[Especial: Brasileirão 2015] O tri e o tetra com a soberania tricolor no país

Hoje, termina a série que contava os títulos do Fluminense no Campeonato Brasileiro. Neste texto, contaremos com mais detalhes os anos de 2010 e 2012, o tri e o tetra com a soberania tricolor no Brasil. Vamos lá?

2010


O tricampeonato do Fluminense foi conquistado em 2010, pela primeira vez no formato de pontos corridos. O torneio foi disputado com 20 equipes, onde todos se enfrentavam, em turno e returno, somando no total, 38 rodadas. O tricolor vinha de um jejum de 26 anos sem levantar o caneco do Campeonato Brasileiro. Sagrou-se campeão com 71 pontos conquistados, dois pontos a mais que o vice-campeão, Cruzeiro e três a mais que o terceiro, Corinthians. 


Time-base

Ricardo Berna; Mariano, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Valência, Diguinho, Marquinho (Deco) e Conca; Emerson (Rodriguinho) e Washington (Fred). Muricy Ramalho. 

Campanha

Com auxílio da patrocinadora, Unimed, o Fluminense investiu pesado para disputar o Campeonato Brasileiro na parte de cima da tabela. Trocou Cuca por Muricy Ramalho, contratou Deco e Emerson como reforços de peso, trouxe o lateral-esquerdo Carlinhos, que na época havia feito ótimo Campeonato Paulista pelo Santo André e formou uma equipe competitiva, já que havia uma base pronta da equipe de 2009, que arrancou no final do Brasileirão e se salvou do rebaixamento. 

Após as três primeiras rodadas, onde o Flu teve duas derrotas e uma vitória, começou uma grande arrancada rumo ao topo da tabela, que resultou em uma incrível invencibilidade de quinze jogos. A primeira partida que deu início a essa sequência foi diante do maior rival, Flamengo. Grande vitória por 2 a 1. Após isso, o Fluminense derrotou grandes equipes no campeonato, fora de casa. 3 a 1, no Atlético-MG, 2 a 1, no Grêmio, 1 a 0, no Santos, além de um humilhante 3 a 0, diante do Avaí, na Ressacada, equipe que sempre complicava a vida dos visitantes. O convincente 3 a 0 no Internacional, no Maracanã, a brilhante vitória por 3 a 1 no retorno de Washington, o Coração Valente e a vitória por 1 a 0, sobre o Cruzeiro, que nos deu, pela primeira vez a liderança, deixava bem claro que o tricolor vinha para disputar o título. Foi um primeiro turno quase perfeito, já que nossa invencibilidade foi quebrada na 19ª rodada, diante do futuro rebaixado, Guarani. 

No segundo turno, o Fluminense não fez uma campanha tão brilhante e acabou oscilando bastante, resultando na chegada de Corinthians e Cruzeiro na briga pelo título brasileiro. Prova disso foi a liderança do Corinthians na 23ª e 24ª rodada, além do Cruzeiro, líder na 29ª e 30ª rodada. Só que o grande favorito retomou a liderança e com exceção a 35ª rodada, onde o Corinthians virou líder e deixou de ser na rodada seguinte, dominamos a reta final e faturamos o tri, diante do Guarani, na última rodada, vencendo por 1x0, com gol de Emerson. 

Diferencial

Darío Conca – O argentino disputou todos os jogos do Fluminense no Campeonato Brasileiro e comandou o tricolor rumo ao título. Foi o líder de assistências da equipe e fez gols importantes, como na vitória sobre o Grêmio, por 2 a 0, no Engenhão. 

Dificuldades

O Fluminense sofreu demais com os desfalques durante todo o campeonato. O principal reforço no ano, Deco, não jogou nem 30% do campeonato, por conta de lesão. Emerson, autor do gol do título, se ausentou por praticamente todo o segundo turno, voltando justamente na última rodada. Fred, camisa 9 e capitão, também não participou do Brasileirão de forma frequente por conta das lesões. No decorrer do campeonato, muitos jogadores também desfalcavam o Fluminense por desgaste físico. Na reta final, Muricy teve de recorrer a Tartá, meia-atacante que era quarta opção no elenco, para se ter uma ideia do sofrimento com os desfalques. Julio Cesar, lateral, teve de ser improvisado no meio, pois o substituto de Deco, Marquinho, quebrou o braço.

