Aconteceu de novo


Não, não perdemos, mas foi um sentimento pior que o daquele primeiro 3x0, na ilha. Jogo na mão; time voando no primeiro tempo; defesa, meio e ataque entrosados e sufocando o Sport. Mas não, “tem que ser sofrido”. Passividade e incompetência. Aconteceu de novo, mas o pior é quando é assim, depois de mostrar que poderíamos ter goleado.


O sentimento é um só: frustração. Como pode um time errar tanto diante de um rival que já mostrou não ser imbatível? Ao sair do Arruda, no clássico valido pelo pernambucano, a esperança do TETRA só diminuiu, não dá pra confiar quando o adversário pede pra perder e o time recua, se tranca e tenta segurar o 1x0 da forma que foi.

O problema não são nossos zagueiros, claro que uma vez ou outra Sena e Renan têm falhado, porém considero normal, pois acabam sobrecarregados. O erro está na nossa dupla de volantes: Sandro Manoel é, incontestavelmente, o melhor volante do Nordeste, é técnico, marca e dá o combate com muita precisão; Sorriso é um jogador clássico, com um potencial de nível, mas está na posição errada, é quase um meia, essencial para um time que joga com três volantes, aquele que sai pro jogo e chega como surpresa na grande área. Não dá mais pra ver Sorriso jogando nesse esquema, ou o técnico muda a tática ou o jogador.

Nossos meias, ontem, me fizeram lembrar bons tempos, com Raul voltando a jogar em alto nível, mesmo perdendo alguns gols, e Natan, o “menino de vidro” do Arruda, dando show. Aí veio o segundo tempo, Natan saiu, o time recuou e perdeu o domínio do meio-campo. Talvez por medo do empate, já que o histórico recente gera desconfiança, porém é inadmissível ver um Santa Cruz tão passivo ao Sport, quando o jogo estava em nossas mãos.

A pontaria não ajudou, tivemos ao menos quatro chances muito claras e, ou foram desperdiçadas, ou Magrão defendeu. Claro, Vica é culpado por muita coisa e falarei dele posteriormente, mas ele não tem como chutar pelos jogadores que estão em campo. Com toda a certeza do mundo, se tivéssemos acertado 50% das chances que tivemos, era vitória satisfatória e um novo ânimo para a reta final. E, por favor, tirem Caça-Rato do meu time, ele não ganha uma dividida, já deu. 

E o técnico? Ah, Vica, acabou a paciência! Ontem o papel do treinador era só fazer com que o time mantivesse a mesma pegada do primeiro tempo e à medida que o tempo fosse passando, colocar jogadores que bloqueassem as jogadas do Sport, pois eles já voltaram pro segundo tempo com duas alterações. Retrancar o time não era a solução. Tudo bem, Vica não pediu para o time recuar, tenho certeza disso, mas as substituições de Eduardo Baptista ocasionaram nisso e o nosso treinador ficou observando e achando que estava tudo sob controle. UM A ZERO NÃO É PLACAR DE CONFIANÇA. Não obstante, ele errou mais uma vez ao colocar Nininho no lugar de Caça-Rato. Ficaram dois laterais incompetentes batendo cabeça atrás, o erro não está na alteração e sim na forma como ele posicionou o jogador, que deveria ter sido instruído a jogar como um ala caindo pela direita e lançando bola pra Gamalho.

Enfim, acho que conseguir expor a gravidade do jogo de ontem. Não são só esses os erros que vêm ocorrendo num ano tão importante, mas ainda há tempo de concertar. AINDA DÁ. E é nessa perspectiva que, lá no fundo, acredito nesse TETRA. Não dá pra confiar, como já disse, mas sempre há uma esperança de que “a casa será consertada”.  

As finais estão aí, entrelaçadas ao início do brasileirão, acredito que enfrentaremos o Náutico. Que venha!

Diego Ferreira
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Autor: Unknown

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