Pensamentos shakespereanos a parte resolvi refletir um pouco sobre este assunto, visto que estamos na iminência de um calendário histórico para a Associação Chapecoense de Futebol neste ano de 2014.
Falo aqui e prefiro não nomear as torcidas organizadas em tom de crítica construtiva, pois minha opinião sobre este tema é bastante contundente.
A pergunta inicial nem é talvez a do título deste post, mas sim do que queremos fazer no Índio Condá durante este ano de 2014? Qual a postura que desejamos de nós como torcedores?, independente de sermos uniformizados ou não.
Hoje sabemos que são poucas as torcidas que podem ser chamadas de organizadas, sob o pretexto de terem uma organização mínima de suas ações como animadores do espetáculo do futebol. A grande maioria são torcidas uniformizadas apenas, que seguem uma "ideologia" e utilizam-se do futebol para atingirem os seus objetivos e que nem sempre são os de animar um jogo de futebol, mas sim promover o vandalismo e a violência. O mínimo que se espera de uma torcida organizada é que tenha um regulamento sólido, um cadastro efetivo e atualizado, bem como também um planejamento bem definido de suas ações antes, durante e após um jogo de futebol.
Falo isso, com base na observação desses anos em que frequento o Índio Condá. O que vejo e sempre vi foi uma pseudo-organização das ações, dessa forma vemos nas arquibancadas alguns grupos aglutinados de torcedores pertencentes a algumas facções e cada qual entoando seus cantos de forma desordenada e acaba por não motivar os torcedores que não integram essas facções a participarem desta celebração.
Na minha opinião, as torcidas organizadas tem um papel importante durante o jogo de futebol que é de justamente organizar os cantos, puxar as frases de efeito e motivar a todos que estão ali para fazerem um espetáculo único. É uma tarefa difícil, claro que sim, mas tomemos por exemplo as torcidas européias, que conseguem organizadamente montar mosaicos na arquibancada, fazer uma pressão única sobre o time adversário e não apenas um emaranhado desordenado de vozes.
E para começar a organizar essa bagunça está na hora das "organizadas" se organizarem de verdade e manterem um diálogo com a diretoria da Nossa Associação. Chega de mimimi por parte das torcidas dizendo que a diretoria não quer que entrem com os instrumentos, que não quer dar apoio às torcidas e blá blá blá.
Está na hora dos "líderes" dessas torcidas crescerem e se abrirem para o diálogo de forma adulta e responsável. Duvido que a diretoria da Chapecoense esteja fechada desta forma ao diálogo.

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