Os mesmos erros, mais uma derrota

Vivendo clima conturbado dentro e fora de campo, o Criciúma embarcou para Joinville sem o gerente de futebol e seus xingamentos aos torcedores e com uma missão: Não passar vergonha no norte do estado. Ela foi cumprida também pela piedade do Joinville, que assim como aconteceu na quarta-feira, não fez questão de golear o rival e aumentar ainda mais a crise já vivida.
Ao colocar Cléber Santana como volante, Luizinho Vieira mostrou como se desperdiça um talento quando posto fora de posição. Foto: Fernando Ribeiro/CriciúmaEC 

A escalação já mostrava que não tinha por que esperar algo de positivo da equipe de hoje. Cléber Santana, assim como na derrota passada, foi escalado como 2º volante. Vários problemas surgem dessa escolha. Um é de que ele não tem a vitalidade necessária para fazer uma transição do setor defensivo para o ofensivo de uma forma rápida, outro é de que ele já não joga como volante há anos, e não consegue marcar uma passagem de lateral de uma forma efetiva. Isso pôde ser visto nas situações de perigo do Joinville, que aconteciam sempre no lado onde estava o craque tricolor. Tudo piorou quando Ezequiel, assim como Rômulo no jogo passado, levou o segundo amarelo e foi expulso após uma falta infantil, exemplificando bem a inexperiência desse elenco. E o primeiro tempo acabou com o coelho chegando com perigo e o tigre indo ao ataque em bolas paradas esporádicas.

Veio o segundo tempo e, como tudo que está ruim tende - e vai - a piorar, o lateral Mota, que tinha entrado após a expulsão, se lesionou e Barreto teve que ser improvisado no setor. Depois de levar um considerável e até assustador tempo para abrir o placar, Kempes fez 1 a 0 para o Joinville aproveitando duas falhas clássicas da equipe do sul do estado que acontecem desde o início do campeonato. A primeira é a incapacidade do Roger Guedes de acompanhar o lateral, fazendo com que o Rogério chegasse livre pra cruzar pra Kempes aproveitar o desvio aliado ao desastre que é a defesa criciumense em bola aérea (Se bem que ela é um desastre toda vez em que a palavra "bola" está inserida na frase). Depois de ter sua tarefa cumprida e sabendo que o tigre está mais banguela do que nunca, o time da Manchester catarinense só administrou o resultado até o apito final.

A coisa mais interessante do dia veio na coletiva do técnico Luizinho Vieira, que fez uma análise sobre esse projeto em que a direção resolveu se aventurar, falando que o torcedor e a imprensa não acreditam nele e fazem uma pressão exacerbada sobre algo que ainda está em construção e que promete elevar o patamar da equipe no âmbito nacional em alguns anos. Concordo com ele em alguns pontos, mas penso que o Criciúma não deveria ser a primeira equipe grande em seu estado a experimentar algo tão audacioso. Até porque essa filosofia só está dando certo no Brasil por enquanto no Londrina, que não tem a mesma instituição, torcida e patamar que possui o Tricolor Predestinado.

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Autor: Unknown

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