O primeiro "caiu em Itaquera, já era" de 2015

O Corinthians teve um prólogo excelente em 2015. O nono título da Copinha, as contratações pouco questionadas, a participação na Florida Cup - que, em termos de visibilidade e de preparação, não deixa a desejar - e o clima bom com o elenco, além de tentativas de se aproximar da torcida como o amistoso contra o "pai" Corinthian-Casuals, marcaram uma pré-temporada descontraída e compromissada para o Timão.

Mas treino é treino e jogo é jogo, já diz o ditado. Hoje, o Corinthians entrou em campo na Arena para sua primeira partida oficial em 2015, a estreia no Campeonato Paulista contra o Marília. O resultado foi 3x0 para o Bando de Loucos, e poderia ter sido ainda mais caso algumas circunstâncias fossem diferentes, como a finalização e a própria escalação em si, que contou com alguns desfalques.

O time que veio a campo não fugiu muito da equipe que Mano Menezes colocava em 2014: Cássio; Fágner, Gil, Felipe, Fábio Santos; Ralf, Elias, Jádson, Renato Augusto; Émerson Sheik, Guerrero. Lodeiro, que era dado como titular certo na vaga de Jádson, acabou por não ser sequer relacionado. O motivo foi o cenário cada vez mais favorável de vender o uruguaio ao Boca Juniors por 7,5 milhões de reais. Para desespero da torcida, o zagueiro recém-contratado Edu Dracena ainda não está 100% para jogar, e devido a isso Tite escalou o... ser... vivo (carece de fontes) Felipe em seu lugar. Além deles, Cristian também não jogou para refinar a forma física e Edílson e Mendoza ainda não foram inscritos no Campeonato Paulista.

EMPOLGOU (Foto: Globoesporte.com)


A primeira etapa começou com um Marília visivelmente nervoso, errando muitos passes, e um Corinthians tranquilo e sem muita pressa de fazer gol. Mesmo assim, aos 11 minutos, a rede já balançava na Arena Corinthians; Jádson deu um lindo passe alto para Renato Augusto dentro da área, e o camisa 8, sem deixar a bola cair, tocou com categoria para o fundo das redes, tirando o ex-arqueiro corinthiano Marcelo da jogada. Bom saber que as nossas pratas-da-casa estão defendendo clubes de grande expressão e tal...

O trio de ataque com Sheik pela esquerda, Jádson pelo meio e Renato pela direita funcionava muito bem e trabalhava bastante, porém o centroavante Guerrero não aparecia o suficiente para receber o fruto da insistência dos três. Todavia, o Marília continuava impotente, tendo chegado ao gol apenas duas vezes até os 35 minutos do primeiro tempo e em lances sem muito perigo.

O restante do primeiro tempo foi marcado mais pelas entradas fortes e pequenas discussões entre os jogadores do que pelas jogadas, apesar de três oportunidades perdidas de gol com Sheik, Elias e Ralf, respectivamente. Aos 42 minutos, Fágner sofreu uma torção e chegou a assustar, mas acabou voltando a campo. Aos 47, uma falta muito mal-batida pelo MAC encerrou o primeiro tempo.

No segundo tempo, nenhuma alteração nas duas equipes. O Corinthians continuou apostando na agressividade do seu último terço, pressionando a defesa do Marília pra que a mesma entregasse a paçoca e deixasse que aumentássemos o resultado - afinal, o torcedor corinthiano ainda não esqueceu da monotonia dos 0x0 e 1x0 da Retranca Tite™. Acabou dando certo. Novamente aos 11 minutos, Fágner arriscou de longe e contou com um desvio para ampliar o placar para 2x0, tranquilizando a torcida corinthiana que passava a cantar mais alto.

Visivelmente enfraquecido, o Marília já não conseguia mais segurar o Corinthians, e isso se viu aos 14 minutos; Renato Augusto recebeu sozinho na entrada da área e, mesmo com três zagueiros perto dele, não foi desafiado por nenhum e colocou a redonda nos pés de Paolo Guerrero, sempre ele, que bateu cruzado e contou com uma ajudinha do nosso Marcelo para fazer 3x0. Aos 23, poderia ter ficado 4x0 se não fosse Émerson Sheik e seu pé torto na finalização.

Aos 24 minutos, a primeira alteração: Exmº. Sr. Danilo no lugar de Renato Augusto, obviamente buscando tirar o pé e cadenciar mais o jogo para garantir o resultado. Aos 27, Danilo já dava seus pulos na partida; Achou Guerrero livre no meio, que lançou Ralf, que driblou o último zagueiro e fuzilou Marcelo, mas o desvio no goleiro levou a bola para fora.

O Coringão ainda teve mais três chances claras de gol até os 29 minutos, quando Émerson Sheik deixou o campo para entrar ele, o craque do segundo tempo, o mito dos jogos ganhos, o especialista em fazer tanta coisa e nenhuma delas ser minimamente relevante... Luciano. O primeiro lance do atacante foi um desvio de peito que entregou um contra-ataque para o Marília; felizmente, não deu em nada.

Aos 38, última alteração do Corinthians; Elias, cansado, deu lugar a Bruno Henrique. Sem nada mais a perder, o Marília ousou um pouco mais nos minutos finais e conseguiu levar perigo uma ou duas vezes, mas nada que empolgasse antes do árbitro Douglas Marques das Flores encerrar a partida aos 48 minutos do segundo tempo.

O resultado é bom, lógico, mas é importante lembrar que os méritos sobram mais para a fraqueza do Marília do que para a eficiência do time corinthiano em si; é importante que os pés permaneçam fincados no chão. Todavia, sempre é bom estrear com vitória, ainda mais com resultados elásticos como esse, e a confiança do time só tem a ganhar.

O próximo compromisso do Alvinegro é a famigerada Pré-Libertadores contra o Once Caldas; o jogo de ida será realizado na Arena Corinthians, no dia 04/02 (quarta-feira), às 22h00 (Brasília). O Marília também joga na quarta-feira, mas contra o Rio Claro, pela segunda rodada do Campeonato Paulista, às 19h30 (Brasília).
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Autor: Unknown

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