Quanto mais eu vivo, mais te amo


Primeiro escudo do Botafogo



Quem nasce botafoguense, nasce eterno. Nos dribles de Garrincha, no brilho do Nilton Santos, na voz rouca da torcida, no punho erguido apontado para as estrelas. Para o Botafoguense, o sangue não é vermelho. É preto e branco. Para o botafoguense, a bandeira não é seu símbolo. É a sua história. Porque para o botafoguense, futebol não é uma paixão. É a sua vida. E há 110 anos nascia essa paixão. De forma inusitada e estranha, a ideia de fundar o clube surgiu durante uma aula de álgebra, onde dois amigos, através de bilhetes, criaram o Botafogo Football Club.

Uma paixão que não se agarra em títulos, mas sim, em algo inexplicável. Ser Botafogo é escolher um destino e dedicar-se a ele. Não se pode ser Botafogo, como se é outro clube. Você tem que ser de corpo e alma. O Botafogo é bem mais que um clube, é uma predestinação celestial. Feliz é a criatura que é escolhida para ter como guia e emblema uma estrela. Essa estrela, colada ao coração de quem seu manto sagrado veste, não é apenas símbolo ou referência. É muito mais. É fogo, que incendeia a paixão imortal de quem, um dia, a adotou como força, fé e religião.

Não é modismo nem boa fase que me fazem orgulhoso.Tampouco a derrota que me abate e causa desinteresse. O que me faz alegre a cada conquista e me rouba lágrimas a cada derrota é a paixão pelo Botafogo.

Como não lembrar do cruzamento do Mazolinha que resultou no gol de Maurício, livrando o Botafogo do jejum de 21 sem títulos e dando início a uma nova era? Nova era que se consagrou com os milagres de Wagner, os passes de Sérgio Manoel e com O GOL de Túlio Maravilha sobre o Santos, que decretou o Botafogo campeão Brasileiro de 1995.

São poucos que tem a honrar de vestir o manto. Manto usado por Garrincha, que fez o impossível virar possível, pela enciclopédia Nilton Santos, Didi, Amarildo e uma infinidade de craques que tornaram o Botafogo, o maior celeiro de craques do Brasil.

Foto: Satiro Sodre / SS Press



Enfim, são 110 anos de glórias e mais glórias. Não há como descrever a paixão dessa torcida. Não é modismo nem boa fase que me faz orgulhoso. Tampouco a derrota que me abate e causa desinteresse. O que me faz alegre a cada conquista e me rouba lágrimas a cada derrota é a paixão pelo Botafogo.
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Autor: Lucas Marques

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