Pra lavar a alma e espantar a zica, 1x0 é goleada!

Nelson Perez/Fluminense F.C
O Fluminense mandou a sequência negativa de derrotas pro espaço! Entrando em campo pela décima rodada do Brasileirão, o tricolor mais amado do Brasil venceu o Cruzeiro no Maracanã por 1x0 e sentiu novamente o gosto da vitória.

O momento era complicado. Derrotas consecutivas que resultaram na troca de técnico e a necessidade da vitória pra sair da incômoda zona de rebaixamento marcaram o pré jogo da partida. Com muito sufoco, a vitória veio, enfim. E com os gritos de 'o campeão voltou', a torcida tricolor comemorou após o apito final do árbitro a volta da vitória para nosso lado.

Nos primeiros minutos da partida, o Fluminense teve uma postura diferente taticamente. O rombo que se via no meio campo em todas as partidas deu lugar ao volume de jogadores novamente. Uma mudança que agradou, mas não resultou realmente em criatividade. Deco errava vários passes, a bola não chegava nos atacantes e assim vimos uma equipe monótona.

O adversário, Cruzeiro, era quem ameaçava de verdade. Se não fosse Cavalieri, certamente agora a situação seria outra por aqui. Com postura de time candidato a título, não abdicava de atacar. E assustou. Mas a sorte voltou pro nosso lado e a bola não entrou.

Um pênalti a nosso favor no final do primeiro tempo era tudo que precisávamos pra salvar os quarenta e cinco minutos iniciais. Seria convertido e nos daria tranquilidade pro segundo tempo. Mas não foi. Fred esperou Fábio se mexer na cobrança e lentamente caminhou até a bola, o arqueiro celeste ficou como uma estátua e em seguida buscou muito bem a cobrança em seu canto esquerdo. Desespero e aflição. Fim do primeiro tempo.

Detalhe: Ainda na primeira etapa, Deco saiu com uma lesão e deu lugar a Felipe. Muito se falava em opção do técnico e que isso já causaria uma confusão entre Luxemburgo e Deco, mas não foi nada disso.

Na segunda etapa, um Fluminense idêntico ao primeiro tempo nos minutos iniciais. O Cruzeiro, tranquilo, tentava trabalhar a bola e buscar o gol que complicaria nossa vida. Cavalieri, soberano, impediu. Que noite do nosso arqueiro!

O tempo passava e a impaciência do torcedor tricolor nas arquibancadas foram transformadas em vaias para a equipe em geral. Ninguém se salvava. Foi aí que Luxa promoveu duas mudanças importantíssimas na equipe: Colocou Igor Julião no lugar de Diguinho e uns minutos depois, Kennedy no lugar de Wágner. Deu resultado.

O jovem lateral direito, cria de Xerém, na primeira bola que recebeu lançou perfeitamente para Fred, que só não abriu o placar porque Dedé interceptou. O garoto demonstrou personalidade e qualidade. É disparado o melhor lateral direito que temos, mesmo muito jovem. Bruno e Wellington Silva não chegam nem perto. Quanto a Kennedy, brilhantismo e abençoado. Esse é um dos nossos maiores talentos.

Bem mais arrumado, o Fluminense se soltou e conseguiu o gol do alívio. Em cruzamento de Carlinhos pela esquerda, Kennedy tentou um voleio, a bola ganhou caminho para dentro da área e lá estava a cabeça do matador furioso, artilheiro e ídolo, Frederico. Com raiva, 1x0. Explodiu o torcedor tricolor.

Com gritos de incentivo a partir daí, toda bola alçada na nossa área era bem afastada com muita vontade e disposição. Uma sensação guerreira, mesmo sem ser o ideal ainda. O Cruzeiro não empatou. Acabou o jejum.

Não fomos em nenhum momento uma equipe brilhante. Tivemos dificuldades pra criar e a sequência de passes errados irritava. Luxemburgo teve inteligência em colocar sangue novo e cheio de vontade no time. Isso foi crucial. Parcela a vitória, façamos assim. Parte do Luxa, parte dos garotos, parte do torcedor que compareceu, parte para Cavalieri e parte para mais quem merecer.

O Fluminense saiu da zona de rebaixamento e antes do fechamento da rodada ocupa a décima colocação.

Nosso próximo adversário é a Ponte Preta, no Moisés Lucareli.

Xô, zica!






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Autor: Clayton Mello

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