Como sair da crise financeira?

Os 4 candidatos comentam sobre a crise financeira que assombra General Severiano

Não é novidade para nenhum torcedor botafoguense que um dos principais problemas do Botafogo é a grave crise financeira que o clube atravessa.  Porém a situação pode melhorar com a entrada de um novo presidente através da eleição interna que ocorrerá no final desse mês de novembro, dia 25.

Veja a seguir o que os candidatos à presidência pensam sobre o assunto e quais são as suas propostas, apresentadas em entrevistas*:

Marcelo Guimarães - Chapa Grande Salto
"Precisamos transformar a cadeira do presidente minimamente confortável. Lamentavelmente, em um primeiro momento, não é isso que vai acontecer. Estamos levando desde já a nossa força de trabalho, os parceiros que já estão conosco para refletir a respeito das soluções antecipadas. Fizemos reunião com o Deputado Otávio Leite, que é o autor da lei que refinanciará toda a dívida fiscal. Também estamos entendendo o cenário do Ato Trabalhista para poder recolocar o clube a partir de parâmetros vantajosos dentro do Ato, mas ainda sim temos desafios muito grandes em relação as dívidas. Temos uma consultoria financeira trabalhando conosco, tudo para chegarmos no momento da posse com a engenharia financeira minimamente equacionada para poder enfrentar os primeiros meses que serão duríssimos frente ao cenário que se apresenta no clube."

Vinicius Assumpção - Carlito Rocha
"Tenho dito que a situação é muito grave, sei de um aspecto mais geral a situação financeira do clube. Precisamos dar uma guinada, mas isso não é trabalho de um homem só. Tenho dito que ganhando a eleição vou juntar todos os botafoguenses para ajudar nessa recuperação, não vou governar o clube com meu grupo político ou com meus amigos, precisamos de uma gestão profissional, precisamos pegar gente de mercado e também tem gente boa em todas outras chapas. Não quero afastar os atuais investidores, mas tem que ter um modelo novo, com o atual todo mundo ganha, menos o Botafogo. Temos que trazer todos os torcedores que já ajudam e querem ajudar para construir um novo modelo, com ética, transparência e aí sim vai ser um primeiro passo para um novo processo. Vai ser um processo duro, longo, mas consistente, e temos que governar para a futura geração, para que possamos ter novamente um público com glórias e conquistas."

Carlos Eduardo - Mais Botafogo
"Exatamente eu acho que não temos a real situação financeira do clube, pois estamos recebendo informações do atual presidente através dos seus executivos, não vou ter a certeza de que essas informações sejam o quadro total do Botafogo. Temos boas informações e realmente acho que com isso dá para se iniciar um trabalho. Temos coisas em andamento como a dispensa dos quatro atletas que foi realizada de forma inadequada que certamente poderão vir a se tornar novas ações trabalhistas contra o clube, uma vez que o Botafogo não dispõe de recursos para fazer as indenizações. Como este caso, outros podem aparecer atrapalhando o planejamento. É muito importante que os Botafoguenses tenham em mente que quem quer seja o novo presidente terá um enorme trabalho, que terá que ter muita paciência e muito apoio da nossa torcida."

Thiago Alvim - Por Amor ao Botafogo
"A dívida é enorme. Como amplamente divulgado, superior à R$ 720 milhões. Porém, ela tem um perfil que permite equacioná-la no longo prazo, a partir do pagamento do REFIS, da TimeMania e do retorno ao Ato Trabalhista. Vencido esse desafio, o Botafogo volta a ser viável.
O Plano de Ação já existe. Por meio da Comissão criada pelo Conselho Deliberativo, com representantes das 4 Chapas que concorrem ao pleito de novembro, pudemos elaborar um fluxo de caixa orçado, com projeção para 15-16-17, a partir das despesas e receitas praticadas pelo Clube, com ajustes pensados para a nova Gestão, com redução de custos e investimentos, dado o quadro ora em vigência de nossas finanças. A partir daí, fica possível compreender a nossa necessidade de capital.
Assim, o desafio passa a ser, na verdade, gerar receitas no sentido de cumprir os compromissos fiscais e trabalhistas, pagar empréstimos e mútuos e realizar investimentos, sobretudo no futebol, notadamente na Base e em infraestrutura. Sócio-torcedor, licenciamento de produtos e, sobretudo, o Engenhão, nossa Arena Olímpica, serão os principais geradores de receita para o novo Botafogo que pretendemos criar."

*Fontes das entrevistas: Super Rádio Tupi e Fala Glorioso.

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Autor: Eduardo Ferreira

Botafoguense, engenheiro e carioca.
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