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| Cristóvão Borges está em alta nos bastidores do clube (Foto: Nelson Perez/Fluminense F.C.) |
Me foi perguntado se nosso atual treinador merece ou não essa renovação. Para chegar a uma conclusão, é preciso analisar bem seu desempenho - não só as estatísticas. Querido pelo elenco, por funcionários e principalmente pelos dirigentes, Cristóvão provavelmente seguirá no clube em 2015.
Cristóvão conhece bem o Fluminense. Jogou 4 temporadas pelo Tricolor e também passou pelo Flu como auxiliar técnico em 2004. Por este motivo, o presidente Peter Siemsen optou por contratá-lo em abril, substituindo Renato Gaúcho. E o então novo treinador tricolor começou com ótimo desempenho. Nos primeiros quatro jogos disputados, 12 gols marcados e nenhum sofrido. Após as vitórias, uma derrota por 2 a 1 para o Vitória, no Maracanã, que deixou parte da torcida insegura.
Com a parada para a Copa do Mundo, Cristóvão teve bastante tempo para treinar seu time e deixá-lo com a sua cara, com o seu estilo de jogo. Perdeu a primeira partida após a preparação - 3 a 2 para o Criciúma, no Heriberto Hülse - mesmo massacrando o adversário em posse de bola. Tomada a lição de que posse de bola não é tudo, uma série de cinco jogos sem perder. O Flu passou a ser muito elogiado, tinha um índice de quase 92% de acerto de passes. Era apontado como favorito aos títulos da Copa do Brasil e do Brasileirão; até a derrota por 5 a 2, em casa, para o América-RN, pela primeira competição citada. Da derrota para o Dragão até então, o Fluminense passou a ter certa irregularidade. O time mostra garra contra times de maior força, mas quando enfrenta equipes que brigam na parte de baixo da tabela, não convence.
Coisas que interferem (e muito) nestes resultados, são os "acessos de loucura" do nosso querido treinador. No seu começo, fazia poucas substituições. Na primeira derrota para o Vitória por exemplo, fez apenas uma mudança durante o jogo todo. Quando faz as mudanças, erra várias e acerta poucas. Em partidas não tão difíceis, vencendo por apenas um gol de diferença, tendo chances de matar o jogo, Cristóvão opta por mais um volante em campo e acaba tomando o empate, ou até a virada. Por essas e outras, o técnico já foi vaiado pela torcida e até chamado de burro.
A última partida, contra o Coritiba, simboliza esse "descontrole" de Cristóvão com suas formações. Com 19 minutos do primeiro tempo, sacou Walter e botou Cícero. Antes da lesão sofrida no início de outubro, Cícero vinha atuando bem pela direita, e Wagner está em boa fase pela esquerda. Quando entrou, o camisa 5 passou a fazer a função de Conca, Wagner foi para a direita, e o argentino não tinha liberdade pra jogar. Um time que foi considerado um dos melhores no decorrer do ano, hoje é descontrolado taticamente.
Pela irregularidade, não vejo Cristóvão como merecedor da renovação de contrato; porém, como não temos muitas opções no mercado escasso da bola, que fique e deixe de ser maluco. Tenho quase certeza de que continuará no comando. Então, desejo um ótimo planejamento a ele e a diretoria, e que voltemos a conquistar títulos.
Enfim, faltam apenas cinco rodadas para o fim do Brasileirão 2014 e o Flu briga por uma vaga na Libertadores. Vamos seguir torcendo e, que vença o Fluminense.

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