Abaixo da média no tempo normal, São Paulo é eliminado nos pênaltis

Os primeiros 90 minutos só foram o anúncio do que estava por vir nos pênaltis. (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)
Decepcionante, senhores.

Nesta última quarta-feira (26), o São Paulo decepcionou os quase 20.000 torcedores que estavam no Morumbi que presenciaram a eliminação para o Penapolense após o empate em 0x0 nos primeiros 90 minutos e, nos pênaltis, 5 a 4 para a equipe do interior.

No primeiro tempo, o jogo foi marcado pela forte marcação do Penapolense, que raramente passou do meio campo. Só que o São Paulo, apesar de ter tido mais posse de bola, pouco tentou também. No decorrer da partida, destaque para as infiltrações de Osvaldo pela ponta, que foi a principal jogada da equipe.

Nos primeiros 15 minutos, forte marcação da zaga do Penapolense, o que tornou o jogo truncado, e quando os times tentavam chegar ao ataque, não eram efetivos. Depois desse período, o São Paulo jhá tentava chegar com mais efetividade, mas sem causar muito perigo.

Aos 25, finalmente uma jogada perigosa do Tricolor: Ganso recebeu na entrada da área e chutou rasteiro, mas com força, exigindo boa defesa de Samuel, que mandou a bola para a linha de escanteio. Três minutos depois, na sobra de um cruzamento na ponta, Douglas rolou a bola na entrada da área para Pabón, que chutou forte, porém acertou um zagueiro do Penapolense. Na sobra, a bola continuou em jogo e caiu na ponta e Douglas, pressionado, acertou um chapéu (!!!!!!!!!!!!) e segurou a bola por lá, até errar o passe e dar o lateral de graça para o Penapolense. Esse é o Douglas que conhecemos.

Então, de repente o Penapolense começou a ameaçar. Aos 37, o time de Penápolis chegou com perigo em cruzamento rasteiro de Guaru na área do São Paulo, a bola passou por Antônio Carlos, mas não por Rodrigo Caio, que deu um chutão pra frente. Se a bola passasse pelo segundo zagueiro tricolor, provavelmente o Penapolense abriria o placar.

O chutão, aliás, resultou em um contra-ataque, Ganso teve a oportunidade de avançar, porém, quando já chegava na entrada da área, tentou segurar a bola e esperar a passagem de Luís Fabiano e recebeu a falta.

Aos 40, Douglas Tanque recebeu após a bola após cobrança de lateral e foi levando para a entrada da área e chutou com perigo na rede pelo lado de fora do gol de Rogério Ceni. Três minutos depois, Álvaro Pereira conseguiu grande jogada pela ponta, porém caiu e não pôde continuar. Só que Ganso estava próximo e conseguiu a sobra e rolou na entrada da área para Wellington arriscar um chute que passou por cima do travessão.

No segundo tempo, jogo novamente truncado, e uma atuação de tirar do sério qualquer torcedor são-paulino, em todos os setores do campo.

Nos primeiros minutos, o Penapolense tomou a iniciativa e ficou rondando a área tentando a infiltração, só que a zaga estava bem postada e a equipe de Penápolis não conseguia uma jogada efetiva.

 Aos 9, o lance mais polêmico: Petros recebeu bola na área, disputou a bola com Douglas, foi derrubado e pediu pênalti, não assinalado pelo árbitro. No minuto seguinte, Alexandro fez jogada individual e chutou para uma boa defesa de Rogério Ceni. E dois minutos depois, Douglas Tanque recebeu a bola na área, chutou forte e a bola, com desvio, foi por cima do travessão.

Depois desse período de sustos, a torcida, impaciente desde o primeiro tempo, começou a pedir raça, e o São Paulo começou a chegar no ataque, ainda que meio desengonçado, e as chances começaram a sair.

