Se dentro de campo o futebol apresentado pela Chapecoense não foi da melhor qualidade, a força que faltava veio das arquibancadas graças a uma boa dose de grito pra cima dos jogadores adversários, inclusive a arbitragem.
Neste ponto cabe uma crítica à posição da Polícia Militar em não permitir a entrada dos instrumentos de uma determinada torcida, no caso a Barra da Chape, a qual é quem anima de fato o setor norte do Índio Condá. A falta da animação dessa torcida, deixa de certa forma aquele setor totalmente silencioso, afinal de contas a Torcida Jovem é mais desorganizada do que organizada de fato.
A partida em si começou favorável ao Fluminense, que chegou duas vezes com muito perigo nos dez minutos iniciais, porém no decorrer a Chapecoense conseguiu equilibrar e arriscar mais buscando o gol adversário.
Pelo lado da Chapecoense parecia que os jogadores haviam entrado em campo na marcha lenta, pois demoravam muito para articular as jogadas em direção ao ataque, o que facilitava a disposição dos jogadores adversários em campo para a marcação.
Apesar disso tudo, foi a Chape quem abriu o placar, após uma roubada de bola e belo passe de Dener para Bruno Rangel chutar colocado no canto . Antes disso, tivemos outra oportunidade com nosso atacante, porém o mesmo ao tirar goleiro, também acabou tirando a bola do gol.
Mas dois minutos após termos marcado o gol, eis que nossa defesa acabou falhando em um cruzamento, na qual Danilo tirou a mesma de soco para a entrada da área e os defensores não acompanharam deixando o caminho livre para o jogador adversário chutar no canto e empatar a partida.
Jogo vai, jogo vem e em mais um cruzamento na área o Fluminense marcou o seu segundo gol, porém no mesmo momento em que a bola ia entrando a torcida já protestava aos berros que a bola havia tocado na mão do jogador antes de entrar para o gol. O juiz hesitou no primeiro momento, consultou o auxiliar e após ouvir todos os tipos de xingamento possíveis vindos da arquibancada, invalidou o lance e marcou erroneamente impedimento do atacante Fred.
Final do primeiro tempo e alegria da torcida faminta que traçou todo o estoque de cachorro quente, espetinho e pastel do Índio Condá. Afinal de contas não é todo dia que se tem o privilégio de tomar café e almoçar no estádio. Posso garantir que no quesito alimentação estamos bem servidos com as barracas da praça de alimentação.
Devidamente alimentados iniciamos a segunda etapa na expectativa que fosse melhor do que a primeira, mas as dificuldades permaneceram e o Fluminense atacava a todo instante, tentando ampliar o marcador.
Mas quiseram os deuses do futebol (dentre eles Condá) que tivéssemos a marcação de um penalti sobre BR9 nos últimos minutos da partida, o qual somente foi marcado pelo árbitro após os protestos efusivos vindos das arquibancadas, para o desespero dos jogadores do Fluminense.
Eis então que Bruno Rangel tomou a bola sob seu braço, dirigou-se até a marca da cal e a depositou como uma oferenda aos deuses. Apesar da apreensão, todos sabemos que quando há a bola entre BR9 e o gol não existe goleiro ateu.
Uma cobrança no melhor estilo uruguaio de bater penaltis, um chute forte e alto bem no meio do gol, para surpresa de Diego Cavalieri.
Delírio e histeria coletiva no Índio Condá, afinal de contas Bruno Rangel é sim muito melhor do que Fred, e disso todos nós sabemos.
Agora é descansar durante a semana, focar nos treinos e ir a Porto Alegre para tocar o terror no ainda abalado e eliminado Internacional.
Que o Espírito de Condá esteja conosco!
Foto: Associação Chapecoense de Futebol
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Alma Chapecoense
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