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Réver celebra seu primeiro gol com a camisa do Inter (Foto: Fernando Gomes/Agência RBS) |
Não sei se toda essa emoção para vencer o Emelec em casa era necessária, mas ela ocorreu, nos corroeu por dentro mas nos deu a alegria extrema do futebol: o gol da vitória; e nos minutos finais. Quando parecia impossível, os três pontos vieram e nos deixam mais confiantes do que nunca para seguir a campanha rumo ao Tri da América!
Em partida válida pela Libertadores, o Inter recebeu o líder do grupo 4 no Beira-Rio, Emelec, na noite da última quarta-feira. Para ultrapassá-los na tabela, precisávamos vencer o jogo por no mínimo três gols de diferença. Não foi possível, todavia, e pelas circunstâncias da partida, os três pontos foram maravilhosos.
O 11 inicial Colorado foi o seguinte: Alisson; Léo, Alan Costa, Réver e Fabrício; Nico Freitas, Nilton, D'Alessandro, Vitinho e Sasha; Nilmar.
O duelo iniciou com o Inter se impondo, indo pra cima. Vitinho pôs uma bola na trave ainda nos primeiros minutos. Aos 10, ele, o maestro, e de forma magistral, D'Alessandro encontrou Nilmar pelas costas dos zagueiros adversários. O camisa 7, que fazia sua primeira partida de Libertadores dentro o Beira-Rio, teve o trabalho de limpar um marcador e finalizar na saída do goleiro. Inter 1 a 0.
A partir do gol, a equipe colorada recuou e criou espaços para o Emelec. Eles aproveitaram e empataram com Burbano, aos 22 minutos. Então, o jogo ficou aberto. Lá e cá. Sem meia-cancha. Balão pra todos os lados. Aos 44, D'Alessandro, numa arrancada, sente a posterior da coxa e pede substituição. Aliás, já é sabido que problema muscular não é fácil de se tratar. Pode ser que D'Alessandro seja desfalque por um tempo considerável. Entrou Alex, que pouco tempo esteve dentro de campo e logo viu Mena virar o placar em favor do time equatoriano, aos 46 minutos. Assim terminou a primeira etapa.
Os 45 minutos finais começaram como foi grande parte do primeiro tempo, com um jogo aberto, onde a meia-cancha era quase que nula. Por parte do Inter, Nico Freitas se limitava a conter os contra-ataque do adversário e Nilton fazia a cobertura de Léo, que subia constantemente.
Aos 14 minutos, Nilmar acerta belo passe para Alex, que consegue um sutil toque que faz a bola cobrir o goleiro do Emelec e morrer nas redes. Tudo igual.
E o jogo a partir daí? Continua aberto. Aguirre parecia buscar o gol sem medo das subidas adversárias. Alex jogava quase que junto com Nilmar lá na frente. Logo Luque entrou na vaga de Vitinho. Aos 30, Aguirre chutou o balde tirando Nico Freitas e escalando Jorge Henrique. Péssima escolha para um jogo que já não tinha meio-campo. Nossa sorte é que aos 36 minutos Alex cobra escanteio pela direita, o goleiro afasta parcialmente e Réver, na sobra, solta uma bomba dando-nos a vitória. A comemoração é contagiante: D'Alessandro sai do banco para abraçar o zagueiro, que vibra de forma frenética. A partir de então foi só administrar o resultado.
Notas:
Alisson: 6,5 - Fez uma defesa sensacional quando o Inter perdia por 2 a 1. Não teve muitas finalizações na direção do seu gol. Sofreu dois tentos. Com os pés, seguro.
Léo: 6,0 - Foi ao ataque constantemente. Defensivamente, foi razoável. Os grandes problemas neste setor aconteceram pelo lado esquerdo.
Alan Costa: 2,0 - Horroroso. Péssimo jogador. Com Paulão e Juan no banco, é difícil de se entender Alan Costa em campo. Devagar com a bola nos pés, é facilmente pressionado pelos atacantes adversários, é lento e atabalhoado.
Réver: 6,5 - Esteve por muitas vezes mal posicionado. Com a bola nos pés é absolutamente seguro. Fez o gol da vitória e demonstrou muita garra.
Fabrício: 4,0 - Foi muito mal. Sou seu maior defensor na face da Terra, mas hoje não teve como. Foi mal em ambos os setores: ofensivo e defensivo. Tomou diversas bolas nas costas e apanhou pra redonda.
Nico Freitas: 7,0 - Fez ótimo primeiro tempo, inclusive deixando Sasha na cara do gol quando o placar ainda estava zerado. Até Nilmar abrir o placar, Nico ia até a linha dos zagueiros buscar a bola e iniciar as jogadas de ataque. No segundo tempo, esteve preso na marcação.
Nilton: 6,0 - Teve o trabalho de cobrir as subidas do Léo. Correu pra tudo que era lado e, consequentemente, não se aguentava em pé nos últimos minutos de jogo.
D'Alessandro: 6,5 - Uma assistência espetacular e alguns momentos de apagão, fazendo com que os jogadores de defesa tivessem de recorrer às ligações diretas. Substituído por lesão ainda no primeiro tempo.
Vitinho: 6,0 - Fez partida razoável. Não foi eficiente no ataque, mas foi útil na contenção das subidas do Emelec.
Sasha: 6,0 - Marcou muito e pouco jogou bola.
Nilmar: 7,5 - Desencantou, finalmente, beijou o escudo e foi pra galera na comemoração. Quase fez um gol genial após falha de zagueiro adversário no segundo tempo. Por vezes, esteve sozinho no ataque. Muito esforçado.
Entraram:
Alex: 6,5 - Não cumpriu a função que o jogo pedia no momento em que foi a campo: a de arrumar a meia-cancha e armar as jogadas de ataque. Fez um gol.
Luque: 5,0 -Tentou diversas arrancadas pela esquerda mas teve pouco sucesso. Se esforçou bastante.
Jorge Henrique: 5,5 - Pouco depois que entrou, ocorreu o gol da vitória, portanto ajudou a fechar o time, inclusive parando um contra-ataque, de forma necessária, e recebendo um cartão amarelo.
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