São Paulo Retrô #3: 2013 em fotos

Os 11 que terminaram o ano como titulares

No último post de retrospectiva do São Paulo em 2013, resumimos o que de mais importante aconteceu no ano tricolor somente com fotos e legendas. Ao todo, de janeiro a dezembro, somamos 60 imagens. Vale a pena dar uma olhada na galeria são-paulina do ano.

A principal notícia na virada do ano do São Paulo foi a chegada de Lúcio. O zagueiro super-experiente e penta com a Seleção viria para ser o novo xerife da zaga da equipe de Ney Franco.
A estreia na temporada foi contra o Mirassol, no Morumbi, pelo Paulistão. Vitória por 2x0.
O jogo seguinte já foi pela 1ª fase da Libertadores, conhecida como pré-Libertadores. No Morumbi, o São Paulo goleou o Bolívar por 5x0 com grande atuação do ataque então composto por Osvaldo, Aloísio e Luis Fabiano. Mesmo perdendo por 4x3 na Bolívia, o Tricolor garantiu passagem para a fase de grupos do campeonato.
O clássico contra o Corinthians, na 1ª fase do Paulistão, em que perdemos de virada por 2x1, marcou a campanha tricolor. Vencemos a maioria dos times menores, se classificando em primeiro lugar, mas não ganhamos de nenhum rival: Santos (3x1), Palmeiras (0x0) e Corinthians (2x1).
Nas quartas-de-final, contra o Penapolense, o São Paulo homenageou o Morumbi. O estádio passou pela instalação de novas cadeiras, todas vermelhas, deixando o estádio com um visual diferente e mais moderno. A Penalty, fornecedora do material esportivo do São Paulo, fez um uniforme inteiro vermelho para a partida. Acabamos ganhando meio no sufoco, com um gol contra e várias belas defesas de Rogério Ceni.
Na semifinal, de novo o Corinthians no Morumbi. Empatamos por 0x0 e, nos pênaltis, Alessandro perdeu o pênalti para o alvinegro. Mas Ganso e Luis Fabiano também perderam as suas cobranças e coube a Pato classificar os rivais para a final no último penal.
Na Libertadores, o São Paulo tinha tudo para passar com o Atlético/MG no grupo que também tinha The Strongest/BOL e Arsenal/ARG. Na estreia, contra os mineiros no Independência, perdemos por 2x1.
Depois de ganhar de virada em casa do Strongest por 2x1, a primeira decepção: empate com o Arsenal por 1x1 no Pacaembu.
Depois, mais duas derrotas fora de casa por 2x1: para o mesmo Arsenal e para o Strongest (foto).
No jogo decisivo, contra o Galo, no Morumbi, Ceni inspirou todos com um discurso impressionante antes da partida - o Tricolor precisava ganhar de qualquer jeito. O capitão abriu o placar, já no segundo tempo, de pênalti, e encaminhou a vitória. Ademílson fechou o placar.
Um gol que foi certamente muito comemorado
Nas oitavas-de-final, o São Paulo (pior segundo colocado) enfrentou novamente o Atlético (melhor primeiro colocado). Com um belo início de jogo no Morumbi, Jádson fez 1x0. Mas Lúcio nos fez o favor de ser expulso em um lance ridiculamente infantil logo depois, o que ajudou muito o Galo a tomar o controle da partida e virar para 2x1 fora de casa...
...e, em casa, o Galo passou por cima. 4x1 (3 de Jô) com tranquilidade e a nossa eliminação veio de forma vexatória.
As mudanças vieram. Cortez encabeçou  a lista dos dispensados, que também contou com Henrique Miranda, João Filipe, Luiz Eduardo, Fabrício (depois reintegrado), Wallyson e Cañete. Os 6 acabaram emprestados.
Em compensação, chegaram Roni, Caramelo (os dois na foto) e Silvinho para a disputa do Brasileiro. Os 3 foram destaques no Paulistão, sendo os dois primeiros pelo Mogi Mirim e o último pelo Penapolense.
A estreia no Brasileirão veio com uma possível "redenção" do zagueiro Lúcio, um dos que marcaram na vitória sobre a Ponte Preta em Campinas.
Depois de Vasco (5x1), Atlético/MG (0x0) e Goiás (1x2), o São Paulo empatou com o Grêmio na Arena por 1x1 com gol do contestado Luis Fabiano. Depois daquela partida, o Brasileirão seria pausado para a Copa das Confederações.
Os reforços que vieram na janela foram Reinaldo, lateral ex-Sport, e Renan Ribeiro, goleiro ex-Atlético/MG
A reapresentação do elenco foi em um amistoso com o Flamengo que comemorava o aniversário da cidade de Uberlândia. Com várias novidades e estreias, o Tricolor perdeu por 1x0, gol de Marcelo Moreno.
A volta definitiva veio contra o Corinthians, pela Recopa. No 1º jogo, em casa, perdemos outra vez por 2x1, com um golaço de Renato Augusto em cima do adiantado Ceni.
Em seguida, ele não aguentou. Ney Franco foi demitido do cargo de treinador do São Paulo.
Milton Cruz, como de costume, assumiu interinamente. E na sua reestreia, contra o Santos, outra derrota no Morumbi: 2x0.
O time considerado bem inferior ao São Paulo conseguiu o feito com gols de Giva e Cícero, todos de cabeça.
Clemente Rodríguez, lateral veterano do Boca Juniors, chegou para resolver os problemas da posição no Tricolor
Na sua estreia, contra o Bahia, foi expulso, assim como Luis Fabiano. Mais uma derrota em casa: 1x2.
