Era uma vez um novo time...

Henrique, Diogo e Lúcio comemoram o segundo gol do Palmeiras. (Foto: globoesporte.com)
Era uma vez uma entidade futebolística denominada Sociedade Esportiva Palmeiras, após 99 anos de história a equipe entrava no ano número cem de sua existência voltando aos holofotes do qual há um bom tempo estava fora. A ressurreição das cinzas após uma Série B e um remanejamento na equipe, assim como algumas contratações pontuais foram o suficiente para iludir o torcedor com boas partidas no início do ano, boas partidas apenas.

 Lembro- me muito bem de quando o Paulistão começou eu estava realmente acreditando que o plantel do Palmeiras era forte e fazia frente a qualquer time nacional, tolinho, tanto eu, quanto boa parte da torcida palmeirense. Lembro- me também de alguns amigos falando para eu não iludir demais com o meu time, lembrei de Fabiano Cardoso da Rádio Guarujá AM que me dizia para não me iludir e que o estadual não era parâmetro para a disputa do Brasileirão.

Pois é, sabias palavras do repórter tsunami, foi dito e feito. Até um pouco antes do prazo descrito o Palmeiras começou a desandar, o futebol não era mais o mesmo do início do ano, as derrotas começaram a aparecer, desandamos. O fundo do poço veio após a derrota para o modesto Sampaio Correa do Maranhão pela partida de ida da segunda fase da Copa do Brasil e foi ali quando chegamos no tal fundo do poço que parece que demos o nosso primeiro impulso para tentar nos levantarmos aos poucos.

O primeiro passo foi dado logo um dia após a derrota na Copa do Brasil, Gilson Kleina foi demitido segundo justificativas de fim de uma fase, seria então a renovação dentro da reestruturação.

Enfim, toda essa mega introdução nos leva para o que realmente nos interessa. Dia 10 de maio de 2014, um sábado véspera de dia das mães, partida  importante contra o Goiás no Pacaembu pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol e pasmem- se, a equipe esmeraldina era favorita contra o mais que tradicional Palmeiras mesmo jogando longe do Serra Dourada, reflexo claro de que a coisa estava feira para nós.

Em meio a especulações sobre quem seria o novo treinador do Verdão para o restante do centenário uma surpresa antes mesmo da bola rolar. Quando foi anunciada a escalação, a mesma agradou a todos os torcedores do Palmeiras. Um time ofensivo e bem armado, com Diogo e Leandro nas pontas, o garoto Renato de voltante juntamente com Wesley e Willian Matheus pela esquerda barrando Juninho que ficaria no banco de reservas. Além disso Fábio Symonech teria mais uma chance no gol titular, provando mais uma vez a falta de confiança de Bruno para a defesa que ninguém passa.

Quando a bola rolou os palmeirenses ficaram ainda mais otimistas com um time organizado taticamente, obediente defensivamente e consistente no ataque. Willian Matheus aproveitou a chance que lhe foi atribuída e foi por muitos considerados o melhor homem em campo.

E foi do camisa 16 que saiu o primeiro gol. Aos 11 minutos do primeiro tempo, falta cobrada por Willian Matheus e Lúcio completou para o fundo do gol de Renan. Foi o primeiro gol do pentacampeão com a camisa do Palmeiras. Opositores dirão que estava impedido e eu responderei, quem liga?

Mesmo após o gol o Palmeiras não se acomodou e continuou indo pra cima do time goiano e o resultado apareceu pouco tempo depois, 20 minutos para ser mais específico. Um gol após lateral no qual muito tempo não se via e lateral cobrado por Willian Matheus, o atacante Henrique subiu bem e ampliou. Foi o terceiro gol de Henrique em três jogos pelo Verdão, os gols do centro avante pouco a pouco vão fazendo a torcida palmeirense esquecer um tal de Alan Kardec.

A vitória parcial definiu o ritmo lento no qual foi o segundo tempo. O Palmeiras administrava bem o resultado e quase chegou ao terceiro num chute pra fora de Marcelo Oliveira. Do lado oposto, o Goiás tentou ir pra cima com algumas alterações promovidas por Ricardo Drubiscky, uma delas foi a entrada de Esquerdinha, campeão paulista de 2014 com a camisa do Ituano, mesmo assim em vão, a partida terminou mesmo, dois tentos a zero para o Verdão.

Vitória com um bom futebol e que num âmbito geral agradou a todos. As estrelas Valdívia e Wesley apareceram bem, assim como Henrique, Renato, Diogo e afins.

Porém ao final do jogo a pergunta que ficava era: Quem foi o gênio que em uma partida passou a confiança que Gilson Kleina não passou em um ano e meio?

O nome do indivíduo é Alberto Valentim, treinador interino do Palmeiras, um quebra galho, espécie de Milton Cruz de Palestra Itália.

O trabalho de Valentim por hoje me fez relembrar o trabalho de Jorginho Cantinflas e suas sete vitórias consecutivas em 2009. Jorginho este que é um dos cotados para assumir o Palmeiras e estava no Pacaembu aumentando os indícios de sua ida, Vanderley Luxemburgo corre por fora.

E nessa briga entre "pofexô" e Jorginho "gente boa" eu fico com Alberto Velentim. Luxemburgo provou com o seus últimos trabalhos que é um técnico em decadência, já no caso de Jorginho eu não o vejo técnico em nível de Palmeiras, até porque a situação hoje é muito diferente de sua primeira passagem. Cinco anos se passaram e Jorginho apenas conseguiu despenhar um bom trabalho assim como no Palmeiras na "Barcelusa" campeã da Série B de 2011 que em contrapartida foi rebaixada no estadual do ano seguinte. Tendo em vista tudo o exposto antes ficaria com Valentim enquanto ele fosse eficaz para nós.

O Palmeiras volta a campo nessa quarta feria pela Copa do Brasil em jogo decisivo contra o Sampaio Correa pela volta da Copa do Brasil no Estádio do Pacaembu. A vitória é imprescindível para as pretensões alviverdes e até segunda ordem Valentim será o comandante do Verdão no confronto.

O Palmeiras de hoje me fez um torcedor satisfeito como não se via há tempos e espero que essa situação não seja apenas um conto de fadas e sim uma realidade com um final feliz lá para meados de novembro e dezembro.

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Autor: fábio

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