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| Anderson assina contrato com o Inter (Foto: Divulgação/Inter) |
26 de novembro de 2005; Náutico vs. Grêmio; Grande batalha, entre dois gigantes... Partida que vale muito. O vencedor vai para a série A do campeonato brasileiro. Patrício, Domingos, Escalona e Nunes expulsos pelo lado gremista; Batata pelo Náutico. Brigas dentro de campo. Ingredientes de um belo espetáculo. Assim foi!
A história do jogo é famosa. Os gremistas não esquecem. E também não esquecem de seu herói, o garoto de 17 anos que entrou em meados do segundo tempo da partida e marcou o gol aos 61 do segundo tempo. SIM, 61 do segundo tempo. Anderson, vulgo Andershow, foi este cara. Virou ídolo dos azuis, inclusive tendo imagens suas pelos corredores da Arena OAS.
Andershow, após virar promessa atuando pelo Grêmio, foi ao Porto, de Portugal, onde teve ótima passagem, entre 2006 e 2007. Assim, foi ao Manchester United, tendo como objetivo do então treinador do clube, Sir. Alex Ferguson, transformar Anderson num jogador melhor que o grande Wayne Rooney. Não funcionou. Ele começou bem, mas decaiu e passou tempos sem jogar. Em 2014, disputou míseras 8 partidas, quando emprestado para a Fiorentina.
O meio-campista, já anunciado como novo jogador do Internacional, volta ao Brasil, mais especificamente a Porto Alegre, como uma incógnita. É difícil esperar algo interessante do futebol de um cara que pouco disputou partidas nos últimos anos. Sabe-se que Anderson tem imensa qualidade técnica, e isto não se desaprende, fato é que ele teve seu futebol limitado quando atuava no time inglês pelo fato de ter sido recuado de meia ofensivo, tendo o drible como uma das principais características, para box-to-box (em português área-a-área), ou seja, um meio-campista que tanto trabalha de forma semelhante a um volante quanto como um meia armador. Na Inglaterra, esta função é frequentemente usada. Exemplos conhecidos são Steven Gerrard e Frank Lampard. Um jogador desta posição deve ter o chute de longa distância como característica. Anderson não deu certo na função talvez por este motivo. De qualquer forma, o novo camisa 8 colorado volta ao futebol brasileiro como um jogador taticamente muito evoluído em comparação ao que saiu daqui há cerca de 10 anos.
Fui contra a vinda de Anderson para o Inter, pelo fato de o jogador ter um salário alto para quem decepcionou na Europa e por ter firmado um contrato longo com o Inter, de 4 anos. É uma aposta, portanto deveria ter um contrato mais curto. Todavia, é jovem. O jogador tem 26 anos e busca a redenção no futebol. Busca voltar à seleção brasileira, a qual já há defendido, e o mais importante: demonstrou que QUER jogar no Inter.
Paulão, nosso zagueiro, deu uma declaração que me chamou a atenção: ele disse que Anderson deve atuar perto da área adversária no campo de jogo, considerando que temos jogadores mais eficientes na função de volante, como Nilton, Wellington e, até, Aránguiz. Foi assim que Andershow mais se destacou em sua carreira, e é assim que ele mais deve render no Beira-Rio.
Aguardemos! Anderson pode nos dar muitas alegrias, assim como pode não dar certo. Acreditemos que a primeira opção se efetue.
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Autor: Guilherme Zanco
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