*Relembre o desempenho do Coritiba no Estadual e na Copa do Brasil clicando aqui.
Chegou a vez do martírio de 2014 na vida do Coxa Branca: o Campeonato Brasileiro.
Resumidamente e estatisticamente falando, a atuação do alviverde paranaense, sobretudo no primeiro turno, foi complicada. Foram 28 V I N T E E O I T O rodadas na zona de rebaixamento, com 41 gols marcados, 45 sofridos, 12 vitórias, 11 empates e 15 derrotas, o aproveitamento foi de apenas 41,2%.
A estreia na competição foi sem empolgação depois do fracasso no Campeonato Paranaense. Celso Roth, contudo, havia chegado e era uma esperança que algo pudesse melhorar. O time, no entanto, começou o Brasileirão com um empate sem gols, contra a Chapecoense, fora de casa.
Na rodada seguinte, no Couto Pereira, mais um placar zerado. Dessa vez, contra o Santos. Daí em diante houve mais sete jogos no campeonato até a parada para a Copa do Mundo e já na ZR, ameaçado pela lanterna, foi vencer só na última rodada antes da pausa. Jogando na Vila Capanema (o Couto estava emprestado para a FIFA), o Coxa bateu o Goiás por 3 a 0 e somou sete pontos, insuficientes para passar o mês fora da ameaça da degola.
Neste meio tempo houve inclusive o atleTIBA, com vitória dos rivais por 2 a 0. Desgraça pouca é bobagem mesmo.
No retorno, lá se foram mais oito jogos, com dois empates, duas vitórias - sendo que uma aconteceu contra o Grêmio, na Arena em Porto Alegre e, sem dúvidas, o 3 a 2 frente aos gaúchos entrou para a lista de uma das (poucas) melhores partidas do Coxa em 2014.
Quer dizer, a princípio parecia que a coisa tinha desandado de novo, quando Barcos virou o placar para o adversário, com dois gols no segundo tempo, depois de Zé Love ter feito o primeiro para o Coritiba na etapa inicial. Porém, Alex estava inspirado e já perto dos 30 minutos cobrou falta de forma precisa para Zé Love de novo marcar e empatar tudo. E aí, haja emoção, era chances de um lado e resposta de outro. No último minuto mais uma vez Barcos quase fez o gol da vitória do Grêmio, mas faltando 30 segundos para o apito final, foi o capitão Alex quem balançou as redes e decretou o alviverde como vencedor.
E ainda, houve quatro derrotas, sendo a última, contra o Palmeiras, a gota d'água para a demissão de Celso Roth.
Marquinhos Santos voltou após exatos 11 meses de sua saída do clube. A responsabilidade era novamente grande e delicada, pois ele tinha duas rodadas e mais um turno inteiro para salvar o Cori do rebaixamento. O caminho não seria fácil, mas a chegada do treinador ajudaria a mudar a história dali em diante.
Dois empates sem gols fecharam a primeira parte do campeonato. A posição, então, era a 18ª e com 17 pontos ostentava o "título" de pior campanha de sua história nos pontos corridos com 29% de aproveitamento. Começava a ser desesperador, já que o time estava pior que em 2005 e 2009 quando foi rebaixado.
Vieram então mais dois empates, sendo um fora de casa, contra o Corinthians, que foi o resultado que mais revoltou. Ao contrário das expectativas, o alviverde foi até São Paulo e fez 2 a 0 com Robinho, mas quem deu o passe foi Alex que também guardou o dele com um golaço de fora de área. Antes disso, algo inusitado aconteceu (infelizmente, pois deveria ser regra e não exceção): o árbitro tinha marcado pênalti para o Corinthians, mas o assistente o chamou e afirmou que não havia sido falta, em seguida, o senhor Jean Piérre se corrigiu e anulou a penalidade.
A tendência era que a decisão ficaria para a última partida, mas o Coxa surpreendeu e o sofrimento acabou antes. Aleluia! Quando o apito final soou nem dava para acreditar, pois quando estava 1 a 0 (gol de Carlinhos), o Galo chegou a marcar duas vezes, mas de forma impedida e depois, Vanderlei precisou fazer excelentes defesas, três em sequência. A tensão só cessou momentaneamente quando Leandro Almeida marcou depois de contra-ataque aos 41 minutos. Pouco depois, no entanto, o Atlético diminuiu, mas o Cori segurou e após um campeonato todo, o respiro de alívio foi dado. Ficamos! A Série A é e sempre será o nosso lugar!
Neste meio tempo houve inclusive o atleTIBA, com vitória dos rivais por 2 a 0. Desgraça pouca é bobagem mesmo.
No retorno, lá se foram mais oito jogos, com dois empates, duas vitórias - sendo que uma aconteceu contra o Grêmio, na Arena em Porto Alegre e, sem dúvidas, o 3 a 2 frente aos gaúchos entrou para a lista de uma das (poucas) melhores partidas do Coxa em 2014.
Quer dizer, a princípio parecia que a coisa tinha desandado de novo, quando Barcos virou o placar para o adversário, com dois gols no segundo tempo, depois de Zé Love ter feito o primeiro para o Coritiba na etapa inicial. Porém, Alex estava inspirado e já perto dos 30 minutos cobrou falta de forma precisa para Zé Love de novo marcar e empatar tudo. E aí, haja emoção, era chances de um lado e resposta de outro. No último minuto mais uma vez Barcos quase fez o gol da vitória do Grêmio, mas faltando 30 segundos para o apito final, foi o capitão Alex quem balançou as redes e decretou o alviverde como vencedor.
