Será que, enfim, teremos uma boa e velha Libertadores?


Olá, Ceonzeiros! Mais um Guia de Abertura neste 2015, desta vez falando sobre a competição mais cobiçada entre os clubes da América. A Copa Libertadores da América já começou com a sua fase classificatória, onde o Corinthians atualmente se encontra. O torneio continental também conta com a volta de clubes de tradição, como o River Plate, Boca Juniors Estudiantes. Vejamos aqui alguns pontos que destacamos para a edição de 2015.

Como estão os clubes brasileiros para a Libertadores?


Internacional: 


O Colorado garantiu vaga na fase de grupos da Libertadores após uma suada vitória contra o Figueirense na última rodada do Brasileirão, em que teve uma campanha suada, assim como o último jogo, e inconstante. O time que era treinado por Abel Braga conseguiu manter-se entre os primeiros colocados durante todo o campeonato, mas sofreu com uma irregularidade que deixou um gostinho de quero mais nos torcedores. 

Para a Libertadores, D'Alessandro e Aránguiz terão a companhia do talentoso Vitinho, ex-Botafogo, além de Réver, zagueiro e capitão do Atlético MG na conquista alvinegra em 2013, e o técnico uruguaio Diego Aguirre, que chega para substituir o Abelão e conduzir o Inter para o topo da América novamente.

A estreia será contra o vencedor do playoff entre The Strongest (BOL) v Monarcas Morelia (MEX), no dia 17/02 e na casa do adversário.


Cruzeiro: 


A Raposa conquistou o bicampeonato seguido do Brasileirão e quer ultrapassar os limites para conquistar a Libertadores novamente, após 18 anos. Porém, 2015 não iniciou tão bem para o time azul, que perdeu três jogadores fundamentais - Everton Ribeiro, Ricardo Goulart e Lucas Silva - sem contar com as saídas de Egídio, Dagoberto, Borges...

O uruguaio De Arrascaeta, que enfrentou o Cruzeiro na última Libertadores e deixou um sabor de decepção na torcida azul, chega como um dos principais reforços, junto com o atacante Leandro Damião, que chega do Santos. O objetivo nessa edição é levantar o caneco para coroar uma geração que conquistou merecidamente os títulos do Campeonato Brasileiro. Resta saber se, com as saídas e numa Libertadores onde o seu maior rival surge tão forte depois de tê-lo derrotado na final da Copa do Brasil, a Raposa ainda terá gás para isso.

A estreia será no dia 25/02, às 22h, no estádio Olímpico Pátria, em Sucre, contra o Universitário de Sucre (BOL).


Atlético/MG:


O Galo ainda tem a conquista de 2013 viva na memória. Improvável, inesquecível, inacreditável, tal qual o título da Copa do Brasil sobre o maior rival que acabara de ser campeão brasileiro. Levir Culpi reviveu o jeito GALO DOIDO de jogar que tanto deu certo com o técnico Cuca e é tão forte é em mata-matas.

Diego Tardelli migrou para a China, porém Lucas Pratto e Cárdenas chegaram para fortalecer um time que parece ter adquirido uma “áurea” de Libertadores, com remanescentes da útlima conquista, como Leonardo Silva, Marcos Rocha, Josué, Luan e o goleiro “São Victor do Horto”.

Inclusive, o inédito título da Copa do Brasil conquistado no último semestre foi que deu a vaga ao Atlético MG e a estreia será contra o Colo Colo em Santiago, no dia 18/02, às 22h.


São Paulo: 


O Tricolor chega para a Libertadores após o vice-campeonato do último Brasileirão e querendo conquistar o TETRA após conquistar o Tri 10 anos atrás. Com um time técnico que troca passes com muita eficiência, chegou a ameaçar o título do Cruzeiro por um certo momento, porém não manteve a regularidade, assim como caiu novamente nas semifinais da Copa Sul-Americana, dessa vez nos pênaltis para o Atlético Nacional.

Em 2015, sem Kaká, mas com o novo reforço Centurión e Ganso “babando” para voltar à seleção brasileira, o objetivo é dar uma aposentadoria merecida e vitoriosa para o seu maior ídolo. Rogério Ceni, 41 anos, renovou para disputar a sua última Libertadores e repetir o feito de 2005, curiosamente quando o São Paulo derrotou um brasileiro na competição pela última vez - o Atlético PR na final, sem contar o Palmeiras, nas oitavas. É necessário quebrar o tabu para seguir em frente e o Tricolor tem time para, enfim, voltar ao topo do continente.

A estreia poderá ser em território brasileiro, paulista, contudo não no Morumbi, no dia 18/02, às 22h: o provável adversário é o Corinthians.