Aos 21, Ganso chutou falta na área, a bola cruzou toda a extensão da área e, graças a algum desvio, a bola passou perigosamente pela trave e foi para fora, em escanteio. Dois minutos depois, Ademilson tentou cruzamento na área, Jaílton desviou e Rodnei mandou para escanteio, porém quase fez gol contra.

Após essas chances, o São Paulo começou a não conseguir mais chegar com efetividade, e sempre acabava parando na zaga do Penapolense, que tentava os contra-ataques, mas sem a efetividade do começo do 2º tempo.

Aos 35, quando o Tricolor finalmente conseguiu uma jogada com alto perigo de gol, o bandeira deu impedimento em lançamento de Ademilson para Luís Fabiano, que não estava em posição irregular. E após esse lance, mais uma vez o jogo esfriou e nenhum time conseguiu ter chance.

Sem nenhuma jogada objetiva até o final do jogo, a partida foi para os pênaltis.

Para abrir a série de cobranças, Rogério Ceni chutou no canto e Samuel, apesar de ter acertado o canto, viu a bola entrar em suas redes: 1 a 1

Abrindo a sequência para o Penapolense, Guaru também acertou um chute forte, Rogério Ceni desviou levemente, porém a bola foi para o gol: 1 a 1

Para dar sequência aos chutes do Tricolor, Luís Fabiano mandou um bom chute rasteiro, bola de um lado, goleiro do outro, tirando-o da foto: 2 a 1

Na segunda cobrança do Penapolense, Petros chutou rasteiro no canto de Rogério Ceni, que acertou o canto, só que a bola passou por baixo do goleiro tricolor: 2 a 2

Enfim, o erro que, no final, fez a diferença para a disputa nos penais: Rodrigo Caio chutou no canto e Samuel acertou e espalmou para fora, mantendo o resultado de 2 a 2.

Então Washington, com uma bomba que deixou Rogério Ceni só olhando, deu a vantagem para o Penapolense: 3 a 2

Quase que Ganso complicou de vez na quarta cobrança do Tricolor. Chutou para a defesa de Samuel, que espalmou e mandou a bola na trave, porém o goleiro da equipe de Penápolis adiantou e a cobrança foi repetida. Na repetição, deslocou o goleiro: 3 a 3

Para manter a vantagem do Penapolense, Douglas Tanque enfiou um canudo no meio do gol, e Rogério Ceni, que pulou para um canto, até tentou a defesa com os pés, mas o gol foi inevitável: 4 a 3

Na cobrança definitiva do Tricolor, Osvaldo chutou com bastante força e deslocando Samuel: 4 a 5

Então, as últimas esperanças do torcedor são-paulino no Morumbi se acabaram quando Neto deslocou Rogério Ceni e sacramentou a classificação do Penapolense: 5 a 4.

Se podemos tirar algo deste jogo, sem dúvida é como NÃO jogar uma partida, principalmente uma partida única valendo vaga para semifinal de mata-mata em casa. Para o autor que vos escreve, o que mais incomodou foi saber que a tragédia já estava anunciada desde o finalzinho do primeiro tempo, quando o Penapolense começou a gostar do jogo. Fosse melhor ofensivamente, a equipe do interior teria decidido nos primeiros 90 minutos.

Por outro lado, não acho que é hora de procurar um culpado ou outro, pois a culpa deve ser repartida entre o time inteiro que, para mim, ao contrário da torcida em determinados momentos do jogo, até mostrou raça e empenho sim. Só que junto com estes, mostrou impaciência ao definir os lances e uma falta de técnica de irritar qualquer um que saiba que este é um dos clubes mais bem estruturados do Brasil, de salário em dia e que (teoricamente) treina sem problemas todas as semanas.

Enfim, são milhares os erros que podem ser apontados, desde a atuação de hoje até mesmo a toda a preparação do time para o resto do ano, que não parece realmente pronto, então, fica o aviso à diretoria e ao senhor Muricy Ramalho: Deem logo uma cara ao São Paulo, senão teremos um novo Brasileirão 2013.

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Yuri Rodrigues
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Autor: Yuri Rodrigues

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