Roger Carvalho brilha na Vitória do São Paulo

(Reprodução: Ig)

Depois de quase nunca ser aproveitado no time do Morumbi, reclamar demais, ser esquecido pela comissão técnica, fazer dramas, sair e tudo isso merecidamente, considerando o seu futebol de baixíssima qualidade, Roger Carvalho pode dizer que finalmente contribuiu para o São Paulo. Após um belo "passe", o zagueiro definiu o placar final do jogo. Mas, sem mais spoilers vamos ao jogo que mal consegui prestar atenção de tão tosco.

Inicialmente devemos dizer que Muricy poupou parte do time, visando a partida contra o Inter no meio da semana. Assim, os titulares foram Rogério; Auro, Headson Silva (o capitão da vez pra continuar o rodízio da faixa que vai ser cedida pelo maior da história), Lucão, Álvaro Pereira; Denilson, Souza, Ganso, Osvaldo, Ademilson e Luis Fabiano. Sim, esse possante trio de ataque era a nossa esperança de gols. Por sorte, o único que realmente sabe jogar bola desses três abriu o placar.

Ok, agora sim, sem spoilers.

Aos 14 minutos, em falta da lateral, o Fabuloso desviou de cabeça e venceu Wilson, abrindo o placar na terra do Acarajé, sendo o presente de aniversário do camisa 9, que completou 34 anos no sábado. Com o placar aberto, era só controlar o jogo, tentar evitar a pressão e garantir os três pontos, afinal o adversário era fraco. E Denilson até carimbou a trave num chutaço de longe, mas o primeiro tempo se manteve com o placar intacto, 1 a 0 para o Tricolor em um jogo de baixo nível, que teve suas chances mas não aproveitou.

No segundo tempo, o que pareceu é que o São Paulo ia aprontar das suas novamente. Isso porque, os baianos voltaram com fome de bola. Logo no começo da segunda etapa, Rogério Ceni salvou o Tricolor de forma mágica, com duas defesas milagrosas em sequência, com a primeira numa situação cara a cara e a segunda no rebote em chute do ex-são paulino e alvo de todas as críticas do mundo, Juan.

Porém, um minuto mais tarde, aos 12 do segundo tempo, Kadu acertou um, chute incrível, um golaço de muito, muito longe e pegou uma curva digna de beisebol, morrendo na gaveta de RC, que não pode fazer nada além de rezar. E doidinho para perder mais pontos, o time ainda cedeu uma bola na trave.

Sabendo que a situação não era das melhores, Muricy Ramalho percebeu que era hora de arrumar a casa e garantir a vitória, então foi colocando os titulares. Michel Bastos e Kaká tiveram que dar um tempo em seu descanso e foram a campo para buscar a virada. Aí apareceu a figura do goleiro Wilson, que num curto espaço de tempo, fez dois milagres em chutes de fora da área de Denilson e Ganso.

Eis que veio a colaboração do nosso amigo Roger Carvalho. Quando o relógio marcava 33 do segundo tempo, em lançamento vindo do campo de defesa (na verdade foi um chutão mas quero fazer parecer que a nossa zaga tem categoria), o zagueiro adversário foi recuar a bola para o goleiro e deu um belo passe, digno de Xavi no seu auge, melhor, digno de Paulo Henrique Ganso e deixou Luis Fabiano com todo o espaço do mundo para rolar a bola entre as pernas do zagueiro e deixar Kaká cara a cara com o gol, para garantir a vitória.

Os três pontos foram garantidos e a caça ao Cruzeiro continua. Ainda não se sabe se dá mesmo pra acreditar em título, mas sabemos que dependemos de uma incompetência enorme dos mineiros. O lado bom é que já vimos provas de que isso pode acontecer, pois a vantagem que hoje é de cinco pontos, poderia ser muito maior, graças a inúmeros tropeços. Só nos resta acreditar e ser competentes.

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Autor: Allan Jones

Projeto de hipster que vive negando o rótulo. Viciado em música boa e em esportes de qualidade. Atleti desde 2008 (chupem modinhas), Chelsea, 49ers, Celtics e claro, o São Paulo, o que interessa no final das contas. Escritor do C11 e do Britfoot.
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