Marlone foi uma ilusão de óptica?

Marlone no Flu, onde continuou a ser um jogador invisível (Foto: ESPN)

Há tempos quero escrever sobre Marlone. O jogador que mais me intriga nos últimos tempos. Revelado pelo Vasco da Gama no ano do último rebaixamento do clube carioca, o meia foi contratado pelo Cruzeiro como grande aposta, mas não sem antes ser cobiçado por diversos clubes brasileiros, como se fosse um jogador de alto nível, uma joia entre os ruins.

Nesta semana, Marlone fechou sua ida ao Sport, clube de médio porte, emprestado pelo Fluminense, um dos poucos times a demostrar interesse em seu futebol depois da frustrada passagem no time azul de Minas Gerais. Marlone não convenceu em nenhum lugar por onde passou, só no Vasco, onde a baixa qualidade dos seus companheiros o fizeram parecer mais do que ele é verdadeiramente.

Acredito que Marlone tenha sido uma ilusão de óptica, algo cada vez mais comum de acontecer no futebol brasileiro. Marlone foi um carro funcional entre os considerados inapropriados. Uma garota bonita entre as feias, um homem charmoso no meio dos colegas desprovidos de beleza. As comparações são muitas, mas você, caro leitor, já entendeu o que quero dizer.

Além de Marlone, André, ex-Santos e Galo, ex-parceiro de Neymar, também chegou junto ao meia no Sport. Quem mais do que André para exemplificar as ilusões de óptica do futebol brasileiro?

Não estou aqui para condenar Marlone ao fracasso, longe de mim. Espero sinceramente que ele reverta toda a situação confusa que tem sido sua carreira. Desde o brilho entre os ruins no Vasco rebaixado, passando pelo segregamento no Cruzeiro bi-campeão brasileiro, a passagem nula no Fluminense e a chegada ao Sport, onde tem novamente a chance de provar ser, de fato, um jogador de bom nível, Marlone tem conduzido uma carreira ilusória. É um jogador que não joga, não brilha, não prova. Quem é o verdadeiro Marlone? Como joga? O que consegue fazer? Por enquanto, é impossível dizer, pois o loiro meia tem sido apenas uma miragem de jogador.
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Autor: Sérgio Ricardo Jr.

Sérgio Ricardo Jr. é acadêmico em Jornalismo pela UFRN e colaborador do C11 desde 2014.
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