O Flu e a Unimed

Foto: Flu Sócio
Na última terça-feira (25), Celso Barros foi reeleito presidente da Unimed, atual patrocinador master do Fluminense. Desde de 1999 a Unimed Rio patrocina o Tricolor carioca, e com polêmicas e considerável sucesso. Aliás, é a parceria mais longa do futebol brasileiro atualmente.


Em 1999 o Flu chegou ao seu momento mais negro de sua gloriosa história, disputamos a terceira divisão do futebol brasileiro, após uma década de 90 muito ruim o time chegou ao fundo do poço. Nesse ano de 99 começou a vigorar o patrocínio da Unimed, e juntamente a reestruturação do Fluminense. Após conquistar o título da série C, o Fluminense começou a construção do Vale das Laranjeiras, em Xerém, e hoje em dia é uma das categorias de base mais reconhecida do Brasil.

Em 2000, o Fluminense esteve envolvido indiretamente em mais uma confusão extracampo, envolvendo Botafogo, Gama e São Paulo. E como a CBF não teve competência para resolver a pendenga, o Brasileirão de 2000 virou Copa João Havelange, onde times como Bahia e Fluminense subiram direto para o módulo principal do torneio. Os investimentos da Unimed já começavam a dar uma virada no momento do Flu. O time fez uma ótima primeira fase, porém caiu no mata-mata para o São Caetano, terminando o ano na 9ª colocação.

Em 2001 o Flu manteve o bom momento de crescente e chegou ao 3º lugar do Brasileiro. Já no ano do centenário em 2002, o Fluminense contratou simplesmente o baixinho Romário, e conquistou o título do Carioca e terminou o Brasileiro em 4º lugar.

Após anos de crescente, os anos de 2003 e 2004 foram decepcionantes, sem títulos e com melancólicos 19º e 9º lugares no Brasileiro.

E agora começamos a história da gangorra tricolor.

Em 2005, o Flu foi campeão carioca de forma emocionante contra o Volta Redonda, vice da Copa do Brasil, e sob a batuta de Petkovic o Flu foi muito bem durante boa parte do Brasileiro,  porém após 5 derrotas nas 5 rodadas finais, deixaram a equipe fora da Libertadores do ano seguinte.

Em 2006, a gangorra abaixou; sucessivas trocas de técnicos fizeram de um líder Flu no 1º turno, a quase rebaixado no final do campeonato. 15º lugar.

Em 2007, a gangorra subiu; elenco refeito, contratações de Renato Gaúcho, Thiago Neves e Carlos Alberto levaram a equipe ao título da Copa do Brasil e a um 4º lugar no Brasileirão.

Em 2008, a gangorra desceu; com um alto investimento inclusive tendo um trio de atacantes invejado por todos os times do Brasil: Washington, Dodô e Leandro Amaral. O time até fez uma brilhante Libertadores, chegou a final e por um descuido do destino fizeram do melhor time da América naquele momento perder a decisão nos pênaltis por uma equipe equatoriana. No Brasileirão, após uma brincadeira de mal gosto, o time escapou do rebaixamento na penúltima rodada.

Em 2009, a gangorra permanece abaixada; apesar o investimento da patrocinadora em trazer Fred, tivemos um péssimo ano do presidente Roberto Horcades, sucessivas trocas de técnicos, e o time consegue o milagre de não ser rebaixado após ter 99% de chances. A torcida comemorou muito, mais pela garra dos jogadores nas últimas rodadas, mas o ano foi nada bom.

Após o susto de 2009, a gangorra sobe de novo; e em 2010 a Unimed abri o cofre novamente e traz o técnico multi campeão Muricy Ramalho, Deco e Emerson Sheik, juntamente com a base que fez o milagre de 2009 faturamos o Brasileirão de 2010 (título que não vinha desde de 1984).

Em 2011, a gangorra permanece em alta; agora no mandato do presidente Peter Siemsen, o time entrou meio em colapso no primeiro semestree foi eliminado nas oitavas da Libertadores, mas com a contratação de Abel Braga, o Flu fez a melhor campanha do 2º turno no Brasileirão e chegamos ao 3º lugar no geral.

Em 2012, a gangorra mais alta que nunca; título do carioca e título do Brasileirão. Contratações pontuais como a de Jean, Thiago Neves e o retorno de Welington Nem. A Libertadores começou bem, com vitória dentro de La Bombonera, mas uma série de lesões levaram a equipe sucumbir diante do Boca Juniors nas quartas de final.

Enfim chegamos em 2013, a gangorra desceu com força; deu tudo errado nesse ano. O time perdeu a competitividade que tinha nos anos anteriores, fracassamos no estadual e na Libertadores. E entramos no Brasileirão com o favoritismo que o elenco forte nos proporcionava, porém patrocinadora e diretoria do clube batendo cabeça somando-se a série de lesões dos principais jogadores levaram a equipe ao inacreditável rebaixamento. Como pode um time campeão brasileiro ser rebaixado no ano seguinte? Nesse ano a Unimed não investiu, e ainda influenciou em contratações precipitadas, como a do técnico Vanderlei Luxemburgo.

Não caímos! Por um erro da Portuguesa na última rodada que escalou um jogador irregular. Foi um ano desastroso e vexaminoso. Espero que tenha servido pelo menos de lição para Peter Siemsen e Celso Barros.

No geral, o patrocínio da Unimed é fundamental ao Fluminense, e inversamente também. Tanto Flu quanto Unimed cresceram muito com a parceria. Só acho que Celso Barros tinha que ser apenas patrocinador, e parar um pouco de querer administrar o clube. E para os próximos anos, Peter tem que viabilizar algo para o Flu não ser tão dependente da Unimed ou de algum outro patrocinador.

O fato é que o sucesso recente do Fluminense, despertou uma certa inveja aos adversários que inventam histórias que tentam denegrir o que é o Fluminense Foot Ball Club.


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Autor: RAFAEL ANDRADE

Sou narrador e comentarista. Torcedor do Fluminense e estudante de Geografia.
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