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| Japão não conseguiu furar a retranca da Grécia em Natal (Foto: Getty Images) |
Na bela Arena das Dunas, em Natal, Japão e Grécia fizeram um jogo que não foi à altura da beleza do estádio. Ficaram somente no empate sem gols. A deficiência técnica - não à toa apontei este quesito como o ponto fraco das seleções em seus guias da Copa - e a falta de pontaria pesaram.
A igualdade teve gosto mais amargo para os japoneses, que estavam com um jogador a mais desde os 37 minutos do 1º tempo, quando Katsouranis foi expulso. Restou aos gregos utilizar a sua velha e renomada retranca. Deu certo. Mesmo lá atrás, os helênicos conseguiam levar perigo ao gol de Kawashima. Sentiram a falta do artilheiro Mitroglou, que se machucou e foi substituído ainda no primeiro tempo. Mas nada que se compare à pressão dos orientais sobre Karnezys. Uchida e Okubo perderam gols incríveis.
Os rapazes dos olhinhos puxados foram superiores nas estatísticas: 16 a 9 nas finalizações, 11 a 5 nos chutes certos e 68% a 32% na posse de bola - falei lá no guia do Japão que seu futebol se resumia a um intenso toque de bola, tá aí mais uma prova. O desespero para balançar as redes era tanto que o número de faltas do Japão foi superior: 23 a 18.
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Com o 0 a 0, os Samurais e os Piratas somam um ponto cada - na primeira rodada, foram derrotados por 2 a 1 pela Costa do Marfim e por 3 a 0 para a Colômbia, respectivamente - não dependem de suas próprias forças para ir ao mata-mata. Só um deles pode ir às oitavas, pois a Colômbia (6) já está classificada. Ou até mesmo nenhum deles, tendo em vista que a situação da Costa do Marfim (3) é mais confortável. Pega a calculadora que lá vem conta!
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| Classificação do Grupo C após a segunda rodada (Foto: Reprodução/Google) |
Na terceira e última rodada do Grupo C, que será disputada na próxima terça-feira (24), às 17h, o Japão enfrenta a Colômbia na Arena Pantanal, em Cuiabá, e a Grécia defrontará a Costa do Marfim no Castelão, em Fortaleza. Se asiáticos e europeus perderem ou empatarem, darão adeus à Copa do Mundo. Se vencerem, aí o saldo de gols entra em disputa. O dos japoneses é de -1 e o da Grécia é de -3.
Para passar de fase, o Japão precisa vencer a Colômbia por um simples placar e torcer para a Grécia derrotar a Costa do Marfim também por um resultado simples. Neste caso, levaria vantagem no saldo de gols. Se Grécia e Costa do Marfim empatarem, aí a vitória oriental sobre os sul-americanos teria de ser por um placar superior a 3 a 0. Mesmo com saldo inferior, a matemática da Grécia até que é mais simples: para se classificar, precisa vencer a Costa do Marfim por qualquer placar e torcer para que o Japão não vença a Colômbia.
Colombianos e marfinenses são, de fato, os franco favoritos nestes confrontos. Japoneses e gregos terão que suar a camisa para operar um milagre de proporções bíblicas e não voltar para casa mais cedo. Usando a lógica, é isso (ambas se despedirem precocemente da Copa) que deve acontecer. Mas no futebol nem sempre a lógica prevalece, ou seja, tenho boas chances de estar errado.
Com as contas já feitas, só nos resta esperar o dia de São João chegar para acompanhar todo esse drama que cerca as partidas do terceiro grupo do Mundial. Pois é, toda a dramaticidade vista na Arena das Dunas era só o começo...


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