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| Rildo entrou bem e Cícero de novo foi maestro (Foto: Luciano Claudino/ Agência Estado) |
Após a pausa de carnaval, o Santos viajou para o interior para seguir com a melhor campanha do campeonato e já se garantir matematicamente nas quartas de finais. Conseguiu, e de forma categórica. Chegou a sair perdendo mas com gols de Emerson Palmieri, Damião, (Ribe)Rildo, Arouca e Lucas lima, o Peixe despachou o Sapão pelo placar de 5x2.
Muito se discutia que o Santos era um time na Vila e outro fora de casa, o que era um fato já que apenas 5 dos 20 gols foram marcados longe do gramado impecável e dos tradicionais 7.371 torcedores do Urbano Caldeira, mas acho que não podemos dizer mais isso. O time não estava em um dia totalmente inspirado como contra o Corinthians, não tinha o objetivo do gol 12.000 como contra o Botafogo, não se aproveitou de expulsão como contra o Bragantino mas conseguiu dentro do possível fazer um jogo convincente (apesar do primeiro tempo horrível).
Oswaldo, sem contar com o selecionável Mena e Gustavo Henrique que ficará fora até depois da Copa, distribuiu o Peixe da seguinte forma: Aranha; Cicinho, Neto, Jubal, Emerson; Arouca, Cícero, Gabriel; Geuvânio, Thiago Ribeiro e Damião. O técnico Márcio Goiano respondeu com: Reynaldo; Valdir, Wagner Silva, Mirita, Leonardo; Olberdam, Heleno, Everton Sena, Edson Ratinho; Sergio e Fábio Baiano.
O primeiro tempo foi sonolento, fraco, o Santos não criava. Se anulassem o primeiro tempo e deixassem só o segundo, eu só reclamaria pela jogadaça no gol do Emerson. Esse gol inclusive foi um dos três únicos momentos citáveis do primeiro tempo. O gol de letra do Fábio Baiano (sim, conseguimos essa façanha), a torcida correndo igual um bando de retardado para outro setor e o toque de calcanhar do Gabigol para Emerson empatar o jogo.
O Santos do primeiro tempo tinha Cícero e Arouca muito recuados e quatro jogadores enfiados no meio da zaga do Mogi, ou seja, impossível armar uma jogada desse jeito. E como o Mogi não estava nem aí para a falta de produtividade do Santos, foi lá e abriu o placar. Emerson tinha saído para ser atendido, ninguém foi fazer a do lateral e Everton Sena se aproveitou da cratera, cruzou e Fábio Baiano desviou de letra para bater Aranha e abrir o marcador. O Peixe só foi responder 20 minutos depois em contra ataque puxado por Emerson, que toca para Thiago Ribeiro achar Gabigol que ajeitou e deu lindo toque de calcanhar para o camisa 3 prata da casa bater firme no ângulo e empatar no finalzinho da primeira etapa.
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| Damião marcou pela segunda partida consecutiva (Foto: Ivan Storti/ LANCE!Press) |
Na volta para o segundo se via uma postura diferente do time do Santos, que adiantou a marcação e Cícero tinha mais liberdade. E não demorou mais de 10 minutos para dar resultado e o alvinegro conseguir a virada. Cícero deu o que o twitter oficial do Santos definiu como traulitada, o goleiro Reynaldo deu rebote e Damião, o popular Leandro do Peixão, tocou para o fundo das redes. Não dava para comemorar ainda pois o "fantasma" da bola parada viria assombar o Santos 11 minutos após a virada. Cobrança de falta da direita, o adiantado Everton Sena cabeceou para defesa de Aranha mas no rebote Magrão, que acabara de entrar, chutou para empatar de novo o confronto. Sorte do Peixe que Rildo está gostando de jogar pelo peixe e no lance seguinte (seu segundo toque na bola - havia entrado no lugar de Geuvânio) recebeu bom passe de Cicinho e bateu no canto do goleiro do Sapão da Mogiana, 3x2 Peixe. Na comemoração, o burro do Rildo que provavelmente seria o substituto de Geuvânio no domingo já que o 10 tomou o terceiro amarelo tirou a camisa e também está suspenso por ser advertido com o cartão pela terceira vez na competição.
E com a entrada de Rildo, assim como contra o Linense, fez Thiago Ribeiro ser descolado para a ponta direita e melhorar seu desempenho. Junto de Cicinho, o camisa 11 fez algumas tramas interessantes. Inclusive o quarto gol se originou daquele setor. Thiago cruzou para Damião que furou, mas sobrou para Arouca virar um lindo voleio e fazer o quarto do alvinegro praiano. Após o gol, Oswaldo resolveu tirar Gabigol e colocar Lucas Lima para brincar um pouquinho. E foi o novato quem fechou a goleada no Romildão. Quando a tia da cantina já ia fechando as portas, o faxineiro começava a trabalhar, os torcedores já iam embora, Cícero dá lindo lançamento para achar Cicinho, que rola para o meio e Lucas Lima de direita faz o seu primeiro com a camisa do Santos e o quinto da noite.
E na saída de campo, um fato lamentável. Arouca, enquanto dava entrevista, foi chamado de "macaco" para três ou quatro imbecis da torcida do Mogi. Sim, 2014 e ainda isso.
O Santos agora retorna a sua casa para enfrentar o Oeste de Itápolis no domingo às 18h30, o horário tradicional para jogos do alvinegro, e não contará com os suspensos Geuvânio e Rildo; além dos lesionados Mena e Gustavo Henrique.
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