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| Depay em atividade. (Foto: zimbio.com) |
Nesta tarde de quarta feira (18), a seleção que teria voltado a ser a Laranja Mecânica após a histórica goleada aplicada sobre a atual campeã do mundo, continua honrando este nome. Bateu mais um adversário.
Iniciando o jogo com a mesma formação de o duelo contra a Espanha (3-5-2 que vira 5-4-1 quando a equipe não tem a bola), a Holanda aplicou um placar de 3 a 2 sobre a Austrália.
"Austrália"... Bom, não se espera muito da Austrália numa Copa do Mundo. E o esperado vem acontecendo, pois o time da Oceania tem duas derrotas em duas partidas. Porém o futebol que eles vêm mostrando não é digno de 0% de aproveitamento. Hoje, por exemplo, dificultou muito a vida da Holanda.
O jogo começou morno, chato, até que Robben, que está no auge de sua forma física, roubou bola no meio de campo e, com uma explosão incrível, conduziu a criança até a área adversária e mandou para o fundo das redes. Passado um minuto, os Socceroos vão ao ataque e com um lançamento um tanto quanto despretensioso para Tim Cahill, que estava isolado entre dois zagueiros holandeses, acontece um Golaço (com "G" maiúsculo mesmo), do camisa 4. E esta é a principal jogada australiana: bola aérea, de preferência para o Cahill.
O resto do primeiro tempo foi, digamos que, feio, com erros de saída de bola de ambos os lados e muita marcação. A meia-cancha holandesa não criava jogadas e não conseguia acionar a dupla Robben e Van Persie para que buscassem o gol.
Aos 46 minutos, o português naturalizado holandês Bruno Martins Indi sai lesionado para a entrada do meia-atacante Memphis Depay, porém logo o juiz decreta o fim do primeiro tempo e nada se vê do camisa 21.
Início de segunda etapa e a Holanda vem no 4-2-3-1 com dois pontas abertos: Depay pela esquerda e Robben pela direita. E foi assim que a Laranja Mecânica, que hoje jogou de azul, tomou conta das ações do jogo, sem dar chances para os australianos. Porém este ótimo princípio foi manchado por um lance que gera dúvidas. A Austrália finalmente consegue sair para jogar, aos 7 minutos, e sai o cruzamento para o meio da área; a bola bate no braço de Janmaat, que não teve intenção alguma de que houvesse o toque. Já ouvi dizerem que é ordem da FIFA que os árbitros marquem a irregularidade neste tipo de lance, mas já vi acontecerem lances iguais nesta Copa onde nada foi marcado. Acho que vai da interpretação do juiz, mas que há de ter critério. No pênalti, gol de Jedinak: 2 a 1.
Assim como a alegria dos holandeses não durou muito tempo em seu primeiro gol, a dos australianos também não enquanto estiveram à frente no placar. 12 minutos e Depay põe Van Persie em ótimas condições para marcar. Sendo o centroavante que é, o camisa 9 não perdoou.
A partir daí o jogo ficou sensacional, o famoso lá-e-cá. Aos 22, Oar, ponta esquerdo da Austrália, recebe ótima bola dentro da área adversária, tendo como melhor opção a finalização. Ele prefere o passe para Leckie, todavia a assistência não foi bem executada. Era a chance para ter o placar a favor, mas Oar fez a escolha errada e Leckie tentou "dar um jeito", finalizando com o peito e o lance não funcionou. No contra-ataque deste mesmo lance, Depay arrisca chute de longe, com efeito, e Mat Ryan aceita. Como dizem, quem não faz, leva. Desta forma foi decretada a vitória holandesa.
Os últimos minutos foram com a Ausrtália buscando o gol de empate, mas sem conseguir levar muito perigo à equipe de Louis Van Gaal.
Uma observação que quero deixar é a de que a saída de bola da Holanda é ruim. Já foi ruim na estreia contra a Espanha e continuou assim no jogo de hoje.
NOTAS:
Cillessen - Mesmo quando a Austrália buscava o empate após o 3 a 2, o goleiro holandês não foi muito forçado a trabalhar. Passa muita segurança a seus companheiros. Grande goleiro! Nota: 7,0
Vlaar - Não repetiu a bela atuação contra a Espanha, quando foi o melhor dos três zagueiros holandeses. Inseguro, foi quem falhou no lance que poderia ter gerado o terceiro gol australiano quando o placar estava igualado. Nota: 5,0
De Vrij - Foi o melhor do trio de zaga nesta partida. Jogando pela direita, pôs Oar no bolso. Nota: 8,0
Martins Indi - Apático, perdeu quase todos os duelos contra Leckie. Típico zagueiro durão, que assusta quando o atacante o vê, hoje esteve assustado. Jogou apenas 46 minutos. Saiu com lesão no pescoço. Nota: 5,5
Janmaat - Oar jogava pelo lado esquerdo do ataque australiano. Janmaat, seu marcador, não teve dificuldades para pará-lo. Defensivamente, foi bem. Ofensivamente, nada fez. Nota: 7,5
Daley Blind - Não foi tudo aquilo que foi contra a Espanha, onde foi um dos melhores em campo, porém foi bem ajudando na criação de jogadas pelo lado esquerdo. Defensivamente, sofreu na marcação de Leckie. Nota: 6,5
De Guzmán - Jogou como primeiro homem de meio campo à frente da zaga. Ofensivamente, pouco participou; por outro lado, cobriu com competência as subidas dos alas Blind e Janmaat. Nota: 7,0
De Jong - Subiu bastante, chegou até a invadir a área para finalizar, o que é raríssimo em sua carreira. Foi bem na armação. Inclusive acho que ofuscou um pouco do brilho do Sneijder. Maaaas... De Jong é De Jong, e De Jong não deixa passar uma oportunidade de dar pau no adversário. Hoje não foi diferente. Nota: 7,0
Sneijder - Não foi nem perto do que se espera dele no primeiro tempo, onde pouco apareceu, não buscou o jogo. No segundo melhorou, mas não foi crucial na partida. Nota: 5,5
Robben - HE IS ON FIRE! No auge da carreira, o carequinha do Bayern de Munique abriu o placar roubando a bola e mostrando um poder de explosão impressionante; invadiu a área e finalizou com perfeição. Sempre que pegava na bola, gerava perigo. Dizem que ele só tem uma jogada, e eu digo que ninguém consegue pará-lo mesmo assim. Vai falar mau? Como no jogo contra a Espanha, marcou as subidas dos laterais, trocando de lado com o Van Persie, até porque é pelos lados que ocorrem as principais jogadas australianas. Nota: 8,5
Van Persie - Como eu disse, ajudou na marcação dos laterais adversários. Não se destacou tanto quanto o Robben, mas também deixou seu gol. Nota: 7,5
ENTRARAM:
Depay - Entrou nos segundos finais do primeiro tempo e jogou todo o segundo. Pôs fogo na partida. Com gol e assistência foi o destaque da segunda etapa jogando pela ponta esquerda. Nota: 8,5
Wijnaldum - Não entrou bem da forma como foi na partida anterior. Ajudou na tentativa de controlar o meio campo após o terceiro gol da Holanda. Nota: 6,0
Lens - Foi a campo com 42 minutos de jogo e nada conseguiu. Buscaria contra-atacar, mas ele mal pegou na bola. Sem nota
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Autor: Guilherme Zanco
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