De frangueiro a artilheiro

(Foto: Adalberto Marques / Ag. Estado)
Quarta feira, 31 julho: a Portuguesa seguia ganhando o jogo contra o Criciúma, por 1 a 0. Era estreia do novo treinador, o “início” do Brasileirão, noite perfeita. No entanto, foi que, no apagar das luzes, o time visitante alçou a bola na área, Lauro saiu junto com Moisés Moura, ela bateu no atacante, gol deles, o empate, nada mudou.  O grito de frangueiro ecoará no Canindé. Era a revolta do torcedor, que, mais uma vez, viu seu time perder três pontos no lance final. 

A Portuguesa então viajava para Salvador em busca da redenção no campeonato. O jogo começou, Lusa irreconhecível em campo. Time quase perfeito. Faltava o gol, que saiu na segunda etapa.  O time da casa empatou logo em seguida e, novamente, no apagar das luzes, um falta bem batida, a bola desviou em Luís Ricardo e tirou o goleiro do lance. Gol deles, virada de jogo, derrota da Lusa.

Uma semana após a catástrofe do Canindé, a Lusa voltaria a campo, ontem, contra o Flamengo. Jogo difícil, fora de casa e com uma crise gigantesca tomando conta do clube.  O time entra em campo, perdido, nem sobra do que jogou domingo, e pouco ataca, enquanto Lauro seguia segurando a defesa, ora com defesas, com a sorte e deficiência técnica dos atacantes do Rubro-Negro carioca.  Esse foi o primeiro tempo, jogo ruim, que não prometia nenhuma emoção e o óbvio já era previsto: a derrota. 

Começa o segundo tempo, sem nenhuma mudança, jogo igual e fraco. Aos 22 minutos, o arbitro marca o pênalti, João Paulo na bola, gol do Flamengo, revolta na colônia rubro-verde.  O jogo seguia para o final, Lusa sem atacar e não demonstrava nenhuma reação diante a situação.  

A Portuguesa, que pouco atacou, conseguiu um escanteio, aos 47 minutos do segundo tempo. Lauro, novamente, corre para área e como um gigante, sobe mais que todos e...GOL!  Da Lusa, do Lauro, do goleiro! O arbitro apita o final de jogo, Flamengo 1 a 1 Portuguesa, empate, que para nós, foi uma vitória. 

O time, que jogou mal, segue na zona de rebaixamento, porém, agora temos um novo ânimo para seguir na luta contra o rebaixamento. Como o artilheiro da noite lembrou, há 10 anos o mesmo Lauro, contra o mesmo Flamengo, marcaria um gol, aos 52 minutos e daria o empate a Ponte Preta. No ano, o time do interior se salvou por um ponto, quem sabe. 

Compartilhar no Google Plus

Autor: Felipe Higino

    comentar com Facebook