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Dudu e Centurión em suas respectivas pós-apresentação (Foto: Reprodução) |
Palmeiras e São Paulo travam, desde o ano passado, uma disputa bem interessante no mercado da bola, sendo motivo inclusive para estremecer as relações entre os presidentes Paulo Nobre e Carlos Miguel Aidar. O começo de tudo foi a contratação de Alan Kardec, principal jogador palmeirense, que, após não acertar sua renovação de contrato com o Palmeiras, pulou o muro e hoje defende as cores do tricolor do Morumbi. Desde então, Thiago Mendes, ex-Goiás; Carlinhos, ex-Fluminense; Jonathan Cafú, ex-Ponte Preta; e o também ex-palmeirense Wesley preferiram o lado vermelho e branco do CT da Barra Funda, diferentemente de Kelvin, jovem atacante que estava no Porto de Portugal e era pretendido pelo São Paulo, mas hoje veste as cores alviverdes. Tudo isso é motivo para apimentar ainda mais a já badalada relação entre os rivais.
Todavia, a contratação mais impactante e polêmica envolvendo os dois rivais, um acontecimento digno de ser denominado "chapéu", foi o atacante Dudu, ex-Grêmio, e dessa vez Paulo Nobre pode se gabar sobre Aidar. Após muito tempo de negociação envolvendo o clube do Morumbi e o jogador, o Palmeiras, através de Alexandre Mattos, fechou a contratação do ex-gremista em questão de minutos. Para tentar devolver na mesma moeda, o São Paulo anunciou logo em seguida o meia argentino Centurión, habilidoso, 22 anos, que estava jogando no Racing, onde conquistou o campeonato argentino.
Ambas contratações podem ser consideradas as contratações mais importantes das equipes até o momento. Palmeirenses e São Paulinos não param de se provocar nas redes sociais, defendendo até o último fio de cabelo quem é moda e quem é f***. Um fato curioso e que o C11 não poderia deixar de fora.
Mas, afinal, qual investimento, até agora, foi mais benéfico?
Como pode se observar nas estatísticas, Dudu e Centurión são jogadores com características parecidas, que sempre tentam o drible e não costumam marcar muitos gols, até porque não é a característica principal de ambos.
No caso do primeiro, o futebol que se esperava dos tempos do Grêmio ainda não apareceu, mas já possui algumas faíscas. Dudu tem mostrado sua principal dificuldade na articulação de jogadas, principalmente no último passe. A firula é algo que também tem atrapalhado a vida do jogador, servindo de exemplo a última derrota alviverde, em que após tentar um passe de letra no campo de ataque, viu sua equipe perder a bola e tomar um gol de contra ataque no revés de 2 a 0 para o Red Bull. Ainda assim, é titular absoluto do time e a principal válvula de escape pelo lado esquerdo do campo. Precisa justificar o alto investimento. Entretanto, sua qualidade é indiscutível e com o tempo, mais entrosado com o novíssimo elenco palmeirense, poderá dar muitas alegrias para o torcedor, assim como aconteceu no recente clássico contra o próprio São Paulo, no qual se destacou e saiu aplaudido.
Já para Centurión, o investimento talvez esteja acima do esperado. Contratado mais como uma resposta a torcida pela perda de Dudu para o outro lado do muro, o jogador vem demonstrando futebol regular, fornecendo um pouco da raça que faltava para esse elenco tricolor, muito importante em um torneio como a Libertadores. Seus números dentro de campo ainda não são muito expressivos, ainda que ele não seja titular. Briga com Pato e Ganso por uma vaga, mas ambos citados não vêm demonstrando bom futebol nas últimas partidas. É uma aposta e, como todas elas, precisa de confiança e tempo, ainda mais com a atual crise interna que vive o São Paulo, quarto colocado na classificação geral do Paulistão e ameaçado na Libertadores.
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