[Especial: Brasileirão 2015] Alegrias de um passado não tão distante


15 anos se passaram de 74 até 89, quando o Vasco veio a conquistar o bi campeonato brasileiro. Um time memorável, com Sorato, Acácio, Quiñónez, Mazinho, Bismarck e Bebeto fez história e nos deu ídolos eternos.


Na primeira fase, o Vasco caiu no grupo B, ficando na segunda colocação com o mesmo número de pontos, mas saldo de gols inferior ao líder Palmeiras, que tinha 14. Após classificar-se, o time de São Januário caiu novamente no grupo B e dessa vez saiu líder com 24 pontos e com a melhor campanha, pegando assim o São Paulo, líder do A.

A decisão seria feita em duas partidas, tendo as finais o Vasco como protagonista. No Maracanã, o Cruzmaltino preferiu fazer a sua torcida esperar um pouco mais pelo título e o placar não saiu do zero. Já no Morumbi, confirmando o favoritismo, o maior do Rio sagrou-se campeão com um gol do eterno Sorato.

O famoso gol virou música e até hoje é cantada nos estádios bem assim: “Eu vi o Dener com seus dribles de moleque, o Edmundo brilhar em 97 e o Sorato de cabeça é o gol do Bi, em pleno Morumbi (Eu vi!)”.

Data: 16/12/1989
Local: Estádio do Morumbi, São Paulo (SP)
Gols: Sorato aos 5’’ do 2º Tempo.
Público: 71.552 pagantes
Árbitro: Wilson Carlos dos Santos (RJ)

SÃO PAULO: Gilmar, Netinho, Adílson, Ricardo e Nelsinho; Flávio, Bobô e Raí; Mário Tilico, Nei e Edivaldo (Paulo César). Técnico: Carlos Alberto Silva.

VASCO: Acácio, Luís Carlos Winck, Quiñónez, Marco Aurélio e Mazinho; Zé do Carmo, Marco Antônio Boiadeiro e Bismarck; Sorato, Bebeto e William. Técnico: Nelsinho Rosa.


No início da década de 90, o Vasco chorava a aposentadoria do seu maior ídolo, Roberto Dinamite, mas o Cruzmaltino não teve muito tempo pra sofrer. Em 1997, Antônio Lopes tinha o melhor Vasco de todos os tempos nas mãos para buscar, obviamente, o Campeonato Brasileiro. Uma molecada de ouro que vinha da base levou a equipe de São Januário ao seu auge, Pedrinho e Felipe, crias da base e Juninho Pernambucano recém-contratado junto ao Sport davam o fôlego que a equipe precisava na luta pelo título.

Luisinho e Nasa tinham a raça e o fôlego que o Vasco precisava, na zaga, para orientar os jovens meninos tínhamos Mauro Galvão e o paredão Odvan, no gol o histórico Carlos Germano, desde 1991 vestindo a camisa do Gigante, para o ataque nada mais nada menos que a dupla de sucesso no Palmeiras de 93/94, Evair e Edmundo. O time que todo técnico sonhava na época.

Vasco iniciou o brasileirão como favorito ao lado de Internacional, Palmeiras e Flamengo, mas ao longo da primeira fase da competição entupiu os adversários de gols, Edmundo era o grande nome da equipe, o Vasco chegou ao final com a melhor campanha contando 57 pontos em 25 partidas, destas 17 vitórias. O endiabrado Edmundo não cansava de fazer gols, a União São João sabe bem disso, depois de ter levado 6 gols do Animal em uma única partida.

A campanha feita na etapa inicial da competição dava ao Vasco a vantagem de decidir futuramente a final em casa. Naquele ano, os oito classificados disputariam um quadrangular com partidas de ida e volta, a divisão em dois grupo colocou Vasco e Flamengo na mesma chave, junto a eles Portuguesa e Juventude.

Primeiro venceu o Juventude fora por 3 x 0, depois veio o Flamengo e os times ficaram no 1x1. Em seguida, duas vitórias contra a Portuguesa: 2x1 em casa e 3x1 fora. Depois seria a vez de vencer o Flamengo novamente. Edmundo tomou conta da partida e marcou 3, o placar final foi de 4x1, arrasando com o urubu e, por último, novamente o Juventude, dessa vez um empata levava o Vasco a final e a partida terminou em 1x1.