Corinthians:


O quarto colocado do último Brasileirão conta com o retorno do técnico Tite, praticamente um ídolo do bando de loucos. O fantasma do #TolimaDay ainda assombrava pela presença do Timão na Pré-Libertadores e o adversário ainda ser colombiano: Once Caldas. Porém, a vitória por 4 x 0 na partida de ida deu tranquilidade para uma classificação que parece quase garantida.

Dentro de campo, chegaram Cristian, volante ex-Fenerbahçe e que está de volta ao Parque São Jorge, o zagueiro Edu Dracena, que estava no Santos, além de Vágner Love, atacante que estava no futebol chinês. Love, inclusive, era especulado no Corinthians há 10 anos, nos tempos de MSI. Negócio que não foi concluído.

O objetivo é repetir o título conquistado em 2012, porém terá que livrar-se dos empates tão corriqueiros nas duas temporadas que se passaram e voltar a ter um futebol que convença e agrade o torcedor, com muita raça e disposição em campo. Caso isso volte, com os jogadores rendendo o esperado, o título não seria algo a ser descartado.

Os favoritos da Libertadores:


Quem são as principais pedras no sapato dos times brasileiros na caminhada da Libertadores desse ano? Os times que deverão causar atenção redobrada para quem quiser conquistar o título mais desejado das Américas? 


River Plate:


O campeão da última Copa Sul-Americana vem com um time forte, experiente e que está encantando na Argentina. Sob o comando do ídolo Marcelo Gallardo, os milionários estão jogando um futebol ofensivo, veloz e envolvente, com destaque para o meia Leonardo Pischulichi, que foi extremamente decisivo na conquista do título contra o Atlético Nacional e o atacante colombiano Téo Gutérrez, forte, de boa técnica e que sabe finalizar. Não à toa, frequentemente é convocado para a seleção de seu país. 

Para a Libertadores, o River ainda reforçou-se com mais um meia argentino de ótima técnica: Pablo Aimar, de 33 anos, que foi revelado pelo clube, agregando ainda mais qualidade para um ótimo meio de campo, que conta com jogadores como o também colombiano Carlos Sánchez. Com bom toque de bola, velocidade e movimentação ofensiva, será que o River voltará ao topo da América após quase 20 anos? O sonho do tri é possível.


Atlético Nacional:


Assim como o seu algoz na final da última Sul-Americana, o Atlético Nacional de Medellín também está entre os times mais fortes dessa edição da Libertadores. Forte marcação, qualidade nos contra-ataques e um meio-campo de ótimo passe: esse é o alviverde da Colômbia que mostrou um futebol bastante competitivo na última temporada, quando ficou entre os oito da Libertadores, eliminando o até então atual campeão Atlético MG, nas oitavas, dentro do Independência, e finalista da Sul-Americana, derrotando o tão badalado São Paulo dentro do Morumbi. 

Contudo, mesmo com um bom time, a perda de jogadores importantes como Cárdenas, Cardona, Meijía e Medina pode pesar - e muito -, mas a permanência do atacante veloz Berrío, o meio campista Valencia e os defensores Nájera e Bocanegra, além do arquero argentino Armani e a chegada do atacante paraguaio Pablo Zeballos, que disputou a última Libertadores pelo Botafogo, podem dar sequência ao bom trabalho do técnico Juan Carlos Osório. 


Boca Juniors:


O Boca é sempre um bicho papão na mente dos times brasileiros, devido as muitas eliminações e derrotas sofridas para o time de La Bombonera, sem contar os seis títulos conquistados, quatro deles entre 2000 e 2007. É um gigante e sua camisa é uma das mais pesadas do continente. Quando o assunto é Libertadores, então, nem se fala. 

O time conta com bons valores que podem levar o time xeneize longe, como Lodeiro, ex-Botafogo/Corinthians, que chega com a moral de vestir a 10, e o bom volante Fernando Gago, além do lateral-direito Gino Peruzzi, que despontou muito bem no Vélez, e o atacante Gigliotti, que aparenta ser apenas mais um atacante trombador no comando de ataque, mas tem muita qualidade para balançar as redes do adversário. Bons jogadores, um técnico jovem e competente chamado Rodolfo Arruabarrena, velho conhecido dos torcedores do Boca, que deseja voltar ao topo, com a força da camisa, da torcida e de seu temido caldeirão.


Universidad do Chile:


Os chilenos de La U sofreram com o desmanche da equipe campeã da Sul-Americana em 2011, sob o comando de Jorge Sampaoli, atual técnico da seleção chilena, e a saída de jogadores como Aránguiz, Várgas, Mena, Marcos González, Marcelo Díaz... Tal feito deu à Universidad de Chile, o apelido de “La Única”. Para alçar vôos mais altos na Libertadores após a imortal geração daquele ano, o time teve que desvencilhar-se daquele jeito de jogar. 

