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| Fabinho disputou todos os últimos doze clássicos pelo América-RN (Foto: Fabiano de Oliveira) |
Segundo o dicionário, avassalador é aquele que avassala, que oprime, que subjuga ou torna algo/alguém vassalo. Talvez o sentimento entre América-RN e ABC nos últimos clássicos tenha sido esse. São mais de dois anos sem perder para o maior rival. A torcida americana ergue todos os dias esse troféu, e seria assim também caso invertida a situação estivesse. Ao todo, 12 jogos. O décimo segundo jogo dessa conta, disputado hoje (6), na Arena das Dunas, talvez tenha sido o mais feio dentre todos. ABC e América-RN fizeram um jogo fraco, feio, indigno de um palco tão mágico quanto é a Arena. O América venceu com gol aos 47 minutos do segundo tempo. O lateral Wálber, predestinado, marcou um gol que simboliza o que tento dizer. O sentimento que rege hoje o clássico potiguar é avassalador. A camisa do América-RN parece jogar sozinha. A camisa vermelha parece insaciável frente ao clube rival.
Como disse, o décimo segundo jogo de tabu foi feio. ABC e América não mereceram nada além de um ponto. O zero a zero, sem dúvida, é o placar moral. Todavia, futebol não é moral, nem leva em conta merecimento. E talvez seja por isso que arraste tanta gente por tantos lugares do planeta. Mesmo mal, fazendo sua pior partida dentre as últimas, o alvirrubro conseguiu ser superior e mais presente no clássico. Tentou mais. Quis mais. E, mesmo não merecendo, ganhou. A camisa ganhou.
Como disse, o décimo segundo jogo de tabu foi feio. ABC e América não mereceram nada além de um ponto. O zero a zero, sem dúvida, é o placar moral. Todavia, futebol não é moral, nem leva em conta merecimento. E talvez seja por isso que arraste tanta gente por tantos lugares do planeta. Mesmo mal, fazendo sua pior partida dentre as últimas, o alvirrubro conseguiu ser superior e mais presente no clássico. Tentou mais. Quis mais. E, mesmo não merecendo, ganhou. A camisa ganhou.
Não posso deixar de destacar a sequência absurda que consegue Oliveira Canindé a frente do clube vermelho da capital potiguar. São sete jogos e sete vitórias. Algo histórico, impensado, e apenas consequência de um trabalho humilde e sensato. Trabalho digno dos grandes. É o trabalho de um cara para um grupo, diferente de muitos casos onde um grupo faz com que apenas um seja louvado.
Oliveira Canindé é simples, quieto e competente, assim como esse América-RN. Exceto em clássicos, pois aí, meus amigos, alguns são subjugados e oprimidos por uma camisa que parece jogar sozinha nas adversidades.
Restam dois jogos para América e Potiguar de Mossoró, os únicos que permanecem vivos na disputa do segundo turno do Campeonato Potiguar. O Globo, campeão do primeiro, está fora do segundo e agora aguarda seu adversário na grande final. O ABC, com mais uma derrota e apenas mais um jogo pela frente, também está fora. Entre tantos caídos, vemos duas bandeiras ainda hasteadas. Duas bandeiras e apenas uma camisa com vida própria.
Por: Sérgio Ricardo Jr.
Twitter: @sergioricardorn
Autor: Sérgio Ricardo Jr.
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