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| Bons tempos. (Nelson Perez/Fluminense FC) |
Crise sim, por que não? O Fluminense após quatro jogos sem vencer, sendo três pelo Brasileirão e um pela Copa do Brasil (justamente o maior vexame dos últimos jogos), volta a campo pelo torneio mais importante do país, para enfrentar o Sport Recife. Com o mando da partida, o elenco mais sujo da história do clube deve encontrar um clima hostil por parte do torcedor, que ama o tricolor e não admite um comportamento tão nojento de quem nos representa nos gramados.
Vender sua dignidade por 20 mil reais. Você faria? O atual elenco do Fluminense, sim. Esse é o valor do chamado "bicho" que o bando recebia a cada nove pontos conquistados no Brasileirão. A diretoria, que de forma amadora fez a promessa e depois no meio do campeonato, quis alterar o formato no pagamento, é a principal culpada, por ter dado a um grupo de rebaixados, a moral que nunca deveriam ter recebido. É muito mimo para pouco resultado. É viver demais de um ano que já vai fazer dois, se é que me entendem.
Por incrível que pareça, é sim um pré-jogo. O atual momento do Fluminense é esse aí. É isso aí. Outro fato da semana foi o protesto de uma torcida organizada no desembarque da delegação sem escrúpulos que representa o Flu na temporada. Com xingamentos, arremesso de moedas, chutes em carros e até pedradas, o torcedor viu o fato se espalhar rapidamente pela mídia e para fechar com chave de ouro, teve que aturar o piti de um camisa 9 aposentado e que ganha 900 mil reais por mês para bater um pênalti na casa do caralho. Se Fred tinha alguma moral com o torcedor, essa não existe mais. Somente de suas fãs que jamais abandonariam o fanfarrão fracassado.
A equipe não está definida para a partida. Jogando em sequência, Cristóvão não treina mais o grupo antes dos jogos. Junta o que ele acha necessário e coloca em campo. O que se sabe mesmo é que Carlinhos, que forçou sua expulsão para deixar de dormir em campo e fazê-lo em casa, está fora. Bruno, que no ano passado forjou uma lesão no momento mais difícil do time, também é dúvida. Coincidência, não? Wágner também está fora, com sua incurável hemorroida.
Vou ao jogo e o mínimo que espero é que honrem o salário astronômico que eles recebem. Se não tem amor a camisa, se não tem respeito pela instituição, honre a cueca que veste, comprove que são todos homens e não um bando de vendidos. Não quero saber de Libertadores, de tabela, de fase, de bicho, do inferno a quatro. Quero bola na rede e três pontos. E poderia ser o Real Madrid a nos enfrentar amanhã, o discurso seria o mesmo.
É assim que o Fluminense vai para enfrentar o Sport no Maracanã, amanhã, às 16h. Ao chegar aqui, você deve estar pensando: "É vitória do Sport, na certa!". Talvez seja, mas acredito no escudo que representa a minha vida.
Que vença o Fluminense Football Club. Que o bando se exploda.
Saudações tricolores.
Autor: Clayton Mello
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