Depois de uma boa estreia no último sábado contra o Guarani, o Criciúma foi a Florianópolis para disputar o primeiro clássico do ano e manter a confiança sobre o jovem elenco. E, pelas adversidades mostradas, os garotos mostraram muita personalidade e frieza, principalmente depois da injusta expulsão do volante Barreto.
Bem marcado, Roger Guedes não conseguiu repetir a mesma atuação da estreia pelo tigre, Porém, o setor defensivo foi quem teve o destaque na partida de hoje. Foto: Fernando Ribeiro/CriciúmaEC |
Logo no começo do jogo, Bruno Lopes recebeu cara a cara com o goleiro e caiu. Após analisar o lance por mais de 10 ocasiões, troquei de opinião umas três vezes e por fim decidi que foi pênalti. A questão a ser analisada nessa jogada não é a de que se o zagueiro avaiano tocou na bola, pois ele tocou. Mas sim se a carga do defensor em cima do atacante criciumense foi suficiente para impossibilitá-lo de chutar a gol. E, para mim, foi. Por isso acho que foi pênalti. O primeiro tempo se mostrou muito disputado no meio-campo, dando para perceber a adição no poder de marcação da equipe tricolor que deu o volante Ruan, que fez sua estreia no time profissional e foi o melhor da partida. Nas ações ofensivas, a maior parte delas foi feita por lançamentos longos, tentando aproveitar a velocidade do Bruno Lopes contra os zagueiros avaianos. Contudo, essa estratégia não surtiu praticamente nenhum efeito.
Veio a segunda etapa e o Tricolor Predestinado veio melhor postado, assumindo a posse de bola principalmente com o papel de Cléber Santana no meio. Como o Bruno Lopes não conseguia fazer o pivô e segurar a bola no ataque, Luizinho Vieira colocou Perea no seu lugar para fazer esse papel. A alteração até surtiu efeito e a bola ficou um pouco mais próxima da área leonina, no entanto, quando o Criciúma estava em seu melhor momento no jogo, Barreto matou o contra-ataque adversário e foi expulso com o segundo amarelo. O segundo cartão foi justo, porém o primeiro foi dado em uma falta normal de jogo, o que mostra que, a cada ano que passa, o Célio Amorim consegue ficar cada vez pior.
Com um jogador a menos, as tradicionais duas linhas de 4 foram formadas, sobrando somente o Perea à frente. Mas, mesmo jogando com um a menos, o tigre não sofreu muita pressão dos donos da casa, que abusaram dos cruzamentos na área, todos cortados eficientemente pela zaga criciumense, principalmente pelos também estreantes Iago Maidana e David, zagueiro e goleiro, respectivamente, que cavaram suas vagas permanentemente na equipe titular. Quando tinha a bola, o tigre não se desfez dela, chegando até a gerar uma excelente defesa do goleiro Vágner depois de uma bomba do Ruan de fora da área nos minutos finais.
Olhando no aspecto geral, o Criciúma fez, sim, um belo jogo, principalmente quando é levada em conta a personalidade e calma dos garotos tricolores. Essa é outra confirmação das minhas expectativas sobre o técnico Luizinho Vieira, que, mesmo sendo começo de temporada, já faz um excelente trabalho no comando da equipe carvoeira.
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