Jogos de seis pontos

O Fluminense disputou o título com Corinthians e Cruzeiro. Diante do alvinegro paulista, perdemos as duas partidas. No primeiro turno, 1 a 0, no Pacaembu, em uma partida onde fomos prejudicados demais pela arbitragem. No returno, 2 a 1 para o Corinthians, no Engenhão. O duelo foi um confronto direto e com a derrota na 22ª rodada, nosso adversário empatou em pontos conosco, tendo um jogo a menos. Diante do Cruzeiro, vitória no Rio, no primeiro turno, por 1 a 0, em partida que nos levou a liderança do Brasileirão pela primeira vez. No returno, em confronto direto pela liderança, na 29ª rodada, a equipe mineira venceu por 1 a 0 e alcançou o topo da tabela. Não fomos bem contra os adversários diretos, mas fomos mais eficientes no geral.

2012


Dois anos após o tri, conquistamos o tetracampeonato brasileiro. Novamente no formato de pontos corridos disputados em 38 rodadas, mas com algumas diferenças sutis. O Fluminense foi campeão soberano, somando 77 pontos, cinco a mais que o Atlético-MG, vice-campeão. O técnico era diferente, além de algumas peças no time principal. O tricolor foi o chamado campeão incontestável.

Time-base

Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Digão (Leandro Euzébio) e Carlinhos; Edinho, Jean, Thiago Neves e Deco (Wágner); Wellington Nem e Fred.

Campanha

O título foi absoluto, mas a caminhada começou de forma irregular. Após a estreia com vitória diante do Corinthians, fora de casa, por 1 a 0, o Fluminense amargou três empates seguidos, além dos desfalques pós-eliminação na Copa Libertadores daquele ano. Algumas vitórias, seguidas de empates, como diante do Atlético-MG e Botafogo e a derrota para o Grêmio, no Olímpico, afastavam o Fluminense do líder, até então disparado e já citado neste parágrafo, Atlético. A grande arrancada da equipe começou na virada de turno, em uma bela vitória sobre o rival, Vasco da Gama. Cinco rodadas depois, com ajuda dos tropeços do líder, alcançamos a liderança, em vitória por 3 a 1, no Engenhão, contra o Santos. Após isso, a equipe mineira comeu poeira até o final do campeonato. Em certo momento do Brasileirão, chegamos a ter oito pontos de vantagem do segundo colocado. O banho de superioridade foi consolidado com um título na 35ª rodada, diante do futuro rebaixado Palmeiras, por 3 a 2, em Presidente Prudente. É TETRA!

Diferencial

Seria injusto dar somente a Fred, a façanha de cara do Brasileirão. Artilheiro do campeonato, o nosso centroavante pode se dizer vencedor após um duelo de alto nível com o goleiro tricolor, Diego Cavalieri. Se lá na frente Fred guardava sempre, lá atrás o dono do campeonato foi o camisa 12. Suas defesas fantásticas e atuações extraordinárias foram de uma importância imensurável para o título do Fluminense. Ou vamos esquecer da grandiosa partida diante do Náutico, nos Aflitos? E aquele pênalti, no final do jogo, no clássico contra o Flamengo, defendido de forma maravilhosa? Diego Cavalieri e Fred foram os caras do Fluminense naquele campeonato. 

Dificuldades

O campeonato foi tão fácil que o mais incômodo foi o choro dos atleticanos, depois de perceberem que o título para eles tinha subido no telhado. Saudades, CBFLU. 

Grandes confrontos

Semelhante a 2010, não conseguimos vencer nosso adversário direto pelo título. No primeiro turno, empatamos em 0 a 0 com o Atlético-MG, no Engenhão. Vale ressaltar que fizemos um gol legal no final da partida, anulado pelo bandeirinha. Ah, a CBFLU… No returno, fomos derrotados por eles, no Independência, por 3 a 2. Não saímos mortos do Horto, pois, três rodadas depois, o título foi para o nosso colo. Porém, provavelmente serviu de consolo para a terceira maior equipe de Minas Gerais.

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Este foi o último texto da série que relembra os títulos do Campeonato Brasileiro (unificado) do Fluminense. O que achou? As duas publicações foram feitas pelo convidado Clayton Mello, torcedor fanático do Fluminense. Gostaria de conversar mais sobre o tema com ele? Encontre-o pelo Twitter.

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Autor: Unknown

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