O imperialismo migrando para os campos


Quando se pensa nos EUA, muito se vem na cabeça as aulas de história do colégio em que estudávamos como a sua influência política e econômica atinge nossa cultura e a maneira como interpretamos o atual mundo globalizado, primordialmente pela ótica norte-americana.

Ao longo dos últimos anos, o futebol, ou “soccer”, como eles mesmo preferem dizer, tornou-se uma realidade no entretenimento americano, e isso, caros leitores, pode ter impactos muito maiores do que imaginamos num futuro não tão distante. 

A MLS (Major League Soccer) está em constante ascensão e seguindo os mesmos passos da antiga NASL (North American League Soccer), que tinha o New York Cosmos como o principal responsável por estabelecer uma notoriedade nacional e mundial ao contratar craques como Pelé e Beckenbauer, hoje contam com estrelas como Kaká, Defoe e Frank Lampard. 

Mas afinal, como funciona a gestão desse campeonato? Quais são os benefícios dos clubes? Como fazer esse esporte cair na graça da torcida? Confira os principais aspectos que fazem da MLS um produto de sucesso de mercado:

Administração:

Após a antiga liga fracassar por problemas de endividamento dos clubes, a solução para evitar esse tipo de situação novamente foi lidar do campeonato como um produto. Os contratos de televisão, diferentemente do Brasil, são distribuídos igualitariamente e os clubes devem respeitar o teto orçamental de R$3 milhões anuais. Regras básicas que garantem credibilidade e segurança financeira a nova liga. 

Números:

Expressivos e surpreendentes, a MLS ocupa a terceira posição no mundo em taxa de ocupação, a quinta com maior média de torcedores nos estádios e a 9ª colocada em média de público no mundo. 

Eventos:

A organização de eventos é, e sempre foi, uma das maiores qualidades desse país. No futebol, a tona não se mostrou diferente, afinal, apesar de pequenos estádios, o conforto é de primeiro mundo. A busca por seguidores também não fica limitada apenas apresentando grandes craques para o público, como foi com David Beckham, em 2007, e Thierry Henry, em 2010. A investida também chega às esferas sociais, com os jogadores fazendo uma ponte entre os clubes e as escolas, hospitais e creches que são visitadas. 

Futebol/Educação:

O atleta universitário é altamente valorizado nos EUA. Organizada pela NCAA (Nacional Collegiate Athletic Association), as competições universitárias abrem oportunidades para jovem que vão se aventurar na carreira futebolística, podendo ganhar bolsas de estudos se forem incorporados ao time. 

Qualidade técnica:

Apesar de todo o investimento que vem sendo feito, que é de se tirar o chapéu, a qualidade técnica ainda não é um ponto forte a ser celebrado. Contudo, o futuro parece ser promissor segundo alguns profissionais responsáveis pela administração do torneio. E a estratégia utilizada pelos mesmos não poderia ser diferente: o uso do dinheiro como principal ferramenta para transformar a MLS num grandioso campeonato.

Ao que parecem, os trabalhos realizados por clubes brasileiros nos EUA não tem sido à toa. A reformulação necessária para que o “país do futebol” volte a ser o que era antes pode começar por esse intercâmbio com outras escolas do esporte. Adotar a maneira como os americanos lidam com o futebol talvez seja algo arriscado e imediatista, porém, ao mesmo tempo, a negligência não parece ser o caminho mais inteligente a ser seguido.

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Autor: Unknown

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