Autuori, tri-mundial em 2005, foi anunciado como novo treinador. Ele fez mudanças importantes, como o afastamento de Lúcio, a reintegração de Fabrício e outros ajustes (principalmente na defesa, como Rodrigo Caio), além de acabar com as péssimas sequências sem vitória - mas acabou não sendo o suficiente para nos tirar do rebaixamento. Aliás, foi o menos culpado de tudo isso.
Autuori estreou perdendo por 3x2 para o Vitória na Bahia e, na quarta seguinte, o maior baque: derrota por 2x0 para o Corinthians no Pacaembu, que deu o título da Recopa para nossos rivais.
Em seguida, a partida que simbolizou a fase são-paulina: derrota para o Cruzeiro, no Morumbi, por 3x0. Três gols de Luan. (Na foto, Vinícius Araújo vê a finalização de Luan entrando no ângulo)
Reencontramos o Corinthians no Pacaembu no Brasileirão. E, depois de 10 jogos, não sofremos gols. Terminou 0x0.
O clássico foi uma despedida do São Paulo - o clube agora faria uma excursão no exterior para jogar a Copa Audi, a Copa Eusébio e a Copa Suruga. Mas, antes, o atacante Welliton foi apresentado como novo reforço tricolor, vindo do Grêmio.
A estreia na Copa Audi, contra o Bayern de Munique, terminou com um esperado 2x0 para os alemães. A defesa se portou muito bem, passando mais de um tempo sem ser vazada pelos poderosos melhores do mundo, feito superior a o que muitos outros times europeus conseguiram. Mas a boa atuação acabou ficando marcada por um lance que não mudaria muita coisa, já nos acréscimos: Neuer defendeu o pênalti cobrado por Rogério Ceni; viria a ser o primeiro de muitos erros.
Na disputa do 3º lugar, contra o Milan, com o time reserva, outra derrota: 1x0.
Mas, afinal, a excursão tinha que valer para algo. Na Eusébio Cup, disputada em Lisboa contra o Benfica, quebramos o jejum de 14 jogos sem vencer e 6 sem marcar gol. Aloísio e Tolói marcaram, nos fazendo ficar com a taça.
Na única competição oficial, a Copa Suruga, contra o Kashima Antlers no Japão, saímos perdendo por 2x0, empatamos (Aloísio e Ganso) mas levamos o gol da derrota nos acréscimos do jogo.
Voltamos para o Brasileirão perdendo para Portuguesa (Ceni perdeu outro penal) e empatando com o Atlético/PR. Contra o Fla, em Brasília, tivemos um pênalti aos 45 do segundo tempo. Desta vez, Jádson perdeu e o 0x0 persistiu até o final.
O famoso jogo do sal grosso aconteceu contra o Fluminense, no Morumbi, na semana seguinte. Encucados com os 14 jogos sem vitória no Brasileirão, alguns torcedores colocaram sal grosso nas escadarias que dão acesso ao gramado para afastar a má sorte. E não é que deu certo? Luis Fabiano e Reinaldo marcaram na vitória por 2x1.
Em seguida, um bom empate contra o Botafogo no Maracanã e uma vitória sofrida, com 1 a menos, ante o Náutico em Pernambuco, por 1x0.
Contra o Criciúma, no Morumbi, todos esperavam uma boa vitória que confirmasse o momento. Mas o São Paulo saiu perdendo por 2x0 e não conseguiu reagir. Rogério perdeu outro pênalti e o jogo terminou no 2x1.
Contra o Coxa, na rodada seguinte, Alex acabou conosco em Curitiba. A derrota por 2x0 foi o suficiente para a demissão de Paulo Autuori. Mas quem iria substituí-lo?
Ele mesmo, Muricy Ramalho. O treinador, ídolo da torcida e um ícone na história do clube foi ovacionado em sua volta ao Morumbi. Ele teria a dura missão de salvar o Tricolor de um trágico fim em 2013.
Na sua estreia, 1x0 em cima da Ponte - gol de Luis Fabiano.
Em seguida, vitórias em cima do Vasco no Rio (2x0) e Galo em SP (1x0).
Depois, a última fase ruim que o São Paulo viveu no Brasileirão. Derrotas seguidas para Goiás (0x1) no Serra Dourada, Grêmio (0x1) no Morumbi...
...e 3x0 para o Santos, na Vila. Nesse jogo, mesmo com um a menos, os garotos do alvinegro praiano humilharam o São Paulo, que contava com uma defesa terrível.
Felizmente, a redenção veio em seguida. Contra o Vitória, no Morumbi, por duas vezes estivemos na frente do placar, mas por duas vezes levamos o empate. No finalzinho, em cruzamento de Ganso, Antônio Carlos deu a suada vitória ao Tricolor, que fez o Morumbi explodir de alegria.
O Cruzeiro foi, com todos os méritos possíveis, o melhor time do campeonato. Jogar contra eles, no Mineirão, é quase certeza de derrota. Mas o Tricolor, em crise, fez o jogo do ano quando visitou os cruzeirenses. A defesa, comandada por Rodrigo Caio, engoliu o melhor ataque do campeonato. No 2º tempo, Douglas e Éverton Ribeiro (sim, o craque do Brasileirão também faz gol contra) garantiram a vitória incontestável do Tricolor Paulista.
A partida marcou a ascensão de Muricy e também de Paulo Henrique Ganso. O meia, antes contestado, cresceu taticamente e psicologicamente, se tornando o principal destaque do time titular nos últimos meses de 2013.
Mas os são-paulinos foram do céu ao inferno. Contra o Corinthians, no Morumbi, dominamos os rivais mas não tiramos o 0x0 do placar. A melhor chance veio aos 46 de segundo tempo, nos pés do nosso capitão. Contudo, Cássio defendeu o pênalti de Rogério Ceni.
Contra o Náutico, no Morumbi, o maestro assumiu a responsabilidade. Com show de gol de Ganso, que mereceu ser carregado por Aloísio e Wellington no final, o Tricolor conseguiu um belo 3x0.

