Natan "de vidro"

Nova complicação tira Natan das semifinais do Pernambucano

(Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Manhã de sexta-feira, chego ao trabalho e na primeira pausa que tenho para ler as notícias do dia, me deparo com um carma que assombra a torcida do Santa Cruz todos os anos, por duas vezes ao ano, no mínimo. 

Lá estava: "Natan desfalca o Santa Cruz por pelo menos duas partidas", no portal terra. 

Fiquei logo indignado, voltei a trabalhar sem esperança nenhuma. "Esse Natan se machuca até com o vento", pensei. Continuei puto e pensei em escrever sobre isso. 

É, amigos, tá difícil. A cada notícia que a imprensa publica, eu vejo nosso tão desejado tetracampeonato mais distante. O Santa Cruz tem um time titular que pode brigar por esse título, mesmo com todas as falhas e “equívocos” do treinador, porém, dentre os titulares, há uma peça fundamental na composição do possível time que erguerá a taça, em abril, seu nome é Natan, da família dos vidros.

Eu não consigo entender o que se passa pela cabeça do jogador, médico, diretoria etc. Natan é um jogador que, se não fossem as contusões, já estaria muito longe, mas infelizmente é um atleta que se machuca constantemente e não consegue mostrar seu aprimorado futebol com frequência. Nesse meio termo, entre o bom futebol e as contusões, há uma omissão do clube quanto ao caso crítico que presenciamos todos os anos. É sempre a mesma coisa, muitos nem se iludem quando se fala que Natan voltou, pior é quando ele divide uma bola e cai em campo, é só olhar para o rosto de cada torcedor em qualquer setor do Arruda e vê que todos pedem a Deus pra que não seja grave.

Um trabalho estruturado, com uma análise minuciosa do caso e um afastamento por tempo indeterminado dos gramados, essa é a solução. Deve-se ouvir várias opiniões para que se chegue ao verdadeiro problema do nosso “menino de vidro”.

Pra quem não é torcedor do Santa Cruz e está lendo esse texto, comparo nosso atleta ao Oscar, da seleção, sem nenhum “clubismo”. A virada de bola, a visão de jogo, o drible, o giro, o passe e a penetração na grande área, tudo muito parecido. Natan só não tem o bom chute de fora da área e não faz tantos gols como Oscar, talvez se jogasse mais, aprimoraria isso.

Enfim, como torcedor e admirador do jogador, ainda quero vê-lo fazer uma temporada inteira de forma brilhante, como é todas as vezes que entra em campo. Natan engana o time adversário, dá gosto assistir uma partida em que ele entra de frente. No elenco desse ano, seria imprescindível, porém terá que fazer mais uma cirurgia e voltará, se chegarmos, nas finais. Caso não, só o veremos na Série B.

Será que um grande jogador se perderá assim, sem nenhuma interferência profissional? Quando mais precisamos dele, se contunde e desfalca o time.

O que eu posso desejar é boa sorte, uma recuperação rápida (mais uma vez) e o gol do tetra.


Diego Ferreira. 
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Autor: Unknown

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