Em 'remake' da última final, América-RN muda fim e derrota Potiguar de Mossoró do circense técnico Celso Teixeira pelo Estadual

Celso Teixeira protagonizou mais um jogo entre América e Potiguar
(Foto: Tribuna do Norte)
Ele tumultua, xinga, pula, grita, aborrece, é aborrecido, provoca, é provocado, desrespeita e, como não poderia ser diferente, também é desrespeitado. Celso Teixeira, atual técnico do Potiguar de Mossoró, criou de forma fantasiosa em sua mente uma rivalidade com o América. Talvez suas duas passagens pelo clube da capital natalense, entre os anos de 2001 e 2003, não lhe tenham feito muito bem.

No ano passado, América e Potiguar de Mossoró disputaram a finalíssima do Campeonato Estadual. Os jogos que definiram o time mossoroense como campeão foram cercados de polêmicas e brigas, quase todas tendo Celso Teixeira como objeto central. Após sair do clube, Celso retornou, e na última quarta-feira, em Goianinha, reencontrou seu 'rival' América.

'Remake' é um termo muito usado em novelas. Quando uma novela já foi exibida e ganha uma nova versão, adaptada, é chamada de 'remake'. Me senti vendo um 'remake' da final do Campeonato Potiguar 2013 ao assistir a vitória do América por 3 a 2 sobre o Potiguar de Mossoró de Celso Teixeira. 

Celso foi expulso - como sempre -, deu chilique no banco, brigou com torcedores, repórteres, assessores de imprensa, quarto árbitro e, em mais uma de suas performances circenses, conseguiu ser o personagem principal de um jogo que pode ter recolocado o América na briga pelo primeiro turno. Penso que isso tudo é proposital. Celso gosta de aparecer. É bom técnico, apesar do desequilíbrio, e seu comportamento fecha portas. No jogo, Márcio Passos, Arthur Maia e Val marcaram pelo América, enquanto Lindoval  - bom jogador - e Giovanni diminuíram para o Potiguar. 

Grupo comemora gol do onipresente volante Márcio Passos
 (Foto: Junior Santos, Tribuna do Norte)
Como fez sua parte e venceu, o América depende de tropeços de Alecrim, Corintians e Globo, porém, vejam só, está na esperança de tropeço do Globo uma das coisas mais engraçadas e polêmicas que a rivalidade futebolística pode proporcionar. O maior rival do América é o ABC, disso todo mundo sabe, e para entrar na última rodada ainda na briga o América pode precisar de uma 'ajudinha' do rival. O Globo, adversário do ABC na quinta-feira (6), luta diretamente com América, Corintians e Alecrim por duas vagas na final do primeiro turno. Como não tem chances, o ABC pode ser decisivo no rumo final do campeonato e ajudar, ou atrapalhar, os planos do maior rival América. Todavia, é importante salientar que o ABC vive dias de instabilidade e precisa mostrar que pode ser competitivo, além do mais, o jogo contra o Globo marca o reencontro da torcida com o Estádio Maria Lamas, vulgo Frasqueirão. O dilema está feito: prejudicar, ajudar ou não se meter nisso? O que fará o ABC?

Por: Sérgio Ricardo Jr.
Twitter: @sergioricardorn
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Autor: Sérgio Ricardo Jr.

Sérgio Ricardo Jr. é acadêmico em Jornalismo pela UFRN e colaborador do C11 desde 2014.
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