Kleina mantém-se fiel ao esquema tático desde 1º jogo do ano

Na última sexta-feira, o Palmeiras enfrentou o Bragantino pela Série B e venceu por 2 a 1. O confronto contra o time do interior já havia acontecido no Campeonato Paulista. Foi o primeiro jogo oficial de 2013. Desde então, foram 39 partidas no ano, e o grande triunfo do técnico Gilson Kleina foi sua fidelidade ao esquema tático que ele adotou.

No zero a zero de 20 de janeiro, o Palmeiras foi a campo num 4-4-2 com Fernando Prass; Ayrton, Maurício Ramos, Henrique e Juninho; Márcio Araújo, Patrick Vieira, Wesley e Souza; Barcos e Luan. Desses 11 jogadores, cinco foram embora e somente outros cinco permaneceram como titulares. Ayrton está encostado. 

Tática de Palmeiras 0x0 Bragantino

Passaram-se quase sete meses e mesmo com idas e vindas de jogadores, o esquema hoje utilizado permaneceu o mesmo. Kleina deu sua cara ao time e  um estilo de jogo que não se tinha - no ano passado, por exemplo, a única jogada era a já desgastada e ineficiente bola parada de Marcos Assunção. A equipe começou a ganhar toque de bola e poder de marcação, pressionando e tentando a recuperação no campo do advérsario.

Em 2012, Felipão também procurou manter a mesma tática e estilo de jogo. Foi o que fez o Palmeiras ganhar a Copa do Brasil. Um exemplo são as finais contra o Coritiba. Quando uma apendicite tirou Barcos tanto do jogo da Arena Barueri quanto do jogo do Couto Pereira, esperava-se que o 4-4-2 com um centroavante fosse ser abolido, já que o substituto imediato para o argentino seria o perna-de-pau Betinho. Mas não. Betinho entrou e, na ida, sofreu um pênalti convertido por Valdívia, que deu início a vitória por 2 a 0, e na volta, foi quem marcou o gol do empate por 1 a 1 garantindo o título.

Convenhamos que o time que o Kleina tem hoje é melhor que aquele do ano passado, que veio até a ser rebaixado no Campeonato Brasileiro. Mas sua decisão de manter o esquema tático desde o começo do ano vem dando frutos, com a classificação que era pouco provável para as oitavas-de-final da Libertadores e a momentânea liderança da Série B (competição que também é uma benção nesse momento de afirmação do time).

Esquema utilizado nos últimos jogos é o mesmo do começo do ano, apenas com a entrada de jogadores de mais qualidade. Seguimos na expectativa da estreia de Eguren, que pode roubar a vaga de Marcio Araujo

Durante o ano, houveram algumas variações táticas para o 4-3-3, com Leandro e Vinícius acompanhados de Kleber ou Caio no ataque. Mas como não tínhamos um centroavante bom até a chegada do Alan Kardec, o esquema foi preterido e o tradicional 4-4-2 mantido. Quem sabe agora o 4-3-3 não volte a ser uma opção.
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Autor: Kaique Pedaes

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