Jhonny Herrera, Rojas, Lorenzetti e Canales são alguns dos remanescentes daquela geração vitoriosa. Agora, sob o comando do uruguaio Martin Lasarte, que mudou o jeito do time jogar, voltando a dar competitividade e eficiência ao sistema ofensivo. O habilidoso meia Maxi Rodriguez, que chega emprestado do Grêmio, é uma esperança para guiar LA U para caminhos mais altos, diferente da estagnação na primeira fase, vivida na última edição. Dessa vez, os universitários virão com sangue nos olhos de coruja. 


Atlético/MG:


Claro que existem brasileiros entre os favoritos e, para começar, falemos do GALO DOIDO, que reforçou-se bem e pouco mexeu na estrutura do time. Após a campanha inconstante e depecionante na última edição, sendo eliminado nas Oitavas pelo Atlético Nacional, dentro de casa, a missão é novamente conquistar o continente, independente de ser tão épico quanto as últimas conquistas do clube: Libertadores, Recopa e Copa do Brasil, todas conquistadas com requintes de crueldade, emoção e viradas espetaculares. 

Diego Tardelli, um dos pilares do time, deixou o clube rumo ao futebol chinês. Entretanto, Lucas Pratto e Cárdenas chegam para reforçar um time que, dentre os brasileiros, mais joga com o espírito de Libertadores, de mata-mata, atualmente. A pressão gigantesca feita dentro de casa empurra os adversários contra a parede, sem deixá-los com outra opção a não ser defender-se. Porém, fora de casa, o Galo é imprevisível e não possui a mesma força. Resta saber se com os novos reforços, badalados e desejados em diversos outros clubes, mudarão esse quadro de perder por 2-0 e virar para 4-1. Como diz o lendário Caixa: “Por que tem que ser tão sofrido assim?” 




São Paulo:


Se o Atlético é insano no modo aventureiro de jogar, com muita pressão e movimentação ofensiva, o São Paulo é o oposto, apostando mais no toque de bola, o jeito cadenciado de jogar, mas com muita movimentação de seus homens de frente. 

Do meio pra frente, podemos dizer que o Tricolor é um dos mais fortes times da América atualmente: Denílson, Souza, Thiago Mendes, Michel Bastos, Ganso, Luis Fabiano, Pato, Alan Kardec, Centurión... Jogadores com qualidade para jogar de titular na grande maioria, se não todos, os grandes times do continente. Todavia, a questão é se Muricy saberá acertar (de vez) a defesa são paulina, que sofre com a inconstância e as consequências de um time que joga aberto e ofensivamente. Para isso, chegaram Bruno e Carlinhos para as laterais e Dória para compor a defesa com Rafael Tolói, já que o raçudo Edson Silva é bastante criticado pela torcida. 

A missão também é dar fim a um fantasma: times brasileiros que estão eliminando o Tricolor em mata-matas de Libertadores: Internacional, Cruzeiro, Grêmio, Atlético MG, além da Ponte Preta na Sul-Americana de 2013. Para começar a mandar o fantasma pro espaço e confirmar o favoritismo, o Corinthians será um dos adversários na primeira fase. Com a força do time e o jeito ofensivo de jogar, o São Paulo tem tudo para voltar ao topo da América, assim como há 10 anos.

Clubes que podem surpreender


As últimas edições da Libertadores têm nos surpreendido. Eem 2013, o Real Garcilaso bravamente foi às quartas de final; Atlético-MG após 13 anos voltou a participar e se sagrou campeão pela primeira vez; já em 2014 o modesto Nacional do Paraguai, após uma primeira fase discreta chegou a final perdendo o título para o San Lorenzo que também se sagrava campeão inédito. E nesta edição: será que algum clube sem tanta tradição no torneio continental pode surpreender? 

O Racing Campeão da América de 67 e atual campeão do Torneio Transición, vem como uma grande aposta. La Academia conta com jogadores como Milito e Pelletieri, podendo ir longe nessa edição.

Os bolivianos vêm em uma grande crescente na competição e o The Strongest é uma grande aposta. Participando pela quarta vez seguida, o time boliviano conta com a temida altitude de 3,6 mil metros de La Paz para derrubar seus adversários.

Danubio, campeão Uruguaio; Santa Fé, campeão do Torneio Finalización; Colo Colo, campeão do Clausura: outros que podem gerar grandes surpresa. O resto? Na teoria, são meros coadjuvantes, mas em Libertadores tudo pode acontecer.

*Guia produzido pelos colunistas Felipe Henriques e Anderson Santos.

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Qual é a sua opinião sobre os favoritos para faturar a taça? E quem poderá surpreender em 2015? Deixe suas opiniões nos comentários abaixo, divulgue aos amigos e acompanhe-nos pelas redes sociais.

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Autor: Anderson Santos

E que nosso canto ecoe em toda América, das Malvinas ao Suriname...EU SOU TETRA! Cruzeiro Esporte Clube
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