E ainda, houve quatro derrotas, sendo a última, contra o Palmeiras, a gota d'água para a demissão de Celso Roth.
Marquinhos Santos voltou após exatos 11 meses de sua saída do clube. A responsabilidade era novamente grande e delicada, pois ele tinha duas rodadas e mais um turno inteiro para salvar o Cori do rebaixamento. O caminho não seria fácil, mas a chegada do treinador ajudaria a mudar a história dali em diante.
Dois empates sem gols fecharam a primeira parte do campeonato. A posição, então, era a 18ª e com 17 pontos ostentava o "título" de pior campanha de sua história nos pontos corridos com 29% de aproveitamento. Começava a ser desesperador, já que o time estava pior que em 2005 e 2009 quando foi rebaixado.
O segundo turno, mais sofrimento, a recuperação e a salvação
Restavam 19 rodadas para decidir qual seria o destino do Coxa em 2015. A visão do futuro era relativamente pessimista, mas o campeonato só acaba quando termina (e ainda bem, neste caso).
No Couto, lá veio a Chapecoense novamente, mas desta vez a lição de casa foi feita e a vitória por 3 a 0 foi alcançada. Depois, uma nova derrota aconteceu, desta vez para o Santos.
E então, de novo ao lado da torcida mais três pontos vieram contra o São Paulo, com a atuação boa e digna dos 3 a 1 conquistados. Depois de levar o gol no fim do primeiro tempo, o Coritiba virou o jogo em um intervalo de três minutos com Helder, Joel (saudades Joel, saudades) de carrinho e, já nos minutos finais, o camaronês fez o terceiro para fechar a conta e, de quebra, ainda protagonizou a cena mais hilária da rodada (quiçá do campeonato), ao cair no túnel na hora da comemoração. Depois do susto, pudemos celebrar a saída da zona de rebaixamento pela primeira vez desde a quarta rodada.
Não por muito tempo.
Três partidas se passaram, todas com derrota. A lanterna estava em nossas mãos. A crise estava instalada no clube e isso era mais do que evidente. Algo de muito errado estava acontecendo não só no futebol apresentado em campo, mas sobretudo fora das quatro linhas. Até que veio o atleTIBA e a esperança da reação em pleno clássico. Contudo, quando o time entra em campo a situação se escancara de vez:
(Foto: Ana Helena Goebel) |
O jogo em si não foi dos melhores, mas o esforço valeu e graças ao gol relâmpago de Helder aos 20 segundos do segundo tempo a vitória veio e reforçou o protesto silencioso dos jogadores.
Mais uma vitória na sequência diante do Criciúma, concorrente direto, animou a briga contra o rebaixamento. Porém, duas derrotas seguidas (e sete gols tomados) colocaram o Coritiba na lanterna de novo e em clima/pressão de decisão dali em diante. Era preciso vencer os confrontos diretos e torcer pelo tropeço dos outros. O jeito foi respirar fundo e partir para a guerra.
O Botafogo era o primeiro desafio da lista. No Couto Pereira, a sintonia entre torcida e grupo (e os salários pagos) levaram o time à vitória por 2 a 0 (gols de Alex e Joel). Não bastasse isso, os "deuses do futebol" pareciam estar ao nosso lado, pois a rodada ajudou e o Coxa não só saiu da lanterna, como saltou quatro posições e deixou a degola.
A alegria durou pouco, já que no primeiro minuto do segundo tempo o anfitrião diminuiu o marcador. O Coxa segurou a pressão adversária, mas aí, Alex se machucou e depois o árbitro deu C I N C O minutos de acréscimo. Não deu outra: faltando 40 segundos para o fim o Corinthians empatou. Os dois pontos perdidos (roubados) resolveriam muita coisa. Mas bola para frente, o jeito era correr atrás nas últimas rodadas.
Faltavam seis. Vencemos quatro, empatamos uma e perdemos outra. Até os mais otimistas não esperavam certos resultados. Dois que valem ser citados, levando-se em conta a luta contra a queda: o 1 a 0 (gol de Joel) diante do Fluminense, no Couto, que nos tirou da zona definitivamente e o 2 a 1 diante do Atlético MG, no Independência, na penúltima rodada, que nos salvou definitivamente do rebaixamento.
Tranquilos com relação ao futuro, a última rodada foi o momento de celebrar e se despedir do passado. Não somente da temporada 2014, mas do craque Alex, que deu adeus ao futebol. A festa foi linda por parte da torcida. Começou nas ruas e terminou no estádio. Houve lágrimas, agradecimentos, homenagens e vitória. O 3 a 1 diante do Bahia fechou a conta, o dia, o Brasileirão e o ano futebolístico (leia sobre esta partida aqui).
A título de comparação, o Coxa terminou o primeiro turno em 18º, com 17 pontos, como já foi citado, já no returno, o aproveitamento foi o 6º melhor, com 30 pontos (Marquinhos Santos dobrou o número de quando chegou, que era 15). Dessa forma, no geral, terminamos em 14º colocado, com 47 pontos.
Ufa! Acabou! Fim de texto, fim de 2014, fim de um ano dificílimo.
(Fotos: Coriitba/Divulgação)
Desejo aos amigos leitores um ótimo 2015, repleto de muita saúde e realizações. E aos Coxas Brancas, um ano novo no mínimo mais tranquilo, de mudanças e esperança. Se não for para ser um ano vitorioso, que seja então o caminho e a preparação para um próximo cheio de conquistas. Sem luta contra rebaixamento, pelo amor de Deus rs. Merecemos!
Até ano que vem!
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