "titio" Kleina, já outra detesta o fato dos inúmeros volantes escalados pelo comandante alviverde.

Diante de tais fatos uma coisa é plena: cada dia que passa, Gilson Kleina vem se consolidando mais no comando do Palmeiras.

Hoje, o treinador está próximo de completar 100 partidas no comando do Verdão. Desde sua chegada no dia 22 de Setembro de 2012 em Orlando Scarpeli na vitória por 3 à 1 diante o Figueirense, até hoje, foram 94 jogos, com 49 vitórias, 25 derrotas e 20 empates.

E Kleina já balançou, balançou bastante por sinal, mas se manteve duro na queda, tanto que hoje está mais do que nunca fixado de pé.

Dizem que após todo fim de túnel se avista um por do sol. Se o ditado for descrito ao pé da letra, Kleina está vendo o por do sol neste exato momento, até porque, o início de sua trajetória no Palestra foi sem dúvida alguma difícil e turbulenta, contrariando demais a situação benéfica que o Palmeiras vive nesse início de 2014.

Contratado após a demissão do hoje técnico da seleção brasileira, Luis Felipe Scolari, Gilson Kleina chegou com a missão de salvar o campeão da Copa do Brasil do rebaixamento com apenas 13 jogos. As vitórias necessárias não vieram e o Palmeiras acabou confirmando o seu rebaixamento para disputar a Série B do Campeonato Brasileiro em 2013.

A culpa do descenso não foi atribuída a Kleina, porém muito começou a ser contestado ao treinador no Campeonato Paulista de 2013, principalmente após a derrota por 6 á 2 diante o inexpressivo Mirassol (que no final daquele Paulistão acabaria rebaixado para a Série A2) tomando todos os gols nos 45 minutos iniciais.

Mesmo assim o Palmeiras se superou na libertadores. Mesmo perdendo as partidas fora do Brasil, o alviverde fez do Pacaembu o seu 12º jogador nas partidas em casa, voltando a reascender o espirito do torcedor palmeirense, de torcer e vibrar incessantemente em prol ao verde e branco.

Porém a Libertadores para o Palmeiras era utopia e o sonho de verão acabou nas oitavas de final contra os mexicanos do Tijuana. Pronto, mas uma vez Kleina era colocado em xeque.

Chegou a Série B, e o planejamento principal da diretoria era garantir o acesso com o título para que o Verdão figurasse na elite do futebol nacional em 2014, ano do seu centenário.

Os primeiros 8 jogos do Palmeiras na segunda divisão foram regados de suor e sofrimento, mesmo contra times tecnicamente inferiores a ele. Entretanto, a pausa para a Copa das Confederações fez bem ao Verdão, que voltou renovado de espirito e levou a Série B com folga.

Mas independentemente do título e do acesso, a torcida do Palmeiras tendia a criticar Gilson Kleina e pedir a sua cabeça. Até porque a Copa do Brasil se esvaiu logo nas Oitavas de Final (a primeira fase que o Palmeiras participou na competição).

Tanto a torcida do Palmeiras criticava Gilson, que em meados do fim da Série B, quando tudo já estava resolvido, o seu contrato com o alviverde não foi renovado. Nomes como o de Abel Braga, Paulo Autuori, Oswaldo de Oliveira e Vanderley Luxemburgo foram fortemente especulados e a diretoria admitiu ter feitos sondagens para tentar trazer o técnico argentino Marcelo Bielsa e o salário só não foi acordado entra as partes, pois "El Louco" pedia um valor estratosférico para treinar o Verdão.

E Kleina permaneceu no Palmeiras, sendo o que tinha pra janta. Para a torcida, Gilson estava longe de ser o técnico ideal para o centenário do clube.

Mesmo assim, um contrato de produtividade, com premiação bônus em vitórias e títulos foi a oportunidade perfeita que Gilson Kleina teve para demonstrar seu valor em 2014.

Reforços, um time tecnicamente bem postado e um Mazinho que irrita até o mais pacato torcedor palmeirense com sua falta de habilidade. Esse é o time base montado por Kleina que mesmo assim continua contestado.

Os gritos e os xingamentos hoje nada mais são do que intriga da oposição ou a famosa turma do amendoim. O que importa é que Gilson Kleina vem junto com todo o time do Palmeiras, superando as adversidades de um alviverde inteiro, sabendo ser brasileiro e ostentando a sua fibra.
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Autor: fábio

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