Avaliação dos Jogadores do Inter no Gre-Nal 400

D'alessandro comemora a vitória na Arena OAS. Fonte: Portal GAZ. (Foto de Sílvio Ávila)

O Gre-Nal 400 foi ontem e resolvi postar a minha avaliação da participação individual dos jogadores do Inter durante o jogo, comentando um pouco sobre cada um:

Dida (6,0) - Foi seguro em grande parte das jogadas, mas mostra muita dificuldade na reposição da bola com os pés. Cada recuada para ele, causa taquicardia em qualquer colorado. Fez uma belíssima defesa e traz tranquilidade para defesa, mas ainda acredito que ele é lento demais na saída do gol, o que pode trazer problemas em jogos futuros. 

Gilberto (5,5) - No primeiro tempo foi mal junto com todo time. Apresenta ótimo entrosamento com o setor de meio-campo do time, bons dribles, muita disposição e velocidade, mas deixa a desejar nos cruzamentos. No segundo tempo melhorou na marcação, mas quando subiu não foi efetivo e cometeu erros bobos. Tem a sombra do Cláudio Winck, que em qualquer oportunidade pode roubar a posição de titular da camisa 2 colorada.

Paulão (6,0) - Não encaixa com Juan, talvez esse seja o motivo de ter sido tão irregular no primeiro tempo. No segundo tempo, já com Ernando ao seu lado, conteve com sucesso os avanços dos rápidos atacantes tricolores, apresentou razoável saída de bola e foi bem regular.

Juan ( 4,5) - Não foi a melhor e nem a pior partida dele pelo Inter. Foi mal nas bolas aéreas e envolvido facilmente pelos rápidos garotos do rival. Falhou no gol do Grêmio. Saiu no intervalo por suposta lesão muscular, apesar de não ter mancado em nenhum momento durante a primeira etapa.

Fabrício ( 6,5) - Ficou fixo na marcação na primeira etapa e pouco produziu ofensivamente. Após as mudanças no intervalo, cresceu, avançou mais e melhor, ganhando quase todas as disputas com o lateral adversário. Teve participação direta no gol da virada, cruzando a bola após belo contra-ataque puxado por Alan Patrick e Ernando.

Willians ( 6,5) - Cresce no clássico. Sozinho na marcação fez mais que os três volantes tricolores. Marcou, desarmou, passou, puxou contra-ataques e até finalizou. Deixou os erros bobos para trás, se consolidou e hoje é intocável no time de Abel Braga.

Aránguiz (7,0) - É o motor do time do Inter. No primeiro tempo, preso por Abel na função de marcação dificultou o trabalho ofensivo do Colorado. Após a mudança, do 4-2-1-3 para o 4-1-4-1, cresceu na partida e ajudou os companheiros a controlarem e anularem o time do Grêmio. Incansável se infiltrou para receber ótimo passe e cruzar para o gol do empate de He-man. Ainda teve duas ou três chances de marcar mas parou em Grohe e na marcação.

Alex ( 7,0) - Não é o Alex de 2008, mas já não é mais o Alex de 2013. Cresceu de produção na fase de matas do campeonato Gaúcho, virou o articulador que o time precisava e passou a auxiliar mais na marcação, liberando um pouco D'alessandro dessa tarefa. Passou com qualidade, desafogando o time do Inter durante toda partida. Além da calma e tranquilidade que passa em campo para os companheiros, mesmo quando o resultado é adverso. Deu belíssima enfiada de bola para Aránguiz na jogada do primeiro gol do Inter na partida.

D'alessandro ( 7,0) - Não se destacou tanto na parte individual, mas é o maestro do Inter desde 2008. O clássico corre em suas veias e por isso controla o jogo a favor do Inter, toda jogada passa por ele, que sabe quando tem que correr e quando tem que cadenciar. É o craque do time, mas acima disso é o Líder. Participou ativamente durante toda partida, e enlouqueceu o garoto Wendell, inclusive roubando a bola do lateral gremista algumas vezes.

Jorge Henrique ( 2,0) - Falhou em tudo que tentou durante o jogo. Foi mal como todo time no primeiro tempo. Se movimentou pouco e mal, não deu velocidade ao ataque, abusa de toques laterais e para trás, erra muitos passes e não tem o timing que o clássico exige. Experiência dele poderia ter ajudado, mas não foi o que vimos. Não fez nenhuma jogada boa durante o tempo que esteve em campo e com as últimas atuações, garante seu lugar no banco no próximo Gre-Nal. Saiu no intervalo da partida.

Rafael Moura ( 8,0) - De jogador contestado a homem gre-NAL, decidiu a partida marcando dois gols. Voltou de lesão e apesar de tudo, se movimentou bem, lutou muito e estava no lugar que o time precisava dele, onde pôde empurrar a bola pro fundo da rede, como se espera de um centro-avante. Parece que chegou ao Inter só neste ano, fez mais gols de janeiro a março de 2014 do que em todo o resto de seu período no clube. Por ter sido tão decisivo, para mim foi o melhor em campo junto com Alan Patrick.

Ernando ( 7,0) - Entrou no intervalo e deu muita segurança e tranquilidade aos companheiros de sistema defensivo. Paulão cresce quando joga ao seu lado. Muito forte na jogada aérea, neutralizou algumas jogadas de Barcos, Luan e Maxi pelo chão. Em rápido contra-ataque, recebeu passe na medida de Alan Patrick, conduziu com velocidade, entregou para Fabrício que cruzou para o gol da vitória. É técnico, rápido, jovem e um líder nato. Pede passagem e pode virar titular do time a qualquer momento.

Alan Patrick ( 8,0) - Destaque do Inter no ano, cresceu muito em relação a própria produção no ano de 2013. Entrou no segundo tempo e mudou a partida, dando uma mecânica diferente ao time do Inter. Quando entra acrescenta velocidade, movimentação, marcação, qualidade de passe, inteligência e finaliza bem de média-longa distância. Todo time cresce quando ele entra em campo, pede passagem desde sua estréia no ano e todos jogadores do meio sabem que podem perder a posição para ele a qualquer momento. Abel já confirmou ele como titular no jogo derradeiro do campeonato Gaúcho.

Ygor ( 6,0) - Entrou para conter qualquer investida do Grêmio e anulou qualquer intenção de reação da equipe tricolor. É seguro e voltou bem após lesão que o afastou por bom tempo dos gramados. Não contribui muito ofensivamente, mas não é isso que se espera de um típico camisa 5.

Abel Braga (7,5) - A nota poderia ser maior se não insistisse tanto em alguns erros recorrentes. Acertou o time no intervalo, colocando dois jogadores melhores do que os substituídos. Além disso, deu um nó tático no time de Enderson Moreira, mudando a formação do habitual 4-2-1-3 para um espelhado 4-1-4-1, que estava sendo utilizado pelo time gremista após o gol de Barcos. Anulou no segundo tempo as jogadas de velocidade de Luan e Dudu, fechando a marcação e encaixotando a saída de bola dos laterais. Deu uma aula tática ao técnico gremista.

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Autor: Leonardo Panke

Blogueiro do C11 - Inter.
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