Chegamos no segundo semestre do ano e o Fluminense não convence nem o torcedor mais otimista. Jogando um futebol burócratico e pouco envolvente, a equipe das Laranjeiras tem sido presa fácil para os adversários, até mesmo os mais fracos. Impressiona a passividade e a acomodação do elenco com os resultados negativos. Existe resposta pra isso?
Sim, na minha opinião existe.
Eu venho dizendo desde as eliminações da Taça Guanabara e Taça Rio que o Fluminense é um time acomodado, sem cobrança e que treina pouco. Basta pegar a programação de treinamentos desde do início do ano para constatar o que venho falando. Treinos quase que diários começando às 15:30 e terminando às 17 horas é sinômimo de pouco preparo físico e falta de comando e cobrança. Outro ponto importante que leva ao péssimo desempenho no ano foi o planejamento. Perdemos jogadores importantes (Thiago Neves e W. Nem) sem repormos pontualmente. Demoramos demasiadamente para mudar de treinador. Abre parentêses, gosto do Abel, mas há muito tempo deixou de ser comandante para se tornar parceiro dos jogadores. Fechou o grupo de um forma que vetou certas contratações durante o ano. A troca deveria ter sido feita antes da Copa das Confederações. O time teria uma inter temporada para se acertar. Resultado, voltamos pior do que terminamos.
E para piorar a situação, estamos sufocados financeiramente graças as péssimas administrações anteriores. Salários atrasados e falta do pagamento do prêmio do título brasileiro potencializam o péssimo desempenho dentro de campo. No jogo de ontem, ficou nítido que este problema está interferindo na disposição e na vontade de ganhar desse time. Aí que entra, ou deveria entrar, a figura do dirigente galáctico Rodrigo Caetano, que esse ano está devendo e muito. Esse diretor recebe um salário de estrela e só vem na mídia pra desmentir contratações e dizer que tudo está dentro do planejamento. Só me resta concluir que o planejamento é pífio.
A pergunta que fica é: o que fazer nesse momento, já que sabemos que contratações de nível dificilmente acontecerão?
A primeira coisa é fazer o acordo com a Procuradoria o mais rápido possível, para pagar os atrasados e poder cobrar dos jogadores uma postura de time grande dentro e fora de campo e colocar um objetivo: Libertadores.
Dentro das quatro linhas torna-se necessária uma mudança no esquema tático. Com os jogadores que temos, o time deveria jogar com 3 volantes e liberar os laterais para apoiar e jogar pelas pontas. Com dois meias (Felipe e Wagner ou Eduardo) e Sóbis no ataque, poucas são as opções de jogadas pelos flancos. Isso sobrecarrega o Fred e a bola chaga pouco nele.
Bom, a coisa tá preocupante. Hoje, eu diria que se não vencermos 4 dos últimos 6 jogos do turno, a nossa briga será para não cair. Espero que eu esteja errado. Precisamos urgentemente de união para juntar os cacos e reagir. Se demorar, poderá ser tarde demais.
NOS ACRÉSCIMOS:
- Chegou a hora de promover o Robert aos profissionais. Dois meias que temos, o garoto coloca todos no chinelo. Mesmo com seus 16 anos. Tem personalidade, porte e categoria.
- Percebemos que a coisa está feia quando nos damos conta que Rhayner e Marcos Junior estão fazendo falta.
SAUDAÇÕES SEMPRE TRICOLORES!!

comentar com Facebook