Em estreia nervosa, Tricolorzinho só empata com japoneses

Foto: lancenet.com
O São Paulo, com o time base campeão da Copa do Brasil sub-17 de 2013, estreou ontem na Copa São Paulo de Futebol Júnior contra os convidados da competição, os japoneses do Kashiwa Reysol. Apesar do esforço, não saímos do 1x1 na Arena Barueri e começamos atrás no Grupo W da competição.

Além de Gabriel Boschilia, camisa 10 da Seleção Brasileira sub-17, o São Paulo veio para a Copinha cheio de bons talentos; a maioria, assim como Boschilia, estava na conquista da Copa do Brasil da categoria abaixo de 17 anos do ano passado. Entre eles, o lateral Auro, o zagueiro Lucas Silva (que estava no profissional em 2013), os volantes Araruna e Gustavo e o atacante Ewandro. Encabeçando essa nova geração de Cotia, dá para chamar estes de talentos mais promissores da base.

Mas voltando à Arena Barueri na noite desta sexta, o jogo começou bem equilibrado. O Kashiwa, contrariando o antigo estereótipo de time japonês que preza pela correria e pela desorganização, se postou muito bem taticamente em campo, diminuindo todos os espaços que o Tricolor poderia ter. Assim, mesmo sendo superior tecnicamente e tendo mais qualidade individual, o São Paulo pouco criou no primeiro tempo. Precisou de uma falta, aos 40 do primeiro tempo, para abrir o placar. O canhoto Boschilia, de não muito perto, colocou ela no ângulo - 1x0 que durou até o intervalo, mesmo com os orientais ainda acertando a trave nos acréscimos da primeira etapa.

Na volta para o segundo tempo, com os meninos da Cotia meio sonolentos, o Kashiwa tomou as ações do jogo. Não demorou muito para, depois de um cruzamento rasteiro que passou facilmente pelos zagueiros e pelo goleiro Jairo, Oshima só completar para o gol vazio. O 1x1 fez o adversário se trancar atrás e o Tricolor vir para cima. Boas chances apareceram, criadas por Boschilia e Ewandro, mas não conseguiram se tornar algo concreto. O mesmo Ewandro ainda foi calçado por trás na marca do pênalti em um lance que passou batido pelo árbitro do jogo. Assim, a peleja terminou no 1x1.

Achei bastante exagerada a reação de alguns torcedores que compareceram ao estádio vaiarem a garotada depois do insuficiente empate. É bem verdade que, uma vez que foram ver o time, eles têm o direito de cobrar, mas não do jeito como foi. O São Paulo tem uma das equipes mais jovens da competição, o que de certa forma pesa, além de ter apenas empatado (e não leia esse 'apenas' com um sentido insatisfatório) na estreia da maior competição de juniores do Brasil (é de se esperar certo nervosismo) contra um time do outro lado do mundo que nós nem nunca vimos jogar.

Por outro lado, gostei dos que protestaram contra Juvenal Juvêncio por jogadores. Mesmo sabendo que o ano não é dos mais favoráveis para o clube, visto que encontraremos dificuldades para nos reforçar e estruturar, é bom usar a primeira oportunidade do ano que temos para demonstrarmos que não estamos satisfeitos. Gritar "É Muricy!" não fez muito sentido ao meu ver mas, tudo bem, ele merece sempre.

O São Paulo agora, juntamente com o Kashiwa, tem 1 ponto no Grupo W e está atrás do Auto Esporte/PB, que venceu o Barueri. O próximo compromisso é justamente contra os paraibanos, no próximo dia 6, às 19h. Considerando que só o primeiro colocado se garante na próxima fase, é bem recomendável vencer os dois jogos restantes.


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Diogo Magri
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Autor: Diogo Magri

17 anos, são-paulino do interior. Tenho trauma de bola parada, de pênaltis e de elogios ao goleiro antes do fim do jogo. No C11, falo de futebol europeu. Na vida, tento sofr... digo, ser jornalista.
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