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Edson chegou no meio do ano. Com boas atuações, marcou gols importantes |
Sexto colocado, com 61 pontos. Comparando a 2013, o Brasileirão deste ano foi muito bom para o Fluminense. Lembrando que, na temporada anterior, o Tricolor ficaria no 17º lugar, mas foi salvo por escalações irregulares do Flamengo e da Portuguesa. No entanto, analisando bem a campanha tricolor, vemos que o desempenho foi abaixo do esperado.
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Cristóvão Borges chegou no Flu justamente para o Campeonato Brasileiro. Depois de um fraco início de ano com Renato Gaúcho, o Tricolor mudava de cara. O novo treinador queria um time compacto, e conseguiu por poucos jogos. Começou bem, com duas vitórias, empolgou a torcida. Na 3ª rodada, mais de 50 mil torcedores compareceram ao Maracanã: 2 a 1 para o Vitória.
Ali começavam as dúvidas. Mas ainda tinham seis rodadas antes da parada para a Copa do Mundo. No período, uma boa vitória no Fla-Flu e uma goleada sobre o São Paulo serviriam de alento. Porém, o Fluminense perdeu pontos para times que seriam seus principais adversários no fim do ano: derrotas para Atlético-MG e Grêmio (fora de casa) e um empate com o Inter, como mandante.
A intertemporada foi feita no próprio clube, em Laranjeiras. Durante este tempo, mudanças. Chegaram Fabrício, Henrique, Edson e Cícero; e saíram Wellington Silva, Ronan, Marcos Jr. e Michael, por empréstimo. A volta do Brasileirão foi contra o Criciúma. Cristóvão testava uma formação que não deu muito certo. Um 4-2-3-1 que prendia os laterais e fazia com que Jean e Cícero não tivessem liberdade para sair jogando. Além de deixar Walter, que não é (e nunca foi) centroavante, isolado no ataque. O resultado foi uma derrota com show de Paulo Baier,
Assim ficava a equipe tricolor na volta do Brasileirão: Cavalieri; Bruno, Gum, Henrique e Carlinhos; Jean e Cícero; Conca, Sobis e Wagner; Walter. O Flu precisava de um volante de contenção para liberar seus meias, principalmente Cícero. O treinador não viu isso, e repetiu a formação. Vitória magra sobre o Santos, que só aconteceu após mudanças durante a partida.
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Wagner foi um dos poucos regulares do time. Em sua terceira temporada pelo Flu, enfim rendeu o que se esperava |
Enfim, o técnico decidiu mudar. Valencia entrava no time, no lugar de Walter. Jean fez um de seus poucos bons jogos em 2014, Cícero, Conca e Wagner foram muito bem. Massacre sobre o Atlético-PR, 3 a 0 na Arena da Baixada. O toque de bola do time de Cristóvão começou a ser comparado com o da Alemanha (!!!). Tragédia anunciada.
O Fluminense começou a oscilar. Tropeçou para times fracos e teve aproveitamento abaixo do esperado contra adversários diretos na briga pela Libertadores. Contra os times rebaixados (Vitória, Bahia, Botafogo e Criciúma), foram quatro derrotas e um empate, deixando de ganhar um total de 14 pontos. Sem contar com outros tropeços diante de times que também brigaram contra o Z-4, como Coritiba e Chapecoense. Para a Chape, uma das derrotas mais vergonhosas: 4 a 1 no Maracanã. Um jogo que, quem estava no estádio, só vai esquecer daqui a muito tempo.
Já contra os times da parte de cima (os outros seis que disputavam vaga no G-4), apenas 3 vitórias, 5 empates e 4 derrotas. Só venceu os paulistas, São Paulo e Corinthians. Falando nisso, o Flu teve ótimo aproveitamento contra os times de SP. Sete vitórias e um empate. O único que perdeu apenas uma vez foi o Timão.
A campanha do Tricolor das Laranjeiras é resumida assim, em vitórias e derrotas surpreendentes, e de muitos empates (10). Pela decepção, é como se o time tivesse terminado abaixo da décima colocação. Não dá para entender, até hoje, no fim do ano, é como um time compacto, que foi sensação por algumas semanas, se tornou um bando em campo, que só jogava bem quando queria. Jogadores e técnico deram como desculpa uma crise interna (o Flu não paga os direitos de imagem de alguns jogadores há vários meses). Isso, pra mim, não é desculpa. Vimos tantos jogadores, de outros times, dando a vida em campo, mesmo não recebendo em dia. Aliás, os jogadores com pagamentos atrasados não têm tanta necessidade como outros que aparecem por aí.
Para 2015, estão saindo os que devem sair. Talvez possamos perder boas peças do elenco nos próximos dias, pouco provável. É normal a mídia especular tanto e dar certeza, assim como conselheiros de clubes dando falsas notícias para aparecer. A próxima temporada do Fluzão começa oficialmente no dia 1º de fevereiro, contra o Friburguense, provavelmente no Maracanã.
Que o próximo ano seja digno, porque melhor será muito difícil. Neste momento de transição e renovação, o Fluminense Football Club precisa de você. Associe-se.
Nossa série Flu Retrô termina por aqui. A equipe C11-Fluminense deseja um feliz 2015 a toda a torcida tricolor. Continuem nos acompanhando. Até o ano que vem!
Fotos: Nelson Perez/Fluminense F.C.
Fotos: Nelson Perez/Fluminense F.C.
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