De quebra Edmundo quebrou o record de Reinaldo que persistia há 20 anos. O Animal tornava-se o maior artilheiro de uma única edição do campeonato brasileiro com 29 gols em 16 jogos, tendo uma marca incrível de 1,8 gol por partida. Com a vaga na final garantida, o Vasco enfrentaria o temido Palmeiras.

O Vasco precisava de dois empates para levar a São Januário o seu terceiro título nacional, e assim entrou em campo o Cruzmaltino, disposto a empatar as duas partidas. Não foi diferente, o jogo era morno até Edmundo levar o terceiro cartão amarelo e ficar fora da última partida da final. Do banco de reservas do Vasco veio a ordem para chamar a expulsão. Dito e feito. Edmundo levou vermelho e o Gigante da Colina teve toda a semana para tentar o efeito suspensivo. O Animal foi absolvido e lá estava ele para a decisão no Maracanã. Os goleiros brilhavam ao invés dos atacantes, novamente um 0x0 e o Vasco sagrava-se tricampeão brasileiro, cravando a vaga na Libertadores no ano de seu centenário.

Data: 26/08/1998
Local: Maracanã
Público: 89 900
Cartões Amarelos: Edmundo (Vasco) e Zinho (Palmeiras);

VASCO: Carlos Germano, Válber, Odvan, Mauro Galvão e Felipe; Luisinho, Nasa, Juninho Pernambucano (Pedrinho) e Ramon; Edmundo e Evair (Nélson). Técnico: Antônio Lopes.

PALMEIRAS: Veloso, Pimentel, Roque Júnior, Cléber, Júnior; Rogério, Galeano (Marquinhos), Alex (Oséas) e Zinho; Euller e Viola (Cris). Técnico: Luiz Felipe Scolari.


Em 2000 estrelas como Juninho Paulista, Romário, Juninho Pernambucano e Euller formavam o plantel Cruzmaltino. Impossibilitada de organizar o campeonato nacional, a CBF deu ao Clube dos 13, também uma forma de reincluir o Fluminense à elite do futebol nacional, já que o clube encontrava-se na terceira divisão.

Foram formados 4 módulos, tornando assim a Copa João Havelange uma competição nacional sem distinção ou melhor falando, sem divisão. Porém os módulos tinham pesos diferentes. O módulo azul continha 25 clubes, sendo estes das séries A e B, o módulo amarelo era composto por 36 clubes das séries B e C, o módulo verde tinha 28 clubes da série C do norte, nordeste e centro-oeste, o módulo branco contava com 27 equipes da série C do sul e sudeste.

A disputa final contava com os 16 melhores colocados do módulo azul, mais 3 do módulo amarelo e o ganhador dos confrontos entre o módulo verde e branco. No caminho até a final o Vasco enfrentou Bahia, Paraná e Cruzeiro, pegando na final o São Caetano, sensação da competição.

No jogo de ida no Palestra Itália, um empate em 1x1 levou a decisão para o Maracanã, Romário marcou para o Vasco e César para o São Caetano. No Rio a história foi diferente: o Vasco atropelou a equipe paulista num placar de 3x1, onde Juninho Pernambucano, Jorginho Paulista e Romário marcaram para o Cruzmaltino, Adãozinho descontou pelo lado adversário.


Uma curiosidade dessa final é que o Vasco estampou a logo do SBT, na época principal concorrente da Globo, onde a final era transmitida como forma de protesto, o que gerou a ira dos dirigentes da emissora de TV.

Data: 18/01/2001
Local: Maracanã
Público: 31.761

VASCO: Hélton; Clébson, Odvan, Júnior Baiano e Jorginho Paulista; Nasa, Jorginho (Henrique), Juninho Pernambucano (Paulo Miranda) e Juninho Paulista (Pedrinho); Euller e Romário. Técnico: Joel Santana.

SÃO CAETANO: Sílvio Luiz; Japinha (Gilmar), Daniel, Serginho e César; Adãozinho, Claudecir, Aílton (Leto) e Esquerdinha (Zinho); Adhemar e Wágner. Técnico: Jair Picerni.

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Este foi o último texto da série que relembra os títulos do Campeonato Brasileiro do Vasco. O que achou? As publicações foram feitas pela convidada Pyettra Feitosa, torcedora fanática do Vasco. Gostaria de conversar mais sobre o tema com ela? Encontre-a pelo Twitter.

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Autor: Unknown

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