Aloísio ficava famoso assumindo o comando do ataque do time (que não contava com o Fabuloso) e executando suas perigosas comemorações dando voadoras nos companheiros. O inesperado gesto virou marca registrada do Boi Bandido.

Contra o Bahia, na Fonte Nova, surgiu o time de guerreiros. Com dois a menos, o Tricolor segurou a vitória por 1x0 contra o desesperado Bahia. Na foto, Ganso tenta vingar seus companheiros com a voadora em Aloísio.
Na Sul-Americana, o atual campeão estreou contra a Universidad Católica com um xoxo empate por 1x1 no Morumbi. Precisando buscar o resultado no Chile, o São Paulo contou com um capitão inspiradíssimo na excelente vitória por 4x3 fora de casa. Rogério Ceni fez, pelo menos, 7 defesas impossíveis, e teve uma de suas melhores noites da carreira, sendo cumprimentado por praticamente todos os jogadores do elenco adversário.
Contra o Inter, no Rio Grande do Sul, vitória por 3x2: três gols de Aloísio, sendo dois de pênalti (!).
O adversário das quartas da Sula foi o Nacional de Medellín. Após uma vitória por 3x2 no Morumbi, o São Paulo segurou os colombianos fora de casa, empatando por 0x0 e indo para as semis.
Já tranquilo e salvo do rebaixamento, Rogério Ceni enfim acabou com o longo jejum. De pênalti, o Mito marcou na vitória por 2x0 em cima do Flamengo, em Itu.
Mas a maior decepção da Era Muricy 2013 ainda estava por vir. Favoritíssimos contra a Ponte Preta na semifinal da Sul-Americana, o São Paulo apanhou no primeiro jogo do confronto - 3x1 para a Macaca em pleno Morumbi, de virada. No jogo de volta, em Mogi Mirim, o Tricolor não conseguiu a recuperação, ficando no 1x1 e sendo eliminado da competição.
Voltando ao Brasileirão, o jogo contra o Botafogo, no Morumbi, foi marcado pelas homenagens ao maior ídolo da história do São Paulo Futebol Clube. Rogério Ceni, um monstro dos recordes, se tornou nesta partida o jogador com o maior número de partidas por um mesmo clube na história do futebol mundial.
Rogério alcançou os 1117 jogos com a camisa do São Paulo, ultrapassando a marca que Pelé tinha no Santos. Em sua homenagem, usou a camisa 10 durante o jogo.
Durante a partida, Ganso fez sua jogada mais bonita pelo Tricolor. Fez fila dentro da área, inventou dribles espetaculares antes de bater encobrindo Jéfferson e ver a bola carinhosamente bater na trave e caminhar em cima da linha. Foi o "quase-gol" mais bonito do Brasileirão.
Depois de vexames na Libertadores, Recopa, Copa Audi e Sul-Americana, decepções no Paulistão e uma péssima campanha salva no final do ano no Brasileirão, a temporada enfim terminou com boas notícias. Além de Muricy Ramalho, Rogério Ceni, nosso maior ídolo, assinou a renovação por mais 1 ano e defenderá nossa meta em 2014. Obrigado, capitão!


Cliquem nas imagens para ampliar.
Agradecendo muito ao Yuri Rodrigues e ao Victor Castro que me ajudaram na coleta e organização cronológica das imagens. Espero que vocês tenham gostado das retrospectivas.
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Autor: Diogo Magri

17 anos, são-paulino do interior. Tenho trauma de bola parada, de pênaltis e de elogios ao goleiro antes do fim do jogo. No C11, falo de futebol europeu. Na vida, tento sofr... digo, ser jornalista.
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