Não pode culpar o árbitro

Foto: Dhavid Normando/ Futura Press

Precisando da vitória para sobreviver na Taça Rio, o Flamengo entrou em campo pressionado para enfrentar o Duque de Caxias, pela 5ª rodada, no estádio Moça Bonita. A equipe rubro-negra não se encontrou na partida, prejudicou-se com a indecisão da arbitragem em um gol e novamente tropeçou no Estadual. Com a vitória do Flu sobre o Resende, em seguida, o vexame aumentou e resultou na eliminação do Fla no Campeonato Carioca, duas partidas antes do fim da fase de grupos do turno.


Apesar da má fase e da obrigação de vitória, o Mengão apresentou, nos primeiros minutos, um entrosamento e um envolvimento do adversário que não havia sido visto nos últimos jogos. Quando Renato Abreu, titular no meio-campo por causa da improvisação de Elias na lateral-direita, finalizou com violência e obrigou o goleiro a trabalhar aos 8 minutos, a defesa do Duque parecia facilmente transponível.

O gol do Flamengo não saiu e a marcação do adversário apertou, o que faltou à defesa rubro-negra aos 30 minutos. Charles Chad recebeu passe, ajeitou a bola e o corpo como quis e finalizou com facilidade, marcando um golaço. Depois do oitavo tento do artilheiro do Caxias, o Fla se perdeu de vez na primeira etapa e não assustou mais o gol defendido por Fernando.

Diante da falta de criatividade e de agressividade de seu time, Jorginho substituiu no intervalo: Carlos Eduardo entrou no lugar do apagado Rodolfo. Em má fase, criticado e desacreditado, o CE10, como é chamado o meia, tinha à sua frente um grande desafio, que poderia ser o início de sua recuperação: mudar o rumo do confronto e buscar os 3 pontos tão sonhados pelo seu torcedor. Mas nada é tão ruim que não possa piorar, como diz o ditado. E depois de 10 minutos em campo, sem criar nenhum lance de perigo, ele se lesionou e saiu chorando.

Após essa infelicidade, o Flamengo tentou pressionar, mesmo de forma desorganizada. Aos 19 minutos, o Mengão colocou a bola na rede, com Hernane. Mas assim como havia acontecido no início dos 45 minutos finais, o gol rubro-negro foi anulado. Desta vez, a marcação do árbitro gerou polêmica suficiente para ofuscar a fraca partida em Bangu.

Elias chutou cruzado e Hernane completou para o gol. A torcida, com certeza, vibrou, mesmo a condição do artilheiro flamenguista parecendo ser irregular. O bandeirinha correu até o meio-campo. Mas depois de muita comemoração e de esperanças renovadas da maior torcida do Brasil, o juiz Pathrice Maia consultou o quinto árbitro e, erroneamente, mudou sua decisão, invalidando o gol e impedindo a reação do time mandante.

O Flamengo ainda encontrou o empate, mas era insuficiente. Cléber Santana marcou um golaço quando os 90 minutos já tinham se esgotado. Assim, também aconteceu com as minímas chances de classificação do Rubro-Negro para a fase eliminatória da Taça Rio e com o sonho de brigar pelo título do Cariocão. E culpar o árbitro de uma partida, por maior que tenha sido seu erro, é inadequado e inescrupuloso, quando os tropeços foram contra mais de um adversário, todos que o Mengão tinha qualidade para vencer.

Por Messias Borges.
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Autor: Unknown

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