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O Cholo (Foto: Reprodução) |
Ver um jogador identificado com um clube assumir a direção técnica desse mesmo clube é sempre algo fascinante. Foi o que ocorreu no final de 2011, o Atlético de Madrid já cansado de patinar sob as ordens de Gregório Manzano convidou Cholo Simeone para dirigir o time, a estreia do argentino contra o Málaga já deu mostras de que as coisas haviam mudado.
O Atleti tinha outra postura em campo, e foi assim até o fim daquela temporada, coroada com a conquista da Europa League. Simeone mudou o clube, Koke surgia como promessa, mas o clube pensava em emprestá-lo. Falcao e Arda, duas grandes contratações, não engrenavam no time. Miranda entregava jogos e Diego Costa ainda era só um caneludo.
Desde a chegada do novo técnico tudo recomeçou do zero. Na temporada seguinte, a primeira completa no comando, vieram mais glórias. Logo no início, temos a épica vitória contra o Chelsea na Supercopa da Europa, um dos jogos mais importantes da caminhada do técnico. Os dois títulos já seriam o bastante para aumentar exponencialmente a admiração por ele. Mas Cholo é trabalho, esforço, dedicação. A consistência tática adquirida, a moral elevada, a dissipação de dúvidas. Parecia um novo time com Diego no comando.
Desde a chegada do novo técnico tudo recomeçou do zero. Na temporada seguinte, a primeira completa no comando, vieram mais glórias. Logo no início, temos a épica vitória contra o Chelsea na Supercopa da Europa, um dos jogos mais importantes da caminhada do técnico. Os dois títulos já seriam o bastante para aumentar exponencialmente a admiração por ele. Mas Cholo é trabalho, esforço, dedicação. A consistência tática adquirida, a moral elevada, a dissipação de dúvidas. Parecia um novo time com Diego no comando.
14 anos depois cairia o tabu do derbi, com uma vitória de virada, na casa do rival, com direito a título. A Copa do Rei simbolizava muito mais que uma disputa entre clubes. As algemas que prendiam o Atleti ao seu passado eram quebradas a base de muito suor. Então Falcao deixava o clube, e a pergunta era natural, será que o clube ainda teria forças? Talvez uma das maiores surpresas da Liga nos últimos anos, Diego Costa levou o Atlético ao posto que não alcançava desde 1996. O de campeão nacional.
O trabalho magistral de Diego Simeone na temporada 2013/14 é algo para ficar na memória de qualquer fã do futebol. Além do título espanhol, o clube ficou a segundos de vencer a Champions League.
Esse momento foi vital no anúncio que ocorreu ontem. A única glória que falta ao Atleti, e a Simeone, pode muito bem ter servido de combustível para a renovação. Mesmo que não se admita no clube colchonero, a Champions é o sonho secreto da equipe. Com o crescimento técnico também deram início ao crescimento econômico. Depois de atravessar crises financeiras bem graves, os rojiblancos entraram na linha e expandiram o capital através do patrocínio com o Azerbaijão e um grande acionista chinês que investiu cerca de 40 milhões de euros pra participar da festa. Ou seja, tudo o que foi trilhado por Simeone desde 2011 serviu de base pro acordo alcançado. A ideia dos diretores e do próprio treinador é transformar o clube em uma marca mundial, não dá pra se dizer que eles tenham errado. Hoje o mundo vê o Atlético com outros olhos. A melhor e maior contratação que o clube poderia ter feito é a renovação de seu técnico e mentor. A figura dele seduz jogadores do mundo inteiro, aumentando o poder de convencer um atleta a atuar pelo time. Além disso, ajuda a cimentar o casamento perfeito entre clube, técnico, torcida e jogadores. Não me lembro a última vez que vi alguém trabalhar com tanta autonomia assim. No fim das contas, renovar era o melhor para todo mundo. Menos para os rivais.
Produzido por: Pedro Pedroso
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