| Souza perdeu um gol incrível que poderia ter mudado o rumo do jogo, quando o placar ainda estava em 0 a 0. Foto: Fernando Ribeiro/Criciúma EC |
Diferente dos últimos jogos quando utilizou o esquema com três atacantes, Dal Pozzo mudou o sistema e utilizou a estratégia de um losango, com três volantes e o Cléber Santana como armador. O primeiro tempo foi até um pouco equilibrado, com um maior destaque para as boas defesas do Bruno, que havia falhado nos dois últimos jogos, mas se mostrou maduro para entrar em campo e ainda ser o melhor jogador da equipe. Mesmo com um meio-campo mais povoado, ainda apareciam alguns espaços na entrada da área criciumense, o que propiciou a criação de jogadas dos baianos.
Já na volta para a segunda parte do jogo, o Criciúma conseguiu segurar um pouco mais a bola, produzir mais chances e chegar com mais perigo ao gol de Wilson, enquanto o Vitória não conseguia acertar muitos passes. Aos 14 minutos, em um contra-ataque puxado por Cléber Santana, Roger Gaúcho apareceu pela esquerda e chutou rasteiro, o goleiro rebateu e Souza, sem goleiro, conseguiu acertar a trave (sério, o Criciúma é um time MUITO zicado). E três minutos depois, quando o tigre tinha seu melhor momento na partida, Cáceres se aproveitou da clássica falha na marcação de Cortez e chutou para o gol. Dinei, em posição irregular, desviou de leve na bola e a tirou do alcance do goleiro bruno. Porém, o Tricolor Predestinado não se abalou com o gol e conseguiu empatar o jogo com a melhor arma na "Era Dal Pozzo", a bola parada. Após sequência de escanteios, Rodrigo Souza apareceu no meio da área e cabeceou para as redes. Depois desse lance, o cenário era totalmente favorável ao tricolor catarinense, já que a torcida baiana vaiava seu time. Aí, 12 minutos depois, pra mostrar como a bruxa ronda o ambiente criciumense, Edno acertou uma bicicleta e praticamente matou o jogo. O que aconteceu a partir daí foi só a consequência de um time desesperado e sem raça, e o maior exemplo disso foi o pênalti infantil cometido pelo fraquíssimo zagueiro Joílson, que acabou com a partida de uma vez.
Abro espaço aqui pra dar uma cornetada no técnico criciumense. Ele demorou muito para mexer no time, e a entrada do Zé Carlos no lugar do Souza, que aconteceu só no final do jogo, era pra ter ocorrido quando o centroavante titular tinha perdido aquele gol inacreditável, até porque a fase dele não é boa. Tudo bem que o elenco é ruim, mas a visão do jogo do Dal Pozzo por vezes é falha.
Agora restam sete jogos e o Criciúma, dono do pior ataque do campeonato, precisa vencer cinco. Sendo que ainda enfrenta clubes como São Paulo e Grêmio em casa e Cruzeiro e Corinthians fora.Só um milagre nos salvará, e pela atual fase e azar por que passa o time, nem o mais otimista pode apostar que isso aconteça. Nos resta agora torcer o máximo e esperar que um time que raramente mostrou qualidade consiga vencer os melhores clubes do país.
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