Não era o dia, mas a missão segue

Conca não teve espaços para decidir a favor do Flu. (Imagem/Reprodução)

O Fluminense foi derrotado pelo Coritiba por 1x0 na noite de ontem, no Couto Pereira. Como dito na legenda, o tricolor sofreu com a falta de espaço e o campo pesado por conta da chuva forte que dominou a capital paranaense horas antes do duelo. Apesar do revés, não há motivo para desespero. 

Quem me conhece e costuma acompanhar meus textos, sabe bem meu senso crítico para esse atual Fluminense, em relação a elenco e diretoria. Nosso ano já foi para o espaço há dois meses, mas buscamos um alento através do Brasileirão. Só que hoje não vou massacrar. Em uma situação como a de ontem, usamos um pouco da razão para  perceber que não somos imbatíveis e que uma hora ou outra, isso aconteceria. E era o jogo para acontecer. Foi o jogo que podia acontecer. Aconteceu. 

Jogamos mal, sofremos com as circunstâncias da partida. Além dos motivos já citados no primeiro parágrafo, contamos também com a falta de inteligência habitual de Cristóvão, que escalou o time errado e comprovou isso ao tirar Walter com 19 minutos de jogo. O desespero e a água batem no queixo do Coritiba, não no nosso. Por conta disso, jogaram em cima por boa parte do primeiro tempo, sempre explorando jogadas laterais. Em certo momento, o marcador contava cinco finalizações da equipe paranaense e nenhuma do Flu. O gol de Joel saiu em contra-ataque, justamente pela lateral, nas costas de Carlinhos. O centro-avante camaronês recebeu na área e concluiu sem chances para Cavalieri. 

Era necessário que se apertasse, acordasse para a partida. E apesar de equilibrar o jogo, passou bem longe de realmente merecer sequer um empate. Os três pontos estavam destinados ao Coxa, era inevitável. Não que tivesse sido estupidamente superior, mas com toda a sua limitação técnica, o Coritiba fez o que o torcedor pede nos momentos críticos e está na moda hoje em dia. Sabe aquela frase: "Vai, fulano, só vai."? Eles foram. 

Acompanhe o Fluminense através de nossas redes sociais: Twitter | Facebook
Associe-se ao Flu: Sócio-Futebol

Difícil achar algum destaque positivo do Flu. Nossas únicas chances no jogo foram criadas por Carlinhos, que também protagonizou os dois lances mais bizarros da noite, além da jogada do gol adversário ter sido produzida no seu lado do campo.

Eram quatro vitórias seguidas. Vale ressaltar que o Fluminense já se encontrava a seis pontos do G4, após a derrota para o Internacional e de forma surpreendente, voltou a ser cotado como candidato a vaga na Libertadores. Nossa equipe é como qualquer outra no Campeonato Brasileiro. Desses seis últimos jogos que faltavam até ontem, nosso adversário mais difícil era o Coritiba mesmo. Quando digo que não há motivo para desespero, é também por isso. Temos uma tabela favorável agora, onde enfrentaremos Botafogo, Chapecoense e Sport. Dois desses no Maracanã e justamente contra o Sport, de férias, na Ilha do Retiro. Não é simplesmente 'possível vencer'. Tem que vencer. Apesar de uma derrota aceitável, a que poderia acontecer, acabou aquela gordurinha que tanto falam. Estamos na conta do chá. No limite. E isso não é motivo para desespero? Não. Dos cinco que brigam por duas vagas no G4 (Cruzeiro e São Paulo estão encaminhados), só não somos inferiores ao Grêmio. Terminar o campeonato entre os quatro primeiros será mais do que nossas pernas suportam. Circunstâncias. Algumas deram a vitória ao Coritiba e outras podem nos levar a Libertadores. Perder a fé justo agora que a chance é real? Não sou desses. Na verdade, nós não somos. 

Com a derrota, saímos da zona da Libertadores e permanecemos com 54 pontos. Até o fechamento da rodada, podemos voltar a desagradável sétima colocação. Nosso próximo adversário será o rival alvinegro, no Maracanã, sábado, às 19h30. Será a primeira vitória das próximas quatro que teremos. Amém? 

Se desistirmos, não serão os outros que vão acreditar por nós. Esse escudo verde, branco e grená que você coloca no peito ao vestir o manto, te convida para mais uma história de superação. Não tão bonita quanto outras que temos no nome do Fluminense, mas missão é missão. Temos que cumprir.

Saudações tricolores. 
Compartilhar no Google Plus

Autor: Clayton Mello

    comentar com Facebook